Em clima de celebração, o Dia Internacional do Jazz será homenageado pelo projeto nos dias 29 e 30 de abril
Por Felipe Miguel Lessa
Revisão: Carolina Pena
Inaugurado pelos franceses Laurent Rivemales e Patrice Deloupy em 2013, o projeto Jazz na Avenida nasce como fruto da paixão dos idealizadores pelo gênero. Autofinanciado, organizou-se mais tarde, em 2017, na Associação Jazz na Avenida (AJNA) e conquista um público fiel na capital baiana.
À luz do Dia Internacional do Jazz, instituído pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) em 30 de abril, a organização promove o JazzFestival, evento que acontece nesta sexta (29) e sábado (30), a partir das 19 horas.
No mesmo ritmo
Diogo Moraes é estudante de Direito e pianista, e relembra com alegria suas idas ao Jazz na Avenida. Embora nunca tenha sido atração principal, Moraes conta que já teve a oportunidade de tocar para o público da casa, uma experiência que descreve como “gratificante”.
“No final dos shows, [a AJNA] permite que qualquer pessoa da plateia possa ir ao palco e tocar. Eu já fiz isso duas vezes”, conta o universitário.
Moraes pontua que a existência do espaço permite que os admiradores do ritmo tenham um local para se congregar, uma vez que, segundo o jovem, a sonoridade se torna cada vez “menos apreciada” pelo público geral.
“Os jovens não escutam jazz, e a tradição é essa: se algo não é passado de geração em geração, a tendência é ir morrendo”, completa.
Além do jazz
Em 2019, a associação foi reconhecida pelas práticas de sustentabilidade pela prefeitura de Salvador, sendo certificada como finalista na categoria “Eventos e Casas de Show” do Prêmio Boas Práticas Sustentáveis, iniciativa do festival Virada Sustentável Salvador.
Os membros da AJNA ainda dedicam tempo a atividades filantrópicas. Durante 2020, solidários aos musicistas afetados pela pandemia, promoveram uma ação social por meio de doações de alimentos não perecíveis.
Além de seguir difundido música, a AJNA pretende também propor mais práticas de formação, fechando parcerias para intercâmbios nacionais e internacionais. Rivemales, contudo, faz questão de assegurar sua presença em Salvador. O francês infere que “manter o projeto primeiro por aqui já é uma conquista”.