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Entenda a importância do reconhecimento da moda afro-brasileira e seu posicionamento enquanto fonte cultural 

Da Redação
21 de maio de 202421 de maio de 2024 No Comments
AVERA cultura Salvador

A descolonização da moda afro-brasileira e sua extensão como repertório cultural

Por Luix Soares
Revisão por Monique Sousa

A moda sempre foi um diferenciador de classe, grupos e dos penteados às roupas, as culturas afro-brasileiras têm assumido seu local de destaque na moda. Assim, movimentos para a descolonização da moda são cada vez mais frequentes nos dias atuais, buscando enaltecer e representar culturas por vezes esquecidas.  

São inegáveis as diversas culturas vinculadas à moda brasileira, afinal, não é de se surpreender que um país outrora colonizado por mais de cinco países seja marcado por suas diversidades culturais. “Se os nossos ancestrais não tivessem lutado e persistido pela nossa cultura, teríamos a perdido, por isso, temos que valorizar nossa cultura afrodescendente, lutamos muito para que hoje ela não fosse endemonizada. Não é simplesmente moda, é cultura, é o que sou”, comenta a trancista Rayssa Layla. 

Atualmente, a moda afro-brasileira, marcante por seus penteados, acessórios e roupas de cores vibrantes, chama a atenção por onde passam. Entretanto, nem sempre a moda afro-brasileira foi vista com” bons olhos”; quando analisada por um contexto histórico social, a mesma perpassa  por mares de preconceitos estruturais ao longo dos anos. 

“As tranças deixaram de ser um simples penteado. Elas são um grande elemento de moda na cabeça de gente preta e parda, elas guardam poder e gritam pertencimento”, afirma a museóloga Lorena Ribeiro. Mesmo diante das dificuldades, a moda afro-brasileira se mantém presente, sendo uma das principais potenciais no ramo da moda, combatendo preconceitos e trazendo representatividade aos seus. 

Lorena Ribeiro exibindo suas tranças. Foto: Monique Sousa

Movimentos afro e sua influência na moda 

Vestidos, colares, brincos e penteados são elementos fundamentais que aproximam massas de forma cultural, fazendo também referência à cultura afro-brasileira. Os adereços também constroem o chamado repertório cultural, que contribuem para a formação de uma ou mais identidades coerentes à cultura, podendo ser um conjunto de experiências, referências e conhecimento. 

Assim como as tranças eram usadas como mapas e a capoeira que além de dança é uma arte marcial, a moda afro-brasileira não é apenas estilosa, mas também uma forte forma de expressão. Através das cores, símbolos e formatos, é possível contar histórias e comunicar a sociedade que suas heranças culturais resistem em meio a uma colonização ainda presente na sociedade. 

“Os escravos africanos criaram essa arte marcial como uma forma além da performance também de defesa, e se você parar para pensar isso consiste no brasileiro, é se defender a partir de sua arte. Para mim a capoeira é a forma que a arte vira luta”, comenta o capoeirista Ezio Ysllas. 

Roda de Rua do Grupo de Capoeira “Bom de Ginga”. Foto: Mestre Carlito

Portanto, resgatar as sutilezas da herança cultural, valorizar as tradições de uso e costume e ancestralidade é o meio pelo qual a moda se posiciona, como estratégia política de reconhecimento de identidade.   

Repertório cultural 

Ao celebrar e enaltecer talentos criativos que têm, então, redefinido o panorama da moda afro-brasileira e da arte independente, há um marco cultural com uma explosão de núcleos, estilos e significados.

Servindo como janela para moda afro-brasileira, o evento Afro Fashion Day (@afrofashionday), criado em 2015 pelo Jornal Correio para homenagear o Dia da Consciência Negra, é um dos maiores eventos de moda afro no mundo. Além de inspirar novos talentos, o evento demonstra para a sociedade de forma prática o poder da beleza negra, derrubando preconceitos e estereótipos estruturais.

Afro Fashion Day 2022. Crédito: Lucas Assis

Outro núcleo que fortalece a cultura afro, está no livro “O Africano Que Existe Em Nós Brasileiros”, escrito pela autora, pesquisadora, designer e educadora Julia Vidal, que aborda a influência da cultura africana durante os processos de identidade brasileira. 

De acordo com o livro, os primeiros escravos chegaram ao Brasil oriundos de tribos Fulas e Mandingas, após sofrem diáspora pela colônia portuguesa de Guiné, e desde então, o livro traça paralelos entre os tempos atuais e os períodos escravocratas, enquanto busca combater a desigualdade social e conscientizar a população sobre a importância do respeito à diversidade étnico-cultural do país, sendo assim, uma das grandes obras da literatura afro-brasileira. 

Foto de divulgação do livro “O Africano que existe em nós, brasileiros”. Foto: Julia Vidal 

Designers, artistas e ativistas têm trabalhado, incansavelmente, para desafiar estereótipos e celebrar a beleza negra, reivindicando espaços dentro da indústria da moda, enriquecendo o cenário e retratando a importância de dar voz e visibilidade de povos afro-brasileira, além, da contribuição inestimável para a cultura brasileira. 

“Para além da valorização da moda afro acredito que precisamos também continuar nesse processo de educação e de conversa sobre a cultura afro-diaspórica como um todo, inclusive a partir da moda, moda que guarda nossos símbolos e a história de nossos ancestrais” comenta a pedagoga Rosselinni Muniz, mestre em Cultura e Sociedade pela Universidade Federal da Bahia (UFBA).

A moda afro-brasileira é forte de diversas maneiras, porém, ainda é pouco retratada nas coleções de estilistas. É importante a busca por referências e histórias para que a cultura do nosso país seja cada vez mais forte e reconhecida nacional e internacionalmente. 

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