Visando criar uma rede de apoio com atendimento terapêutico online, grupo de profissionais criou o Cacto Psi, um canal online de tratamento psicológico a preço acessível para mulheres
Por: Eduardo Bastos
Revisão: Antônio Netto
Criado em 2021, o projeto Cacto Psi surge da vontade de dar auxílio àquelas mulheres que não têm dinheiro para tratar suas questões psicológicas. Utilizando como principal canal de comunicação sua página no Instagram, o grupo de psicólogas de Salvador proporciona um atendimento online com uma profissional indicada às suas especificações, a um valor social, para qualquer parte do território nacional.
O nome do projeto vem da simbologia com o cacto, uma planta que, assim como mulheres em situações de dificuldade, persiste nas condições mais áridas. A psicanalista do projeto, Mariana Martins (CRP: 03/24026) , ressalta que a pandemia da Covid-19 é uma condição agravante dessa demanda de atenção aos cuidados psicológicos e que o meio digital surgiu como solução para alcançar mulheres de tantos lugares.
“A pandemia [da Covid-19] causou e tem causado problemas psíquicos na sociedade e o profissional de psicologia precisava se adequar a esse método de trabalho com atendimentos online. Diante de tudo, o digital é um dos melhores métodos para divulgar o projeto”, relata Martins.
A psicanalista também explica que alguns profissionais da área acreditam que o valor social do atendimento não compensa a formação acadêmica, ou que o digital não tem espaço no tratamento terapêutico. “Ao invés de dar ouvidos ao que essas pessoas falam, preferimos ouvir os feedbacks das pacientes, sobre a importância disso em sua vida. É muito gratificante”, comenta.
Sobre o advento do virtual, Maria Vitória Santos (CRP:03/23866), psicóloga junguiana do projeto, diz perceber hoje o celular como uma extensão de seu corpo, logo o marketing digital é o ponto de partida natural para alcançar o máximo de pessoas possível.
A página do Instagram do Cacto Psi possui Reels, Stories e postagens com conteúdos que tornam o tratamento psicoterapêutico mais apresentável.
A respeito dos elementos descontraídos, Santos relata: “se fosse um vídeo desses que convencesse uma mulher a cuidar da saúde mental, eu mesma gravaria trinta mil e sei que as outras [psicólogas] do projeto também. Quando nos formamos, fazemos um juramento dizendo que sempre vamos priorizar cuidar e acolher o outro”.
“A melhor parte do projeto para mim envolve três coisas: trabalhar com profissionais que confio e estimo muito; devolver a esperança para mulheres de uma saúde mental boa; e a comodidade de poder visitar vários cantos com meu passaporte imaginário”, completa Santos.
No Paraná, Juliana Mello, estudante e paciente do projeto, encontrou o Cacto Psi buscando na internet uma terapia com foco em mulheres. “Na época, as questões que eu gostaria de tratar na terapia, eu queria que tivessem um olhar do ponto de vista das mulheres, considerando os atravessamentos de gênero”, alega.
Para a estudante, “mulheres da classe trabalhadora, que estão em condições mais veneráveis socialmente, que vivenciam contextos de exclusão e violência de uma forma mais constante, possuem um acesso facilitado [através do Cacto Psi]”.
Mello recomenda às mulheres interessadas que confiem na possibilidade de serem apoiadas em seus processos e tenham coragem de buscar ajuda. “Eu posso afirmar que me sinto bem mais segura na minha vida, convencida da importância de cuidar das minhas emoções. Teve um impacto muito positivo”, relata a paciente.
Para saber mais do projeto, acesse seu Instagram:
https://www.instagram.com/cactopsi/
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