Publicitário traz novas perspectivas da atração televisiva que tomou conta das redes sociais no primeiro quadrimestre do ano
Por Marcos Nascimento
Revisão: Ismael Encarnação
As duas últimas edições do Big Brother Brasil movimentaram o mercado de publicidade do país. Revelou grandes personalidades, as transformou símbolos e ofereceu destaque midiático para grandes marcas.
Líder de audiência, a edição intitulada “Big dos Bigs” foi a mais assistida dos últimos 10 anos. Assim, o publicitário Caio Braga traz, de maneira leve e descontraída, informações sobre quanto as grandes marcas pagaram para participarem do programa.
A live, realizada na quarta-feira (19), faz parte da programação da Jornada Social Media, realizada pelo projeto de extensão da Agência Criativa Entre, da Unifacs.
De acordo com Braga, quem deseja patrocinar e se promover no BBB deve desembolsar no mínimo R$ 15 milhões para ficar alguns minutos no ar. A exemplo de assinar provas pontuais e diversas ações durante a edição.
Caso a empresa queira mais tempo no ar e mais visibilidade, pode aderir à chamada cota Anjo, que não sai por menos de R$ 59 milhões.
Porém, nesse combo não entra a realização de intervalos comerciais contextualizados, participação da marca no bate-papo com o eliminado da semana e nem a inserção da marca do formato Squeeze, o qual a tela ganha uma borda de divulgação de materiais do anunciante.
Avon, Lojas Americanas e PicPay optaram pela cota Big, vendida a R$ 78 milhões cada, que é o maior patrocínio possível do programa. Envolve desde os itens já apontados até a exposição delas em todo o ambiente Globo, que vai da TV aberta à fechada, até o ambiente digital e nas redes sociais.
O público também participa da brincadeira
O telespectador escolhe o seu participante favorito, tem a sua opção de voto, conhece marcas novas e as consome.
Constantemente, as Lojas Americanas disponibilizava cupons de desconto para os telespectadores que estavam acompanhando o programa. Assim, além dos competidores, o público também ganhava com as ações.
Na casa também existiam conflitos e situações que causaram revolta, principalmente com participantes específicos, que expressaram o alto índice de acompanhantes da edição.
A cantora Karol Conká e seu grupo, formado pelo rapper Projota, o humorista Nego Di e psicóloga Lumena foram elementos essenciais para vários conflitos internos. Em um certo episódio, a cantora pediu que o ator Lucas Penteado não sentasse à mesa enquanto ela estivesse nela.
“Qualquer coisa me bota no paredão”, declarou Conká, em meio a situação. Esse e outros episódios fizeram com que a audiência demonstrasse a sua insatisfação com a postura da participante e a eliminasse com 99,17% dos votos, recorde de eliminação na história do programa.
“Nesse país, enquanto a comunicação existir, o cancelamento não existe, pois a comunicação é capaz de fazer uma nação perdoar. A exemplo de Fernando Collor, que foi reeleito no país de novo. É um país que elege Jair Messias Bolsonaro. É um país que perdoa com certa facilidade e que dá o 2º lugar de A Fazenda para Biel”, declara Braga.
O fenômeno Juliette
De outro lado, mas na mesma trama, está a paraibana Juliette Freire, que sofreu preconceito pelo seu jeito de se comunicar, de se expressar e sotaque. Fora da casa, o público já a marcava como favorita desde a segunda semana de exibição.
A coerência e empatia da jovem advogada foram capazes de conquistar muitas pessoas, que formaram uma torcida poderosa. Nesse sentido, como a Anitta tem os anitters, a Ivete Sangalo tem os iveteiros, Juliette Freire tem os cactos. O nome faz referência ao sertão, maneira que a participante foi associada.
Juliette Freire levou o prêmio de R$ 1,5 milhões da edição, com 90,15% dos votos. E, até o fechamento desta matéria, a campeã do BBB21, possuía 29,5 milhões de seguidores na sua principal rede social.
“Tudo que ela tocar vai dar certo. Se ela lançar uma música, vai ser hit, se lançar um produto, também. Em tudo que Juliette colocar a mão, vai dar dinheiro”, aposta Braga, visando o sucesso da mais nova milionária do Brasil.
O papel dos ADMs
Quando o participante é confinado, uma equipe fica na função de cuidar das redes sociais, puxando mutirões que favoreçam de alguma forma o jogo do competidor, gerir crises acarretadas por alguma fala polêmica ou delicada dentro da casa e o mais importante: manter a imagem daquele brother.
É a chamada equipe dos ADMs, ou simplesmente os administradores dos perfis. É aí que entra o trabalho dos comunicólogos.
A equipe que gerencia as redes sociais da vencedora da edição, por exemplo, contratou o assessor de imprensa Paulo Pimenta, que já trabalha na assessoria de personalidades como Anitta, Thiaguinho e Pedro Sampaio.
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Produção e coordenação de pautas: Márcio Walter Machado