Cada vez mais, aprender uma nova língua se torna essencial para quem deseja se profissionalizar e viver novas experiências
Por Larissa Maia
Revisão: Catherine Marinho
Com o grande avanço da tecnologia e globalização, nos encontramos em um cenário de grande movimentação comercial e econômica. Essa realidade chama a atenção para a importância da comunicação entre diferentes nações e, consequentemente, nos mostra a necessidade de aprender novos idiomas para trocas profissionais, científicas e culturais.
No Brasil, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), aprovou em 15 de dezembro de 2017 a obrigatoriedade do ensino da língua inglesa a partir do 6º ano, série em que se inicia o chamado “Ensino Fundamental 2”. O documento foi homologado pelo Ministério da Educação (MEC) no dia 20 do mesmo mês.
Rafaela Princhak, professora, graduada em língua estrangeira pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), afirma que as crianças nessa fase possuem uma maior facilidade no aprendizado:
“A criança não tem as travas inibitórias do adulto. As estruturas linguísticas são utilizadas de forma orgânica, como acontece com a língua materna, o que facilita bastante na aquisição e fluência da segunda língua”.
Além da implementação das disciplinas de inglês nas escolas, faculdades também abrem espaços para os alunos aprenderem novos idiomas.
A Unifacs faz parte de uma rede internacional de instituições de ensino superior, fator que proporciona aos alunos experiências como matérias ofertadas totalmente em inglês em sua matriz curricular. Além disso, oferece acesso à programas de intercâmbio com universidades parceiras e centro de idiomas para estudos de diferentes línguas.
A professora de disciplina ofertada em inglês, Paula Leitão, fala sobre a importância dos alunos passarem por essa experiência.
“Os estudantes que participam das atividades de internacionalização acabam ampliando seu contato com o uso cotidiano de uma segunda língua e acessam novos conhecimentos complementares e transversais à sua formação profissional e crescimento pessoal. Ampliam suas habilidades e competências e exercitam um olhar mais atento sobre as questões inerentes ao mundo globalizado”, explica a professora.
Para além do impacto profissional
Além das vantagens profissionais, aprender línguas estrangeiras proporciona momentos de descobertas e novas experiências. É possível construir laços com pessoas ao redor do mundo e desenvolver autonomia ao explorar um novo lugar que possua um idioma diferente.
Lis Picanço, pedagoga e psicopedagoga, realta que foi durante uma viagem que percebeu a necessidade de começar a estudar inglês.
“Quando viajei pra Europa pela primeira vez, senti muita necessidade de me comunicar e ficou difícil, usava gestos, palavras soltas e ficava muito constrangida por muitas vezes errar e comprar coisas erradas, tudo por causa da falta de entendimento”, conta a pedagoga.
“É preciso conhecer outra língua e ser fluente nela pois o mundo está aí para explorarmos, trocarmos experiências com pessoas dos quatro cantos e a linguagem oral é muito importante para que isso aconteça”, conclui Picanço.
Um novo sistema de ensino
Durante a pandemia do Covid-19, foi necessário adaptar o sistema de educação. Já que práticas como o distanciamento social eram indispensáveis para controlar a disseminação do vírus.
Com isso, foi implementado o sistema de Ensino a Distância (EAD), modalidade que ocorre em ambiente virtual, ou seja, sem a necessidade de presença física em uma universidade para o processo de aprendizagem.
Este sistema levanta muitas reflexões sobre a nova forma de ensino, podendo facilitar por não precisar de locomoção e disponibilizar mais conforto para os estudantes. Em contrapartida, muitos reclamam da dificuldade de se adaptar ao processo de aprendizagem e enxergar os resultados com as aulas EAD.
Lis Picanço, que também é aluna de inglês do ensino EAD, afirma: “As aulas online para mim foram uma excelente alternativa, pois ficou mais cômodo e menos cansativo, visto que eu tenho várias atividades diárias como mãe, profissional, mulher e esposa. Vale ressaltar que a forma virtual das aulas deixa a gente menos constrangida quando erramos, pois estamos só na tela e não olho no olho pessoalmente”.
Entretanto, para Alan Massa, operador Petroquímico, a história com o início do curso a distância foi por um caminho diferente.
A iniciativa de começar um curso de idiomas se deu pela necessidade do mercado de trabalho, mas logo desenvolveu o gostou do pelo aprendizado e passou a frequentar muito mais pelo prazer em aprender, até começar o sistema EAD.
“O impacto foi grande. Parei de fazer o curso, pois não consegui me acostumar ao ‘novo normal’. Até fiz outros cursos onlines mas, para o curso de idioma, senti falta da interatividade e percebi a queda acentuada no meu desempenho”, relata Massa.
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Produção e coordenação de pautas: Márcio Walter Machado