A população do Corredor da Vitória e Região Metropolitana voltou a contar com a diversidade de produtos agroecológicos fornecidos pela feira.
Por: Thaíssa Oliveira
Revisão: Maria Fernanda
A Feira Agroecológica do Museu de Arte da Bahia (MAB), está localizada no Centro de Salvador, no Corredor da Vitória, e funciona às quintas-feiras das 09h às 15h, e a ação tem como propósito apoiar não somente as famílias tradicionais e agricultores, mas também famílias que passam necessidades.
Juntamente com uma variedade de ofertas de alimentos e produtos diversificados, a iniciativa conta com a presença do Instituto de Terapia Corporal (ITC) e da Rede Moinho, que por sua vez, atua com a parceria da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), da Cooperativa de Produção da Região do Piemonte da Diamantina (Coopes) e a ajuda da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), por intermédio da
Coordenação de Pesquisa, Inovação e Extensão Tecnológica (Cepex).
Com um aumento relativamente alto pela busca de alimentos saudáveis, a ideia é que a produção agrária e comercialização desses produtos recebam mais atenção e respeito pela freguesia.
As feiras agroecológicas e orgânicas são um importante espaço de comercialização dos produtos da agricultura familiar, presentes tanto nas cidades pequenas quanto nas cidades grandes brasileiras. Deixando de ser apenas um local de vendas, também é vista como espaço para interação e aprendizado, promovendo o contato direto entre vendedor e consumidor.
Os feirantes ressaltam a importância desse tipo de ação para as famílias carentes, relacionando o consumo de tais alimentos no combate de doenças. Eles são doados diretamente a essas famílias, com o intuito de beneficiar ambos e concluir essa dupla missão. A agroecologia beneficia a sociedade, a saúde, o meio ambiente e promove segurança alimentar e solidariedade.
“É relevante destacar que as mesmas representam uma importante estratégia para escoar a produção de agricultoras e agricultores que produzem de forma agroecológica por absorver grande diversidade de tipos de alimentos in natura e beneficiados e por permitir uma remuneração justa pelo produto vendido, uma vez que são os próprios produtores comercializando diretamente ao consumidor final sem passar por atravessadores”, diz Davi Fantuzzi da Assessoria para comercialização do Centro Sabiá.
Levando em conta a falta de mobilidade urbana presente cada vez maior, é necessário que a sociedade em conjunto do poder público tomem consciência de que estes espaços também são essenciais para o abastecimento de alimentos e fontes de rendas. E por trás dessas vendas, podemos encontrar agricultores dos mais distintos lugares, como nos quilombos.
“Entender as feiras agroecológicas e orgânicas como equipamentos públicos de abastecimento, alimentar não significa construir grandes pátios e estruturas físicas, significa ter políticas públicas para criar novas feiras e para que as existentes possam ser qualificadas com banheiros públicos para agricultores e consumidores, sinalizar o local das feiras e proibir que carros fiquem estacionados nas ruas em que elas ocorrem quando for o caso, disponibilizar segurança pública, proporcionar iluminação de qualidade já que muitas feiras se iniciam na madrugada, apoio para aquisição de veículos, barracas e principalmente garantir que a assistência técnica e extensão rural de base agroecológica chegue até essas famílias e as apoie também nos processos de comercialização.”, acrescenta Davi.
Para os amantes de produtos orgânicos e ecológicos, visando uma alimentação saudável com os mais diversos vegetais, hortaliças, frutas e comidas feitas pelos próprios feirantes, a Feira Agroecológica do Museu de Arte da Bahia (MAB) é o lugar ideal para conhecer.