Estudantes de jornalismo embarcaram para imersão sobre a cultura do algodão, em Luís Eduardo Magalhães-BA, para produção de reportagens
Por Beatriz Soares
Revisão: Antônio Netto
Na última quarta (24), nove estudantes do curso de Jornalismo da Universidade Salvador (Unifacs) realizaram uma viagem para a cidade de Luís Eduardo Magalhães, no extremo oeste baiano, para participar do Prêmio Abapa de Jornalismo, promovido pela Associação Baiana de Produtores de Algodão.
A proposta dessa etapa da premiação são as visitas técnicas dos estudantes e os ciclos de palestras sobre plantio, colheita e as fases de processamento da cotonicultura, a produção de algodão, realizada pela Abapa com o apoio de diversas instituições de ensino baianas.
A premiação acontece desde 2019 e, de acordo com a Abapa, é “um convite a que estudantes e novos talentos voltem o olhar para o campo”, realizando a cobertura dos fatos relacionados ao agronegócio no Brasil, em especial, o algodão.
Com a oportunidade, os alunos puderam participar das práticas da atividade profissional do curso diretamente com empresas reais e visitas de campo. Para Maria Clara Ribeiro, aluna do 4º semestre de Jornalismo, a experiência da viagem e poder vivenciar a visita em uma fazenda de algodão foi um grande diferencial.
“Me trouxe um aprendizado único que, com certeza, não teria em outros lugares. A gente conheceu a fazenda que produz algodão, viu como é feito beneficiamento, que é retirar a pluma, descobrimos a infinidade de coisas que dá pra fazer com a semente, que nada é perdido do algodão. Muita coisa que em outros lugares a gente provavelmente não conheceria”, relata a estudante.
Além disso, os estudantes também puderam entrevistar profissionais do mercado conicultor, como a vice presidente da Abapa, Alessandra Zanotto, a diretora de Marketing, Silmara Ferrarezzi, dentre outras pessoas importantes da associação e do ecossistema da agricultura do algodão.
João Gabriel Passos, do 6º semestre de jornalismo da Unifacs, conta que a experiência o fez aprender mais sobre o exercício da profissão, vivenciando “dois dias imerso em completo meio jornalístico”.
“Fazendo todo um trabalho de apuração, de pauta, de captação de roteiro, com um prazo super apertado, com várias coisas acontecendo ao mesmo tempo. Foi muito bom. Nos coloca numa dinâmica, numa perspectiva mais real do mundo e não apenas do local acadêmico, então foi muito legal poder colocar em prática, na pressa e na urgência, tudo aquilo que a gente veio aprendendo nos últimos anos dentro da faculdade”, relata Passos.
Após os dias de imersão na cultura do algodão, em Luís Eduardo Magalhães, os alunos regressam a Salvador e terão 19 dias para realizar a produção dos materiais jornalísticos inéditos, em diversos formatos, como reportagens escritas e em vídeo.
Os alunos com os melhores materiais jornalísticos produzidos, avaliados pela equipe da Abapa, serão premiados nas duas modalidades, escrita e vídeo, com prêmios em dinheiro de até R$ 4 mil, troféu e certificado.