A Unifacs se torna a 24° Universidade do Brasil a compor o quadro de cátedras da organização
Por Fernanda Bruno
Revisão: Daniel Genonadio
O Centro de Serviços ao Migrante, projeto de extensão da Universidade Salvador (Unifacs) assinou um convênio com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), uma agência da ONU de apoio a refugiados presente em 130 países.
Com o acordo, a universidade baiana passa a compor o grupo de 24 universidades do Brasil que fazem parte da Cátedra Sérgio Viera de Melo (CSVM). O convênio é uma forma de reconhecimento ao trabalho de acolhimento a refugiados do projeto desenvolvido pela instituição de ensino.
A CSVM visa difundir conhecimento acerca do tema, capacitando professores e estudantes e estimulando o trabalho direto com os refugiados. Junto com as universidades, a Cátedra também tem como objetivo desenvolver ações para fomentar o acesso dos refugiados a instituições de ensino, bem como o estudo da língua portuguesa.
Desta forma, mais de 3500 refugiados e solicitantes de refúgio foram atendidos nos últimos 12 meses em projetos de extensão, que visam inseri-los, tanto na comunidade acadêmica, quanto na sociedade em geral.
Segundo o relatório anual da ACNUR, “a CSVM é fundamental para garantir que pessoas refugiadas e solicitantes da condição de refugiado tenham garantido seu acesso a direitos e serviços no Brasil e apoiá-las na integração local”.
Centro de Serviços ao Migrante
Inicialmente intitulado de ‘Refúgio em Salvador’ em 2017, o Centro de Serviços ao Migrante tem como objetivo primordial apoiar refugiados presentes na capital baiana.
“Damos aulas de português gratuitas que mesclam gramática e cotidiano com o objetivo de empoderamento da fala para que esse migrante se sinta apto para integração local”, afirmou a professora Rafaela Ludolf, responsável pelo projeto na Unifacs.
“Também apoiamos no processo de documentação para migrantes, desde solicitação de refúgio ou residência, até CPF e Carteira de Trabalho”, completou a professora.
A mudança de nome remete ao fato de passarem a atender a um público mais amplo do que refugiados e a apoiar outros municípios. Atualmente, possuem 111 alunos matriculados nas aulas de português e estão atuando remotamente com todos os serviços.