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ALGODÃO: OURO BRANCO DO CERRADO DESPONTA COMO FONTE DE RENDA E EMPREGO

Da Redação
14 de outubro de 201914 de outubro de 2019 No Comments
AVERA ESPECIAL ABAPA Jornalismo UNIFACS

Por Caio Costa
Estudante de Jornalismo da UNIFACS

Um posto de gasolina no meio do cerrado. Assim o gaúcho Júlio Cézar Busato descreve a região onde hoje é localizada a cidade Luís Eduardo Magalhães quando chegou na Bahia, em 1987. O agricultor e sua família estavam entre os primeiros grupos de sulistas que desbravaram as terras do cerrado do oeste do estado e se firmaram na região para desenvolver a agricultura. 

De lá para cá, o povoado que se formou no entroncamento da BR-242 com a BR-020 se desenvolveu e hoje é o município com um dos maiores crescimentos do PIB na Bahia e uma força empregatícia do agronegócio.

Com um aumento de 145% na riqueza gerada pela cidade nos últimos oito anos segundo dados do IBGE, Luís Eduardo Magalhães está entre os municípios que se destacam pela produção de algodão do estado.

Despontando como o ouro branco do oeste baiano, a região concentra 96% da produção da fibra no estado e conta com uma cadeia produtiva que gera cerca de 40 mil empregos diretos e indiretos, segundo a Associação Baiana de Produtores de Algodão (Abapa).

Lavoura de algodão em Luis Eduardo Magalhães – (Foto: Abapa)

Para Júlio Busato, que atualmente ocupa os cargos de presidência da Abapa e vice-presidência da associação brasileira, a história da produção do algodão na Bahia, a cotonicultura, divide importantes momentos com a história de Luís Eduardo Magalhães.

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A Abapa foi fundada no mesmo ano que a oficialização da cidade como um município, no ano 2000, com produtores obtendo um crescimento que acompanham o ritmo acelerado de desenvolvimento da região. 

Gerando um valor bruto de produção estadual de R$ 4 bilhões na safra do período de 2018/ 2019 segundo a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (AIBA), a alta produtividade consagra a Bahia como o segundo maior produtor de algodão do Brasil, o quarto maior produtor mundial.

Com uma área de cultivo em todo o oeste de 320 mil hectares, sendo aproximadamente 19 mil somente em Luís Eduardo Magalhães, a média de colheita foi de 330 arrobas por hectare na safra.  “A expectativa do setor da região é de aumentar ainda mais a sua participação nos índices de exportação nos próximos anos”, afirma Busato. 

Júlio Busato, presidente da Abapa, acredita no potencial de crescimento da produção do algodão local no cenário internacional. – (Foto: Abapa)

GERAÇÃO DE EMPREGOS

A cultura do algodão impacta diretamente no surgimento de indústrias, lojas, revendedoras e a estabilização do comércio voltado para os produtos provenientes da cotonicultura. Com Luís Eduardo Magalhães obtendo um alto desenvolvimento em um curto espaço de tempo, o crescimento econômico atraiu uma migração de trabalhadores de outras cidades do estado em busca das oportunidades criadas pelos setores da agroeconomia, incluindo a produção do algodão.

A cidade teve um aumento demográfico de 46% nos últimos nove anos, com a população chegando a aproximadamente 89 mil habitantes.

Caio Pereira de Carvalho é um dos trabalhadores que migraram para a cidade. Nativo da região sul da Bahia, o jovem trabalha no Centro de Análise de Fibras, da Abapa, o maior laboratório de análise de fibras da América Latina. O centro faz análise visual e por equipamentos de High Volume Instrument (HVI) das fibras do algodão e é referência mundial na manutenção de qualidade.

Para isso, conta com uma equipe de 106 profissionais, segundo o gerente do centro Sérgio Brentano. “Vim para Luís Eduardo Magalhães porque soube das vagas de emprego que estavam surgindo na cidade por causa da agricultura. Chegando aqui, acabei conseguindo a oportunidade de trabalhar com o algodão”, conta o Caio de Carvalho que trabalha por pouco mais de dois meses na unidade. 

Caio de Carvalho é um dos trabalhadores que migraram para a região a procura de empregos gerados pela cotonicultura – Foto: Larissa Vale

Apesar da pluma ser o principal produto do algodão, o caroço é um importante subproduto que contribui com a cadeia produtiva. Com o Brasil figurando como o quinto maior produtor mundial do caroço, a Icofort é uma indústria voltada para a geração de óleo, línter, torta e farelo de algodão utilizados posteriormente na produção de produtos animais, industriais e nutricionais.

Com uma produção de 90% dos caroços da Bahia e uma meta de crescimento de 20% ao ano até 2024, a empresa conta com 86 funcionários somente no parque industrial de Luís Eduardo Magalhães. 

Um desses funcionários é o Vitor Ramos, assistente administrativo do controle de qualidade e processo da Icofort. “Foi o meu primeiro emprego, eu tenho oito anos na empresa. É muito gratificante que o processo de esmagamento do caroço para retirada do óleo renda tantas oportunidades de emprego”, comenta o assistente.

Funcionários da Icofort. Empresa conta com 86 funcionários em parque industrial de LEM – Foto: Gabriela Carvalho


DESENVOLVIMENTO DE OUTROS SETORES DA ECONOMIA

Vivendo números recordes em safras, os investimentos na cotonicultura financiam também o setor têxtil, o segundo que mais emprega no país, com a campanha nacional “Sou Algodão”, criada a três anos por agricultores com o intuito de promover o consumo no país de peças de roupas produzidas a partir da fibra, que para o uso têxtil costuma ter maior utilização fora do país que internamente. 

Além dos empregos ligados diretamente ao cultivo e produção da cotonicultura, a atividade agrícola como um todo impacta indiretamente setores econômicos influenciados pela criação de uma infraestrutura na região para acomodar as necessidades da agricultura, gerando empregos e aquecendo a economia local.

Sem o turismo como uma fonte expressiva de renda, a hotelaria é um dos setores econômicos da região dependente do agronegócio. “Os hóspedes aqui do hotel que estão visitando Luís Eduardo Magalhães costumam estar na cidade a eventos ligados ao mundo agro, o que inclui a cotonicultura, que está entre os carros-chefes da produção na cidade”, opina o Ubiratan Santos, recepcionista do hotel Paranoá que acredita ser um dos impactados pelos empregos indiretos gerados pela agricultura.

“Eu ocupo este cargo por quase três anos e dou total crédito a existência da vaga que eu exerço a agroeconomia, é o que move a questão monetária da cidade”, completa o Ubiratan.

A hotelaria é um dos áreas influenciados pelo agronegócio na cidade. Ubiratan Santos, a esquerda, é recepcionista do Hotel Paranoá – (Foto: Guilherme Rubini)

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