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Velocidade, emoção e inclusão: As mulheres na Fórmula 1

Da Redação
6 de maio de 20256 de maio de 2025 No Comments

O impacto da presença feminina nas arquibancadas e seu reflexo na elite do automobilismo

A brasileira Aurélia Nobels, no seu carro, antes da etapa do Velo Città do Campeonato Brasileiro de Fórmula 4 de 2022 | Arquivo pessoal/Kevin Nobels

Por décadas, o público da Fórmula 1 foi majoritariamente formado pela audiência masculina. Em uma pesquisa realizada pela Nielsen Sports, divulgada em Dezembro de 2024, foi registrado que a F1 é o evento esportivo anual mais popular, com um total de 750 milhões de espectadores.

Um dos motivos para o aumento da audiência é a ascensão do público feminino nos autódromos e do outro lado das telas. As mulheres representam, hoje, cerca de 41% dos aficionados pela modalidade, sendo 16 aos 24 anos, a faixa etária que mais vem crescendo.

Questionada sobre o espaço das mulheres na Fórmula 1 e a receptividade do público, Raquel Santos, estudante de direito e fã da modalidade, comentou que a  F1 é um ambiente majoritariamente masculino, e isso ainda se reflete na forma como mulheres são minimamente representadas ou tratadas com menos seriedade mesmo quando ocupam cargos de destaque, ou estão apenas ali como torcedoras. “Há espaço, mas ele ainda não é plenamente o machismo precisa ser enfrentado com mais seriedade”, observa.

Pioneiras na Fórmula 1

Há 33 anos a Fórmula 1 não conta com uma mulher em seu grid. A piloto Giovanna Amati correu pela Brabham na temporada 1992. Em entrevista ao Jornal do Brasil, Amati abordou as adversidades que encarou ao ingressar na F1, entre problemas com o carro e o sexismo. “Sempre tive de lutar para encontrar meu caminho. Era subir a ladeira o tempo inteiro”.

Entre os 34 pilotos daquela temporada, a italiana afirma que somente Ayrton Senna foi receptivo.”Senna foi a pessoa mais agradável que encontrei na F1. Todos os outros que competiam comigo olhavam para o outro lado. Não me viam como competidora.”

Se voltarmos mais um pouco na linha do tempo, precisamente no ano de 1974, quando a italiana Lella Lombardi fez sua estreia no Circuito de Brands Hatch, na Inglaterra. Pela equipe Brabham. Apesar de não ter conseguido se classificar naquela prova, esse início de carreira representava o começo para um importante marco das mulheres no automobilismo.

No ano seguinte, em 1975, no GP da Espanha, no Circuito de Montjuich, entrou para a história do esporte e se tornou a única mulher a pontuar na F1.  Na corrida, a italiana marcou um ponto — naquela época, apenas os seis primeiros obtinham pontuação — porém a prova precisou ser interrompida devido a um acidente com o alemão Rolf Stommelen.

O piloto da Lola-Ford perdeu o aerofólio traseiro e acabou atingindo os espectadores, resultando na morte de cinco pessoas. Devido à gravidade do acidente, a corrida foi encerrada antes dos dois terços de sua duração obrigatória, o que fez com que a pontuação atribuída fosse reduzida pela metade. Lombardi cruzou a linha de chegada na sexta colocação e conquistou 0,5 ponto, tornando-se, até hoje, a única mulher a somar pontos em uma corrida de Fórmula 1.

Mudanças de cenário

Na atualidade, o cenário é mais receptivo à participação feminina no esporte. A Fórmula 1 desenvolveu a F1 Academy, uma categoria de automobilismo criada em 2023, voltada exclusivamente para mulheres. Buscando oferecer mais oportunidades, visibilidade e estrutura para talentos femininos que sonham em ter acesso às principais categorias do esporte, como a Fórmula 3, Fórmula 2 e, futuramente, a própria F1.

A categoria conta com carros semelhantes aos da Fórmula 4 e apoio direto das equipes da Fórmula 1, que, a partir de 2024, passaram a apadrinhar as corredoras, fortalecendo a integração com a elite do esporte. Apesar do crescimento da categoria, o tricampeão mundial Max Verstappen fez críticas ao nível atual da competição. Para ele, ainda existe uma enorme diferença entre a F1 Academy e a Fórmula1  

“Esses carros são muito lentos. Se quisermos levar as mulheres para a Fórmula 1, essa categoria precisa alcançar um nível mais alto agora. É ótimo que elas tenham o apoio das equipes da F1, mas em que isso realmente as ajuda? Atualmente, não há um próximo passo claro para elas. Por exemplo, a diferença em relação a um carro de Fórmula 4 já é muito grande”, declarou o piloto holandês.

Ainda que o nível técnico da categoria esteja abaixo do esperado em relação à elite do esporte, o investimento crescente e a visibilidade trazida pelo envolvimento das equipes da Fórmula 1 indicam que a base está sendo construída, e que o futuro pode reservar um cenário mais inclusivo e competitivo para as próximas gerações.

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