Além de divulgar os produtos, a Feira também organizou aulas de yoga e roda de bate-papos que buscaram incentivar o veganismo na cidade
Por Isadora Vila Nova
Revisão: Edinolia Peixinho
A Feira Vegana Salvador, projeto realizado a cada mês num espaço público da capital, teve mais uma edição sediada no Parque da Cidade, entre os dias 6 e 7 de maio, em parceria com a Secretaria Municipal de Sustentabilidade, Inovação e Resiliência (SECIS).
Organizado especialmente por mulheres veganas, o evento contou com mais de 30 empreendimentos sustentáveis, que variavam entre comidas, bebidas, roupas, acessórios, artesanatos e cosméticos naturais.
Em especial aos Dias das Mães, a feira proporcionou uma roda de conversa sobre a maternidade vegana, com Juh Barreto, do @vidapraticavegana. Além disso, apresentações circenses e musicais também cativaram o público que visitava o Parque como um momento de lazer, sobretudo em família.
Kelly Rodrigues, visitante frequente da feira, afirma que, como vegana, sempre busca apoiar o comércio do setor, explorando produtos novos a cada edição.
“Eu acho muito importante a realização desta feira no sentido de que não é só um comércio, e sim, um evento que promove discussões, práticas de yoga e música, num ambiente bonito e tranquilo. Além disso, o evento também torna mais fácil o acesso aos produtos e te dá a oportunidade de experimentar coisas novas todo mês”, comenta Rodrigues.
A proprietária do “Bosque dos Aromas – Produtos Veganos”, Bárbara Pedroso, explica que, da perspectiva do empreendedor, a Feira é a principal fonte de renda extra do setor em Salvador, e o seu principal local de divulgação.
“Durante a pandemia as vendas físicas caíram muito, mas estamos voltando a divulgar, atraindo cada vez mais público. E, sendo veganos ou não, os nossos clientes já sabem a importância dos nossos produtos e sempre optam por eles, valorizando a qualidade e a origem totalmente natural”, disse Pedroso.
Com a entrada franca e quase seis horas de exposição, Hanna Soares, curadora e organizadora da Feira Vegana, declara que a expectativa é atingir um público de 1.500 a 2.000 visitantes por dia.
“É a nossa 39ª edição, e o evento continua sendo um espaço de conhecimento e de abertura para o mundo do veganismo, tanto para nós, já veganos, quanto para aquelas pessoas leigas, vegetarianas ou em transição”, afirma a organizadora.
“Nosso maior objetivo como uma feira é mostrar e incentivar o público as possibilidades de alimentação e consumo de produtos mais naturais e sustentáveis, sem utilizar nada de origem animal em suas composições e preparos”, completa Soares.
O mundo vegetariano e vegano
O vegetarianismo e o veganismo são práticas que vêm crescendo significativamente no Brasil, representadas pelos benefícios para saúde, para o bem-estar animal e para o meio ambiente.
No entanto, ambas ainda são confundidas em suas definições e princípios.
O vegetarianismo é praticado por aqueles que não comem carnes, mas que podem consumir produtos ou alimentos derivados de animais, como mel, ovos e leite. É uma prática adotada por diversas razões, como questões éticas, religiosas ou de saúde.
Já no veganismo, não há o consumo de produtos de origem animal em seu preparo, composição e testes. Abrange diversos setores, como alimentação, vestuário, remédios e cosméticos, e é definido como uma filosofia de vida, um ato político que é contra a exploração e o sofrimento animal em todas as áreas da vida.