Criada em plena pandemia, a rádio investe também em notícias online, transmissões ao vivo de grandes eventos e tem como principal foco atingir o mercado popular
Por Marina Araújo, Rafaela Góis e Rodrigo Portela
Revisão: Antônio Netto
“A rádio que toca Salvador”, esse é o slogan da Salvador FM, empresa que surgiu com a intenção de “revolucionar” o mercado, através da música e imersão no audiovisual. A empresa tem pouco mais de um ano e se consolidou em meio à pandemia do coronavírus.
Lili Bião, diretora de marketing, conta que a emissora de rádio tem como objetivo se destacar no cenário popular das rádios da capital baiana.
“A Salvador FM nasceu na pandemia, é loucura colocar algo para funcionar quando tudo age de maneira contrária. Rádio é um mercado muito consolidado e chegamos com muito respeito, mas estamos na labuta. Temos plena consciência de que não podemos chegar, ou pelo menos imagina-se que a gente não pode chegar, a determinados lugares em tão pouco tempo. Rádio é fidelização e construção”, declara Bião.
“O mercado estava muito confortável e a Salvador veio e sacudiu tudo. Fizemos um investimento muito alto no audiovisual, não queremos ser só uma rádio, temos o estúdio mais moderno do Norte/Nordeste. Nosso foco é só crescer”, completa a diretora.
A Salvador FM vem com a proposta de ampliar a visão de um mercado já consolidado. Com portal de notícias, transmissões ao vivo no YouTube e entrevistas, que vão de políticos a artistas baianos, a empresa busca agora o corpo a corpo com o público popular das classes C, D e E.
“A rádio primordialmente trabalha com o segmento popular, e até hoje vem em uma crescente entre o público A e B. Entramos no ar em plena pandemia, a gente não podia fazer atividades promocionais de rua, e a gente só chega perto da popularização do grupo C, D e E, no corpo a corpo. Nosso próximo foco é esse, estreitar e popularizar nossa marca”, explica Bião.
Bárbara Paim, social mídia, pontua que, até este momento de ampliação das medidas de isolamento social, a rádio investiu fortemente em sorteios. Paim garante que a adesão é grande, pois assim, o público entende a rádio como uma “ajuda o seu corre”.
“Optamos por promoções que atendessem as demandas pessoais da maior parte do nosso público, popular, sorteando diariamente prêmios como: vale-gás, vale-feira, vale-combustível, cesta básica e eletros diversos. Cada dia da semana é destinado a um desses prêmios onde os ouvintes têm várias chances de ganhar. As demais promoções são por campanhas. Seja em levar ouvintes e amigos para show com tudo pago, mobiliar a casa, dentre outras promoções que trazem a sensação de exclusividade para o ouvinte”, explica Paim.
Dinho Junior, coordenador de criação e apresentador dos programas Pipoco, Larica Pop e Bucha de Terno, na Salvador FM, acredita que a principal dificuldade de uma rádio tão ampla é conquistar de maneira mais rápida o mercado.
“Esse pós-pandemia está bem confuso, o mercado é difícil, a gente tem que se moldar, as pessoas consomem outras coisas, é muito complicado vender a ideia de soteropolitaniedade na atualidade, em que a musicalidade da gente não está na mesma evidência, em que os artistas daqui precisam se unir mais e se colocar à disposição de viver a rádio de uma maneira mais presente, e isso não acontece. Mas acredito muito nesse orgulho que a gente tem quando a gente escuta a Salvador FM”, destaca Dinho.
Para o apresentador, vestir a camisa de uma empresa que leva o nome da capital baiana é motivo orgulho.
“Surgimos com a ideia de usar o nome da cidade para diferenciar a rádio, o seu posicionamento. Tudo o que a gente busca sempre tem esse conceito, o que posso pegar a deia e transformar em algo soteropolitano e comunicar dessa forma. É o que a gente sempre faz, para mim, dentro desse processo artístico, sempre vou levar tudo para esse norte, soteroponizo as coisas”, relata o coordenador.
Confira a reportagem:
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