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Diversidade: Como a pobreza influencia o abandono de animais

Da Redação
4 de abril de 202525 de abril de 2025 No Comments

Milhões de animais vivem nas ruas, enfrentando a falta de comida e cuidados, devido à escassez de recursos das famílias. A adoção responsável é essencial para mudar essa realidade.

Por Gabriela Santos Lima

Revisão Matheus Tarrão

Cachorro em situação de rua em Salvador | Gabriela Santos Lima/Acervo Pessoal

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 200 milhões de animais vivem em situação de rua no mundo, expostos à fome, doenças e violência. No Brasil, estima-se que mais de 30 milhões de cães e gatos estejam nesta condição.

O Dia Mundial dos Animais de Rua, celebrado em 4 de abril, foi instituído em 2010 por organizações sem fins lucrativos da Holanda com o objetivo de conscientizar a sociedade e promover ações para combater o abandono. Durante a data, diversas ONGs ao redor do mundo intensificam campanhas de adoção, arrecadação de ração, vacinação e castração gratuitas — iniciativas essenciais para facilitar o acesso aos cuidados básicos de saúde animal.

A crise também atinge os animais

O alto custo de vida, especialmente o preço de rações, vacinas e serviços veterinários, impacta diretamente o bem-estar dos pets. No Brasil, onde o salário mínimo em 2025 é de R$ 1.518, muitas famílias precisam priorizar gastos com alimentação, saúde e moradia.

Manter um cachorro de porte médio saudável pode custar mais de R$200 por mês. Para grande parte da população, essa despesa é inviável, e o abandono, embora doloroso, acaba sendo uma decisão extrema diante da falta de alternativas.

Cachorro deitado na areia da praia, em via pública | Gabriela Santos Lima/Acervo Pessoal

A realidade do abandono

O médico veterinário Anderson Morinaga, da clínica Pet Feel, acompanha de perto essa situação e relata: “Eu já vi isso acontecer muito: pessoas que pegam um animal, criam-no, mas, quando ele fica doente, não têm condições de cuidar e acabam abandonando o pet.”

Essa realidade atinge, sobretudo, famílias em situação de vulnerabilidade, como foi o caso da estudante Jessica Carvalho, que precisou abrir mão do seu cachorro ao se mudar para um apartamento pequeno, tornando a adaptação do pet um grande desafio: “O desafio foi não ter uma estabilidade de residência. Quando surgiu a necessidade de ir para um apartamento, não consegui adaptar. O apartamento era muito pequeno […].”

Além da dificuldade de adaptação, a rotina intensa também contribuiu para a decisão de Jessica: “Pareço não ter tranquilidade interior desde que tive dois filhos, sabe? Não tenho rede de apoio, sou funcional 24 horas e ainda resolvi estudar depois de mais velha. A questão de ter o compromisso de levar para fazer xixi e cocô […] não cabia na minha realidade. Doeu muito, só de lembrar eu choro […].”

Abandono é um problema nacional

Em agosto de 2024, o Ibama resgatou 92 animais domésticos abandonados no interior da Terra Indígena Apyterewa, no Pará. O caso evidencia que o abandono de animais não é exclusivo dos centros urbanos — ele se espalha também por regiões interioranas e comunidades tradicionais.

Conscientizar para transformar

O Dia Mundial dos Animais de Rua é uma oportunidade para promover o debate público e reforçar a necessidade de ações estruturais como campanhas permanentes de castração, vacinação e adoção responsável, apoio financeiro e institucional a tutores de baixa renda e criação e fortalecimento de políticas públicas voltadas à proteção animal.

Além disso, veterinários reforçam a importância da adoção responsável, recomendando que, antes de adotar, os tutores avaliem a disponibilidade de oferecer recursos a longo prazo. Afinal, compreender que um animal de estimação é uma responsabilidade contínua — e não apenas companhia momentânea — é o primeiro passo para transformar essa realidade.

Gato de rua no bairro Santo Antônio Além do Carmo | Gabriela Santos Lima/Acervo Pessoal

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