Empresa baiana tornou-se exemplo de inovação e tecnologia, desenvolvendo produtos de sucesso, que já conta com parceiros, como San Sebastian e Red Burger e grandes clientes FitDance, ECBahia.
Por: Carolina Papa, Elisa Brotto e Luís Leite
A Empresa de tecnologia Cubos foi criada em 2013 por três estudantes de engenharia elétrica, após um intercâmbio feito por David Pires e José Messias, ambos da UFBA, e Verivaldo Lobo, da USP.
No começo era um pequeno projeto que desenvolvia softwares e aplicativos para parentes, amigos próximos e, no máximo, gincanas escolares.
CEO da Cubos Tecnologia Sara Passos
Hoje, é uma empresa lucrativa de tecnologia que tem parcerias com o FitDance, a Hamburgueria Red Burger, as baladas da rede San Sebastian, o ECBahia e a Lex Consult.
“A Cubos surgiu dessa vontade de fazer algo diferente, que impactasse positivamente nas pessoas”, revela Sara Passos, CEO da empresa.
Produtos
Entre as principais investidas da empresa, está o ZigPay, parceria com a empresa de mesmo nome, representada pelo fundador da Cubos, David Pires.
O Zig é um cartão usado para facilitar as transações realizadas em baladas, e que pode ser recarregado em máquinas disponíveis no própria evento. A Cubos Tecnologia é a desenvolvedora oficial do Zig, que em Salvador, é adotado pela Amsterdam, antiga XYZ.
Usuário do ZigPay, o jovem Juliano Pie revela que “o sistema é bastante inovador, mas sem ser muito complicado”. “Ele se propõe a facilitar o consumo, e efetivamente o faz”, opina.
Além do Zigpay, a Cubos também desenvolve o ZaKPay, um aplicativo que tem propósitos semelhantes, mas destinados exclusivamente para restaurantes.
O ZaKPay serve para fazer pagamentos e reúne informações sobre a gestão interna do local, como os produtos mais vendidos e a opinião do público consumidor. Em Salvador, o ZaKpay foi utilizado pela Hamburgueria Red Burger e hoje está em operação com o grupo Rascal em São Paulo.
Diferencial
O segredo da Cubos para se destacar no mercado está no mantra de seus funcionários: “não ter medo de se arriscar!” conta Sara.
A empresa usa técnicas comuns à de grandes multinacionais, tendo o “Como o Google funciona” como um dos livros de maior inspiração. Investem na comunicação entre desenvolvedores e clientes, gerando confiança e fidelizando de seu público.
Além da coragem um elemento importante para a empresa é o pensamento inovador, representado pela sua própria equipe, quase toda formada por jovens.
“O jovem tem capacidade de questionar e de se reinventar rápidamente, tem essa ambição, essa vontade de arriscar e crescer”.
Guilherme Bernal CTO da Cubos Tecnologia
Guilherme Bernal, chefe de tecnologia da empresa, explica o que difere a Cubos de outras empresas: “O mercado tradicional é menos acessível. Nosso perfil permite ter pensamentos mais voltados para o novo. Buscamos fugir do que é mais comum no mercado, do que já tá preconcebido”.
Sobre os desafios de ser um dos líderes de uma organização tão promissora, ele revela que “o mais importante é não pecar no resultado”.
“Trabalhamos com a experimentação de novas tecnologias, mas sempre tendo certeza do que estamos fazendo, para que a impecabilidade do produto não seja afetada”, conclui Bernal.
Metodologia
Atualmente, a Cubos Tecnologia conta com 96 funcionários, em sua maioria jovens, ainda cursando o ensino superior. A empresa adota a política do Scrum, método de desenvolvimento ágil, a partir do Mínimo Produto Viável (MVP, sigla em inglês).
Neste modelo o projeto é desenvolvido aos poucos. Primeiro é feita uma versão teste para que, após os feedbacks, suas configurações possam ser incrementadas.
“Gostamos de transmitir e adquirir conhecimento, e é esse tipo de pessoa que queremos aqui”, acrescenta Sara.
A empresa é marcada pela disciplina em seus projetos, seguindo a metodologia de Objetivos e Resultados-Chave (OKR, sigla em inglês), sempre estabelecendo metas a serem cumpridas.
A Cubos também conta com reuniões periódicas com os clientes para garantir a qualidade do produto através do diálogo e encorajando o fortalecimento da relação entre desenvolvedor e consumidor.
