Palestrantes relatam os bastidores do mercado esportivo nas mídias sociais
Promovida pela Agência Criativa ENTRE da Unifacs, ocorreu nesta quarta-feira (03), no auditório do Campus Tancredo Neves, uma palestra sobre Marketing Esportivo que contou com a participação de Catarine Struck, social media de eSports e Bruno Queiroz, assessor de comunicação do Esporte Clube Bahia.
Com uma trajetória como comentarista de eSports, Struck se encontrou no mundo da comunicação através do seu trabalho de Social Media. Além de trabalhar com empresas que produzem jogos e oferecem cursos para futuros jogadores profissionais, a social media também faz coberturas de eventos e conteúdos para suas próprias redes sociais.
“Com social media, encontrei uma oportunidade de poder trabalhar de casa, conciliar a vida de mãe com trabalho, então, isso foi ter a liberdade geográfica, liberdade de horário’’, comentou.
Struck conta como consegue alcançar novos públicos para os eSports através do seu trabalho: ‘’Criação de conteúdo. Claro que a gente sabe que é um nicho elitizado, infelizmente, mas a gente pode trazer muitas vezes até pessoas que não conhecem, de outras realidades ou de outras gerações para dentro dos eSports”.
Sendo assessor de comunicação Bahia desde 2019, Bruno Queiroz, comenta sobre as novas modalidades esportivas no clube, incluindo os eSports.
“O Grupo City adquiriu 90% do clube e os outros 10% ficam para a associação que é quem vai esta responsável de manter, digamos assim, o patrimônio do clube, marcas, escudo, cores, e, também manter vivo tudo que se construiu até hoje. Muito se fala que a partir desse momento, a associação vá caminhar com suas próprias pernas e vá principalmente investir em outros esportes”, conta.
“O eSports é uma modalidade muito atual e muito presente, de investimentos muito grande, movimenta muita economia do esporte hoje do Brasil. Eu vejo e também espero que esse investimento também ocorra tanto no eSports como em outras modalidades daqui para frente”, continua Bruno.
Sobre haver mudanças nas redes sociais do clube após chegada do grupo city, Bruno Queiroz também comenta:
“A gente já tinha uma estrutura que apresentamos para a diretora de comunicação do grupo e ela gostou muito do que a gente já apresentava, já publicava. O que mudou um pouco foi ter se tornado mais burocrático da gente reportar ela, passar antes algumas coisas para ela para ver se converge também com as ideias do que o grupo pensa, mas as redes sociais de uma maneira geral não mudaram tanto.”
Ao decorrer da palestra, Bruno Queiroz, disserta sobre o modelo de comunicação do Bahia e sobre os novos anúncios de jogadores:
“A gente teve o cuidado de se basear no formato que as outras equipes do Grupo City utilizavam, então, a gente viu alguns anúncios do Manchester City e do próprio New York City que também é um clube do grupo, e dentro daquilo que a gente tinha de estrutura, a gente, claro, adaptou e conseguiu fazer um padrão, tivemos um cuidado muito maior. A gente conseguiu elaborar melhor esses anúncios, e de fato ficou muito bacana”.
Mediando a mesa juntamente com a ENTRE, a presidente da Atlética de Comunicação (Atleticom), Paolla Pedro, comentou no decorrer da palestra sobre como os eSports estão chegando cada vez mais para “agregar”.
“É uma coisa que a gente tem visto que pode fazer parte, eu acredito muito que faz parte do futuro do movimento atleticano. Os eSports, estão chegando para agregar também, é uma coisa que a gente comemora muito, porque é mais uma chance de integrar mais pessoas, são modalidades que tem termos específicos, que tem jogos específicos”, disse Paolla.
Catarine Struck também discorre sobre a inclusão no mundo do eSports.
“Majoritariamente os competidores são homens brancos, então, tem uma questão social aí, tem algo que a gente não pode ignorar, a gente fala que os esportes eletrônicos tentam ser inclusivos, mas ainda falta muita coisa. A gente não vê PCD, a gente não vê homens negros, pessoas trans, quando vê, tem muito preconceito. É um caminho muito longo para percorrer para passar essas barreiras, se é, que um dia vamos passar por ela. A gente precisa lutar por essas coisas, ter pessoas à frente dessas lutas, sim. É uma questão social, real’’, disse Struck.
Cursando Jornalismo, o estudante, Luiz Guilherme Leal, conta sua experiência e percepções após a palestra de marketing esportivo:
“Eu gostei, principalmente, da parte da Catarine porque eu confesso que não sabia, não estava muito por dentro do tamanho real dos eSports. Gostei bastante do Bruno também por ele trazer os ‘bastidores’ das produções de marketing dos grandes clubes, mostrar um pouco como os clubes têm se importado mais com sua marca e os valores que o clube propaga.”