Professor Ronilson Lobo foi mentor do projeto campeão de 2019 e convida alunos da Unifacs para as próximas edições: “Vamos trazer para a Bahia mais campeões”
Por Naidson Braz
Revisão: Catharina Dourado
Desde 2012, a Nasa promove a competição NASA International Space Apps Challenge, que acontece simultaneamente em diversos países mundo e que tem o objetivo de desenvolver soluções para problemas, sejam ambientais, sociais ou tecnológicos.
Na edição de 2019, uma equipe formada por alunos de duas instituições de ensino baianas foi a grande vencedora da disputa que envolveu mais de 29 mil competidores, de 83 países. Intitulado Ocean Ride, o projeto campeão propõe a retirada de microplásticos do oceano.
A proposta foi criada a partir do entendimento de que esses resíduos podem ser nocivos à fauna do ambiente marítimo, uma vez que, ao ingeri-los, os animais podem morrer, causando grandes danos ao controle do ecossistema marinho.
Como prêmio, a equipe ganhou uma viagem para conhecer as instalações da Nasa Kennedy Space (EUA), onde terão a oportunidade de apresentar o projeto para os especialistas da Agência Espacial Americana.
Mentoria do evento
A equipe vencedora contou com a orientação do professor Ronilson Lobo, um dos principais entusiastas do corpo docente da Unifacs para a promoção do evento e incentivo para que estudantes da instituição desenvolvam projetos para a competição.
“Fui o mentor dos alunos que ganharam o prêmio do ano passado. Agora estou apresentando o Space App para a comunidade acadêmica da Unifacs, para os alunos participarem do evento em Outubro”, conta o professor Lobo.
Para a edição de 2020, o professor Pablo Caldas, também do corpo docente da Unifacs, se junta ao time de monitores para a competição baiana, que tem previsão para ocorrer no segundo semestre deste ano.
“Participar de um hackathon da Nasa é um momento especial para todos os amantes da competição. Ser mentor, já é um privilégio. Gerenciar projetos com o espírito de gincana ajuda a desenvolver nosso pensamento criativo e estimular diversas áreas de conhecimento”, relata Caldas sobre a importância do projeto.
Aos alunos, o professor Lobo reforça a “oportunidade única de participar de um Hackathon mundial”. “Vocês vão utilizar os dados da Nasa e trabalhar juntos com profissionais e mentores de diversas áreas e alavancar sua carreira. Aqui na Bahia fomos campeões mundiais em 2019. Vamos trazer para a Bahia mais campeões e mudar o mundo”, convida o professor.
A competição
Antes de chegar ao triunfo, a equipe Cafeína, que desenvolveu o projeto Ocean Ride, passou por diversas etapas, em que foram analisados fatores como qualidade e eficiência.
Na etapa regional, por exemplo, foram escolhidos dois projetos apresentados à comissão julgadora em cada cidade.
“Os dois mais bem pontuados vencem e vão para o Mundial. E para o Mundial, além de tudo que foi incluído no projeto durante o evento, na plataforma oficial, é gravado um vídeo pitch de 30 segundos. Com este vídeo, a Nasa julga os vencedores da etapa mundial”, explica a Local Lead da Nasa em Salvador, Leka Hattori.
Hattori afirma que o seu papel é dar as condições necessárias para que cada equipe desenvolva da melhor forma a sua ideia, com conteúdo e mentores para tirarem dúvidas. “É sempre gratificante poder dar os subsídios para que as mentes brilhantes de Salvador poderem desenvolver ideias de impacto global”, afirma.
O hackathon contou com uma edição extra em maio, voltado para o desenvolvimento de tecnologias e insumos para o combate ao novo coronavírus, mas ainda prepara a edição anual para outubro.
“Coordenei a equipe de mentores aqui de Salvador do evento dedicado ao Covid-19, em maio”, conta Lobo.
Para participar da competição, é imprescindível que os interessados tenham um bom conhecimento da língua inglesa, pois, os projetos são totalmente desenvolvidos no idioma.
Para saber mais sobre o projeto e a próxima edição basta acessar o site da maratona.