O autor participou junto com a Thalita Rebouças em um painel sobre literatura jovem e a importância da representatividade nos livros
Por Eider Queiroz
Revisão: Antônio Netto
No último dia da Bienal do Livro Bahia, o autor Pedro Rhuas subiu ao palco da Arena Jovem para participar do painel “O que faz bater mais rápido seu coração?”, com a autora best-seller Thalita Rebouças e mediação do também escritor Felipe Cabral. O painel debateu a importância da literatura juvenil para discutir sobre bullying e sexualidade.
“Enquanto eu não te encontro”, livro de estréia de Pedro Rhuas, foi lançado durante a pandemia e teve seu sucesso pautado nas redes sociais, fazendo sua obra aparecer em diversas listas de livros juvenis mais vendidos. O livro é um romance nordestino LGBTQIAP+, que impactou o mercado editorial brasileiro, através da viralização no Tiktok.
Sobre o fenômeno que sua obra se tornou dentro da plataforma de vídeos curtos, Rhuas afirma ser “muito bacana como o TikTok conseguiu elevar narrativas que antes não conseguiam extrapolar a bolha.” “Me dá um orgulho imenso pela questão da nordestinidade e do protagonismo LGBTQIAP+”, completa.
O autor ainda realça a importância que os livros , como os dele, pode impactar a vida dos leitores e no mercado editorial. “Me deixa muito feliz em saber que agora uma geração que crescia sem se ver representada finalmente tem o alívio para dizer ‘tem histórias de pessoas como eu’ e essas histórias não estão mais escondidas ou segregadas nas prateleiras das livrarias”, relata Rhuas.
Como a carreira do autor ainda é muito breve e baseada no mundo virtual, a Bienal do Livro Bahia se tornou um dos primeiros grandes encontros com os seus leitores.
“Voltar em espaços para socializar sobre essas narrativas foi o farol de luz para tanta gente, durante um período difícil. É a prova de que essas histórias resistiram e elas funcionaram como um arco-íris depois da tempestade”, comemora o autor.
Rhuas relata que é muito frequente a quantidade de mensagens que recebe dizendo que seu livro salvou vidas e que proporcionou o sentimento de se sentir visto e representado, um ponto de acolhimento para os leitores. No último dia 14, seu livro, “Enquanto eu não te encontro”, esgotou na Bienal, demandando a editora enviar para o evento novos exemplares.