Por Alice Souza
Repórter da AVERA
Foto: Marco Dias / AVERA
O GeekWorld reuniu, no último sábado (19), diversos empreendedores que se dedicam do ramo “nerd” em Salvador. A idealização do evento é do Glitch404, em parceria com a Vodoo Café e Arte.
O projeto surgiu após os realizadores enxergarem a necessidade de dar visibilidade aos lojistas independentes, que não têm a oportunidade de participar de eventos de grande porte, uma vez que os valores que cobrados para aquisição de um stand são elevados.
O publicitário Lucas Sena, de 27 anos, e a chefe de confeitaria Clara Ribeiro, de 37, são os organizadores do evento.
Lucas afirma que a ideia surgiu depois de uma conversa entre os amigos: “a ideia surgiu de uma conversa com Clara, que é a dona do café. Como ela já fazia algumas feiras de artesanato e para microempreendedor, pensei em fazermos um feed e deu certo”.
Com entrada franca, a primeira edição do evento teve como temática o Halloween. A cafeteria, localizada na Rua Alagoas, bairro de Pituba, em Salvador, se transformou em ponto de encontro para os amantes de quadrinhos, animes, filmes, jogos e k-pop, reunindo público de todas as idades.
A criatividade da equipe incluía um cardápio diferente, drinks com nomes excêntricos, como “zumbi” e “Jason”, além de guloseimas com dentaduras comestíveis, usadas para decoração, que despertavam a curiosidade do público no local.
Para Clara, fornecer o espaço da cafeteria com o objetivo de colaborar na divulgação e venda das lojas participantes é satisfatório. “ Se você é microempreendedor, não ganha uma fortuna, então ter essa oportunidade é muito importante”, diz.
A chef lembrou que já foi uma microempreendedora e entende as dificuldades em participar de eventos com o orçamento limitado.
Os expositores passaram por um processo de curadoria, com o objetivo de trazer ao público uma variedade de produtos, além de incentivar e promover a produção criativa de produtos feitos por artesãos da capital baiana.
A artesã e microempresária Safira Costa, de 22 anos, possui uma loja virtual e faz da internet sua ferramenta de trabalho para exposição dos suas obras.
Ela já participou de outros eventos do segmento e relata a dificuldade que o artesão enfrenta em buscar um espaço para divulgação de seu trabalho em eventos de grande porte, nos quais os custos são altos e o retorno não é satisfatório.
Questionada sobre a participação no Geekworld, a jovem relata que “é uma oportunidade, de reconhecimento como profissional, além do retorno financeiro”.
**Revisado por Marco Dias e editado por Matheus Pastori