Adaptação é necessária para manter os serviços de apoio, que vão da timidez excessiva aos transtornos de ansiedade
Por Tairone Amélio
Revisão: Antônio Netto
O Núcleo de Apoio Psicológico (Nap) da Unifacs, que sempre ofereceu assistência psicológica presencialmente aos alunos da instituição, precisou se adaptar ao modelo remoto, desde o começo da pandemia.
O Nap realiza o serviço de encaminhamento, com foco no acolhimento, aconselhamento e, também, é voltado para o crescimento das habilidades socioemocionais dos estudantes da instituição, através do direcionamento para profissionais parceiros.
Da timidez ao transtorno de ansiedade
A timidez excessiva de alguns alunos, por exemplo, é uma situação que ainda recebe pouca atenção, pois muitas vezes é entendida como traço de personalidade. Dessa forma, acaba não sendo reconhecida como algo a ser tão observado como algumas patologias consideradas mais severas.
“Ser o centro das atenções e falar em público não são características comuns aos tímidos, mas, isso não os impossibilita de manterem um convívio social saudável. No entanto quando esse medo de situações em que se está exposto ao julgamento do outro se torna algo exacerbado, isso deixa de ser uma simples timidez e pode ser considerado um transtorno de ansiedade social”, explica Iracema Moura, analista do Nap.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 18,6 milhões de brasileiros têm transtornos ligados à ansiedade, isso corresponde a 9,3% da população. Na população universitária mais jovem, 87% tiveram aumento de estresse e ansiedade durante a pandemia, segundo pesquisa da Global Student Survery.
Apesar de ser direcionado somente aos alunos, a analista do Nap ressalta a necessidade de, tanto alunos quanto professores, buscarem acompanhamento quando precisarem de apoio. De acordo com a Moura, existem sintomas mais comuns que, ao serem percebidos, necessitam de atenção.
“Sensação de não pertencer a algum lugar, quando o humor varia constantemente, dificuldades nos relacionamentos, desinteresse pelas coisas que gostava de fazer, enfim, são diversos fatores que precisam ser levados em consideração”, afirma a analista do Nap.
Cuidando do corpo e da mente
Para se manter saudável, a responsável recomenda a prática de atividades que sejam boas para o corpo e para a mente. Atividades como escutar músicas, desenhar, pintar, cantar e dançar são interessantes para se manter bem.
“A prática de exercícios, dançar, ouvir músicas, preparar receitas com alimentos que goste. São inúmeras as possibilidades. Sempre que possível, mantenha a rotina e separe momentos para tarefas prazerosas e relaxamento”, aponta Moura.
Percebendo o outro
“O comunicar da necessidade de ajuda profissional vai estar atrelada à comportamentos expostos pelo outro, ou seja, se você convive com uma pessoa e percebe através de comportamentos que essa pessoa precisa de ajuda, não se omita e oriente sobre a possibilidade de buscar apoio profissional”, aconselha a analista do núcleo.
A universidade disponibiliza o agendamento dos atendimentos por e-mail para os polos de Salvador e Feira de Santana ou, ainda, através do link www.unifacs.br/nap, com maiores informações.
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