No dia de Santo Antônio de Lisboa devotos aproveitaram para celebrar a data, enquanto alguns são céticos sobre o assunto
Por Nalanda Rocha
Revisão: Catherine Marinho
O dia de Santo Antônio, também conhecido como Santo Casamenteiro, é celebrado anualmente pelos católicos no mês de junho (13). O Santo ficou conhecido por ter grande poder na pregação e por desenvolver sua missão de ajudar os pobres durante a vida.
O Santo Fernando Antônio de Bulhões nasceu em Lisboa, Portugal. Após perceber o dom da sua palavra, fez muitos milagres, curando alguns deficientes físicos. Tempos após sua morte, o corpo foi exumado e a língua era uma das poucas partes do corpo que estava intacta, sendo prova do poder da pregação para os fiéis.
Histórias de conquistas
Graças ao santo casamenteiro, histórias são popularmente ouvidas no Brasil, uma delas é a de Cristiane Araújo, casada há 21 anos com seu esposo, que segundo ela, aconteceu graças ao Santo Antônio.
Ela conta que, na adolescência, sua mãe explicava o método de simpatia para atrair o amado, que era virar o santinho de cabeça para baixo até atrair o rapaz.
“Aos 18 anos, usei o método pela primeira vez, conheci meu esposo no carnaval, conversamos e percebi que era uma pessoa boa, cheguei em casa e virei o santinho que ganhei de minha mãe, pouco tempo depois ele me ligou e marcou outro encontro”, descreveu Araújo.
Cátia Cilene, devota do santo há mais de dez anos, explica que a motivação para ter fé no santo foi a realização de um pedido feito a ele, mas preferiu manter o pedido em sigilo, no entanto garante que foi uma benção em sua vida.
Cilene também se inspira na bondade do santo para os pobres e faz doações anualmente junto com sua família, distribuindo pães aos necessitados na porta da igreja após a missa. Os pães são entregues em uma embalagem seguindo uma frase do Santo Antônio para motivar outras pessoas a praticarem a doação.
“Gosto da questão humanitária para com aqueles que mais precisam, entrego os pães nas mãos de cada um, o pão de Santo Antônio tem uma benção de nunca faltar alimento”, exalta Cilene.
Contrapondo a crença
Já o estudante Vitor Bonfim (19) é cético sobre o assunto. Ele reitera: “ Na minha opinião não passa de manipulação, a questão de santos ao meu ver é um placebo”.
Sara Corrêa, 18, evangélica, fala que santos faz parte das expectativas pessoais de cada um, “vem da pressão psicológica das pessoas próximas, eles exigem que você case, tenha filhos, e outros”.
Para Corrêa, devemos ir atrás daquilo que sonhamos, e que não deve ser depositado toda sua vontade em um santo, porém destaca que ter fé é necessário, para trazer energias positivas enquanto não atinge os objetivos.
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Produção e coordenação de pautas: Márcio Walter Machado