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Mês Da Visibilidade Assexual : Os desafios encontrados pela comunidade e a busca por aceitação e inclusão

Da Redação
25 de outubro de 202320 de outubro de 2023 No Comments
Assexual LGBTQIAPN+

A celebração ocorre em outubro e traz conscientização para a população internacional 

Por Beatriz Amorim

Revisão: Alexandre Falcão

De 25 a 31 de outubro, celebra-se a Semana Internacional da Visibilidade Assexual, também conhecida como Semana Ace. Esse período tem como missão sensibilizar a comunidade global para a relevância de direcionar atenção às pessoas assexuais, que frequentemente enfrentam discriminação em virtude de sua orientação sexual no cotidiano.

O movimento foi iniciado pela organização norte-americana Ace Week no ano de 2010, visando ampliar os debates, conversas e materiais educativos relacionados à assexualidade e trazer à tona uma causa muitas vezes negligenciada e invisibilizada, mesmo dentro da comunidade LGBTQIAPN+. 

Durante essa semana, grupos de pessoas assexuais em todo o mundo organizam workshops, palestras e conferências sobre assexualidade. Eles também criam materiais acessíveis voltados para a comunidade assexual e seus aliados, além de se manifestarem contra o preconceito na mídia e na cultura pop.

Além disso, ao longo da semana, as redes sociais e blogs são preenchidos com postagens informativas e mensagens de positividade sobre a assexualidade.

Mas afinal, o que é assexualidade? 

A assexualidade, representada pela letra ‘A’ na sigla LGBTQIA+, refere-se a uma orientação sexual em que as pessoas não experimentam desejo ou atração sexual, ou não sentem a necessidade de iniciar ou manter relações sexuais. Essa ausência de atração pode ser total, condicional ou parcial. 

Em síntese, a assexualidade é uma sexualidade que se caracteriza pela falta, condicionalidade ou parcialidade da atração sexual em relação a terceiros.

Imagem: Reprodução/Instagram Alan Victor Souza

QUADRO DE DESTAQUE

A assexualidade é distinta das demais sexualidades, pois pode ser considerada um termo guarda-chuva. Ou seja, que abrange uma ampla variedade de experiências. Dentro desse espectro, existem diversas “sub-orientações” que a compõem, tais como:

  • Assexual estrito: Pessoa que não sente atração sexual em nenhum momento/circunstância por nenhum gênero.
  • Demissexual: Pessoa que não sente atração sexual, porém, ao desenvolver um vínculo emocional/afetivo com outra pessoa, a atração sexual pode surgir. 
  • Grayssexual: Pessoa que sente atração sexual raramente, apenas em circunstâncias específicas (independente de vínculo emocional). Também é um termo guarda-chuva para orientações do espectro assexual (assexuais não-estritos).

Além destas, uma série de outras orientações sexuais fazem parte deste amplo espectro, incluindo termos como frayssexual, litossexual, aegossexualidade, e uma variedade de outras identidades.

Dado o extenso leque de experiências dentro da assexualidade, é durante a Semana de Visibilidade Assexual que pessoas de diversas sub-orientações e aliados unem esforços para buscar maior reconhecimento e visibilidade.

Imagem: Reprodução/Internet

A Importância do respeito e acolhimento

Adicionalmente, de acordo com informações do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, aproximadamente 8% das mulheres brasileiras e 2,5% dos homens, com idades compreendidas entre 18 e 80 anos, identificam-se como assexuais.

Bianca Matos, estudante de farmácia, nasceu em Salvador e se identifica como assexual. Ela enfatiza a importância desses eventos como uma maneira de dar maior destaque à causa assexual:

“Pra mim, a semana da visibilidade ace é uma das mais importantes dentro de uma comunidade que ainda não entende a assexualidade, e onde a maioria é composta por alossexuais — pessoas que apresentam qualquer tipo de atração sexual — que em sua maioria não conhece ou nunca ouviu falar sobre”, explica estudante.

Bianca, conta também como se descobriu assexual. “Me entendi como assexual no ensino médio, quando o fato de eu não me interessar por ninguém era motivo de piada. Porém, eu só me senti confortável em me assumir como assexual quando estava com minha primeira namorada que também se identificava no espectro ace (demissexual), e me ajudou a me entender melhor”.

A mídia audiovisual ainda enfrenta desafios na representação autêntica da comunidade assexual, muitas vezes recorrendo a estereótipos prejudiciais. A soteropolitana ressalta que, embora haja poucas representações, para ela, existem dois exemplos de representações favoráveis e um exemplo de representação negativa em séries de televisão.

“Como representatividade positiva temos Isaac de Heartstopper e Ca$h de Heartbreak High, ambos adolescentes em um período de descoberta e auto entendimento, e como representatividade negativa, temos a personagem de Sex Education das primeiras temporadas, onde a personagem fala sobre ser ace por dois minutos e desaparece completamente da série, e na série (a pior de todas em minha opinião), onde um casal ace tem sua sexualidade “justificada” por um tumor no cérebro”, exemplifica a jovem.

Imagem: Reprodução/Asexuality Archive

A criadora de conteúdo paulista de 19 anos, Giovanna Sohma (@giosohma), conta que sentiu alguma resistência por parte dos seguidores ao falar sobre assexualidade: 

“Desde que eu me descobri assexual, eu comecei a postar vídeo e conteúdo sobre, então fui adquirindo seguidores que já são do espectro, então quando eu postava vídeo para “minha bolha”, eu nunca me sentia desconfortável ou tinha alguma resistência! Agora quando caia para o público que não estava na “minha bolha” era diferente, por ser algo que as pessoas desconhecem, ao invés de perguntarem o que é, elas julgam bastante!”, comenta a criadora de conteúdo.

Imagem: Giovanna/Arquivo pessoal

Além disso, a paulista fala sobre os tabus relacionados a assexualidade: 

“Vivemos em uma sociedade onde o sexo é apreciado acima de qualquer coisa, então quando as pessoas escutam alguém falando sobre não ter atração sexual ou pouca, eles acham que tem algo de errado, mas é algo completamente normal! Já escutei coisas do tipo: “você só não encontrou a pessoa certa” “você vai mudar de ideia” “você deve estar com falta de alguma vitamina” “como é possível viver sem? acho que eu morreria” entre outras coisas do tipo”, finaliza Giovanna.

Existem diversas identidades dentro do espectro assexual, e para a psicóloga e sexológa Gabriela Sampaio, o papel da psicologia no acolhimento da assexualidade é fundamental.

“A psicologia oferece um atendimento muito personalizado, independente da orientação sexual, oferecendo acolhimento e uma rede de apoio… tendo como única diferença para pessoas assexuais, a necessidade de se descartar a questão patológica” , esclarece a psicóloga.

Imagem: Gabriela Sampaio/Arquivo pessoal

Segundo Gabriela, é essencial aprofundar a compreensão da assexualidade, embora ela perceba que o progresso nesse assunto está ocorrendo de forma gradual. “Por ser um tema invisível na sociedade, ele aos poucos tem tomado cada vez mais destaque e se tornando visível por campanhas, como a da semana da visibilidade.”

Para Sampaio, apesar da psicologia ser um fator determinante no acolhimento de pessoas assexuais, eventos como a Semana da Visibilidade Assexual são de extrema importância. 

“Como o próprio nome diz, dá visibilidade, porque, no caso da sexualidade, existe um esquecimento social, como se não fosse uma orientação sexual e muitas vezes é confundida, como uma disforia ou disfunção sexual.” explica.

“Também, tanto as equipes profissionais (área médica e área da psicologia) e a sociedade em si, precisam entender que existe essa orientação sexual pois acontece um esquecimento muito grande, e às vezes, a pessoa tem essa orientação, mas na verdade não sabe que essa orientação existe, então fica tentando se adequar a outras caixinhas que não a dela.”, completa a sexóloga.

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