Entenda como um casarão abandonado se tornou um importante pontos turístico de Salvador
Por Brenda dos Santos, Bruna Carvalho, Isla Ribeiro, Victor Tapioca
Revisão: Antônio Netto
Localizado no bairro da Ribeira, o casarão Solar Amado Bahia foi arrematado em 2017 em um leilão. Atualmente, reformado, abriga um grande acervo histórico da década de 90 e, ainda, o Museu do Sorvete.
O casarão, que tem uma arquitetura emblemática, é um patrimônio tombado. Esteve abandonado por muitos anos, até que foi comprado pela ‘Sorvetes Real’, uma fábrica de sorvetes criada em 1995, em Salvador.
A empresa viu no local uma grande oportunidade de expandir o seu negócio e de criar um ambiente completamente diferente do convencional.
Após sua reforma, o espaço se tornou um importante ponto turístico da cidade, contando com espaço infantil, pet friendly e cultural.
Sorvetes Real
A empresa, hoje dona do casarão Solar Amado Bahia, é conhecida pelos tradicionais picolés da Baixa do Fiscal. A história da Sorvetes Real começa em 1995, quando seu fundado, o empresário Natanael Couto, inicia a produção e distribuição de picolés.
Leilane Couto, atual coordenadora do casarão, conta que em 2012 a empresa deu um grande salto quando decidiu expandir a fábrica mudando para o São Cristóvão.
Couto conta ainda que a ideia de abrigar um Museu dentro do casarão veio com a descoberta que o local é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
A obra para a reconstrução do casarão, que seguiu à risca cada detalhe do século passado, levou cerca de dois anos.
“Para a reforma tínhamos que ver se a cor era da original da casa, porque tudo da casa tinha que ser original. Alguns móveis são originais da casa que foram levados na época que a casa estava abandonada”, explica a coordenadora.
O diferencial
Atualmente, os dois andares do Solar Amado Bahia servem de museu e contam a história do local. Já na parte do fundo do casarão, está a linha de produção da Sorvetes Real, que produzem sorvetes com leite, 100% da fruta, açaís e os tradicionais picolés.
Couto explica que seu pai idealizou o Museu pensando na construção de uma identidade cultural para a população.
“A gente sabe que o baiano não costuma visitar museus, então trazer a história para cá facilita isso. As pessoas vêm para cá e ficam encantadas”, explica.
O bairro da Ribeira é conhecido por abrigar outra tradicional sorveteria. Couto explica que a intenção de ter o espaço no bairro nunca teve a ver com essa fidelidade dos clientes, mas que foi uma oportunidade que surgiu.
“Não foi nada para chocar com a concorrência. Não afeta a gente, nosso lugar lota, a gente tem público, tem bastante movimento”, relata a empresária.
Para Juliana Bastos, cliente da Sorvetes Real e frequentadora do casarão, não há lugar melhor para se tomar um sorvete e passear com a família, apreciando uma bela vista.
Reflexos no Bairro
Segundo Couto, a população local enxerga a chegada da Sorvetes Real como uma mudança no bairro já que, após a construção do espaço, a área ganhou nova iluminação e mais segurança.
“As pessoas enchem a frente da casa, colocamos cadeiras na frente do espaço, dá um público legal. Deu uma segurança legal para essa área”, relata.
O museu está aberto para a visitação todos os dias, exceto terça e quarta. Já a sorveteria funciona de domingo a domingo. Consulte os horários nas redes oficiais do Museu (@solaramadobahia).
Visite o Instagram da AVERA e conheça nossos conteúdos exclusivos.