Indústria tecnológica aquece a economia por conta do isolamento causado pelo Covid-19
Por Gustavo Passos, Victoria Souza, Júlia Ramos, Amanda Queiroz e Ana Carolina Mello
Revisão: Antônio Netto
O período pandêmico forçou profissionais a aderirem ao modelo home-office, devido ao isolamento social. Precisando se equipar com os materiais necessários para esse processo, o mercado tecnológico aqueceu, já que foi o principal negócio a oferecer essas ferramentas.
Segundo a Fundação Instituto de Administração (FIA), em 2020, 46% das empresas nacionais assumiram o modelo de trabalho a distância durante a pandemia. Dados também do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apontam que 11% dos trabalhadores fizeram home office ao longo do mesmo ano. O que promoveu o crescimento de vendas das empresas tecnológicas.
De acordo com a Associação Brasileiras das Empresas de Software (ABES), no estudo Mercado Brasileiro de Software – Panorama e Tendências 2021, o mercado brasileiro de tecnologia cresceu 22,9%, e investiu cerca de R$ 200,3 bilhões.
Uma das grandes empresas do ramo, a Kabum, teve faturamento de 3,4 bilhões em 2020, aumentando seu lucro em 128% se comparado aos anos anteriores. E no primeiro semestre de 2021, as compras no site cresceram mais de 61%.
A Vynex Store, empresa especializada em venda de Notebook e assistência técnica, do empresário Luis Felipe, foi criada em 2020. O empresário conta que sentiu impulsionamento nas vendas no período pandêmico.
“Houve um crescimento muito grande porque devido a pandemia as pessoas ficaram afastadas, então o único meio das empresas trabalharem que não estejam no ambiente físico é usando as tecnologias”, conta Gaspari, sócio diretor da Gaspari Tecnologia, empresa especializada em TI e consultoria de tecnologia. Para saber mais sobre esse crescimento, ouça a entrevista.
“Trabalho nessa área aproximadamente há sete anos, é um mercado que tem crescido ano após ano, e na pandemia teve aumento de serviços”, reforça também Tacio Lopes, trabalhador autônomo do ramo da tecnologia.
Profissional em home office
A área de educação foi uma das mais atingidas pelo isolamento e passou a depender da tecnologia, dessa forma os professores e estudantes tiveram que se equipar.
A professora conta que teve a necessidade de comprar um equipamento tecnológico melhor após a longa duração desse processo. “Não no primeiro momento. Depois, sim, senti pessoalmente a necessidade de um equipamento melhor, com maior segurança, um sistema fechado”, conta Borges.
A instituição em que trabalha foi importante nesse processo ao auxiliar todos os profissionais com reuniões, tutoriais e aulas virtuais.
Além dos professores, os estudantes também tiveram essa necessidade, como conta a aluna Beatriz Menezes, estudante de jornalismo: “Por conta do estágio e para me aperfeiçoar as técnicas de animação, precisei comprar uma mesa digitalizadora”.
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