O uso de tecnologias e plataformas digitais, como Missão Covid, tem sido uma experiência positiva para usuários em tempos de pandemia.
Por: Tainá Cristina
Com soluções digitais em tempos de confinamento, devido a pandemia provocada pelo novo Coronavírus (Covid-19), o consultório médico agora é na tela do computador ou smartphone.
Ferramenta inovadora para o combate à doença, médicos de todo o Brasil estão prestando atendimento online, alguns de forma gratuita, por meio das plataformas digitais na telemedicina (ligação por vídeo), para atender pacientes que apresentam os sintomas da doença.
Com mais de mil solicitações de consultas por dia, a Plataforma Missão Covid, conta com o suporte de pouco mais de 700 médicos voluntários. De acordo com o médico cardiologista, criador do Missão Covid, Leandro Rubio, o projeto é uma iniciativa sem fins lucrativos.
Para realizar a consulta, o paciente deve acessar a plataforma no endereço eletrônico missaocovid.com.br e, no canto superior do lado direito da, o usuário deve selecionar a opção “Sou Paciente” e preencher um cadastro com informações simples.
É importante que o usuário se atente ao inserir o número de contato, pois o atendimento médico será realizado preferencialmente por chamada de vídeo, através do Whatsapp. Feito o cadastro, o paciente deverá selecionar a opção “Entrar na fila de consulta” e aguardar o contato com o médico voluntário.
“Alguns dias atrás, comecei a apresentar alguns sintomas de gripe, a exemplo da tosse, mas, foi somente um resfriado. Porém tive a preocupação de ser a doença. Solicitei atendimento no Missão Covid e em menos de uma hora, fizeram o contato comigo. Foi um atendimento confiável”, disse o paciente que preferiu não revelar sua identidade.
Dr. Rubio conta que o projeto está ampliando sua rede de atendimento e, com isso, conseguem “ajudar uma população enorme em nosso país, que está carente de atendimento, pois os hospitais já estão ficando com uma lotação exagerada”.
“Através da tecnologia, conseguimos entrar na casa dessas pessoas, fazendo uma avaliação e cuidados. Só atendemos pacientes com sintomas da doença. O cadastro é rápido, ele entra numa fila como se fosse um pronto socorro por ordem de chamada”, frisa o cardiologista.
Ainda na plataforma digital do Missão Covid, os usuários podem encontrar informações sobre o que é o Coronavírus, as formas de transmissões da doença, medidas de prevenções, sinais e sintomas do vírus.
“Nós médicos, estamos nos sentindo grato e prestativo em ajudar. No Missão Covid, temos médicos acima de 60 anos, que fazem parte do grupo de risco, e que é arriscado a estarem na linha de frente do hospital. Com essa solução digital, estão se sentindo úteis e estão ajudando a combater a doença”, declara Dr. Rubio.
Canal de Comunicação
Sem precisar sair de casa para receber um diagnóstico e orientações sobre sinais e sintomas da infecção, outro serviço gratuito à população é o Tele Coronavírus, um canal de comunicação para orientar os interessados durante a pandemia.
Pensando nisso, os usuários poderão ligar para o número 155 e o atendimento que acontece das 7h às 19h, feito por estudantes do quinto e sexto período de medicina, supervisionados por médicos. E também, por meio do TeleSus, no número 136.
Telemedicina
Em março deste ano, o Ministério da Saúde publicou no Diário Oficial da União (DOU), a portaria nº 467, que regulamenta atendimentos médicos à distância, através da Telemedicina.
Válida apenas durante a pandemia causada pela Covid-19, o serviço essencial à população que não pode se deslocar até uma unidade de saúde, poderá ser usado para atendimento pré-clinico de suporte assistencial, de consulta, monitoramento e diagnóstico no Sistema Único de Saúde (SUS) ou na rede privada.
O Atendimento deverá ser registrado em um prontuário clínico com indicação de data, hora, tecnologia da informação e comunicação utilizada, além do número do Conselho Regional Profissional do médico e sua unidade da federação.
Conforme explica o representante do Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb), Otávio Marambaia, esse serviço pode ser denominado como “teleorientação”, onde pacientes poderão ligar para o seu médico, falar por meio do WhatsApp ou vídeo chamada.
“É possível que o médico possa prescrever, orientar e dizer ao paciente o que ele precisa fazer, seja para ficar em casa ou procurar por um serviço, se por ventura, perceber que se trata de uma situação emergencial. Os médicos devem ter discernimento em avaliar até que ponto, nessa forma de atendimento, ele pode ter um diagnostico conclusivo ou não”, explica Marambaia.