Onça Caetana – Foto: Alana Vitória
Homenagem e celebração da rica diversidade de tradições da região é comemorada no dia 8 de Outubro
Por Beatriz Scott
Revisão Juliana Brito
No mês de outubro, em Salvador, o Museu de Arte da Bahia (MAB) celebra a cultura nordestina através da Exposição Armorial 50 anos. A exposição fica em cartaz até 20 de Outubro no museu, localizado no Corredor da Vitória. A visitação acontece de terça a domingo, das 10h às 18h, e a entrada é franca.
Inspirada no movimento armorial, criado pelo escritor Ariano Suassuna na década de 1970, a mostra busca celebrar a cultura popular e sua elevação ao status de arte. Suassuna procurou, através de suas obras, valorizar elementos do folclore, da literatura de cordel e das tradições populares, propondo um diálogo entre o passado e o presente. Gilvan Samico, Francisco Brennand, Fernando Lopes da Paz e Miguel dos Santos, são alguns dos nomes que aparecem ao longo da exposição, além de Zélia Suassuna e Manuel Dantas Suassuna, esposa e filho de Ariano.
Dia do Nordestino
O dia do nordestino foi instituído em 2006, com o objetivo de reconhecer a contribuição inestimável do povo nordestino na formação da identidade brasileira e desde então, a data tem sido um momento de valorização das raízes culturais, das expressões artísticas e do modo de vida que caracterizam o Nordeste.
Sobre o MAB
Administrado pelo IPAC, O Museu de Arte da Bahia é o mais antigo em Salvador, e reabriu as portas em 2024 com a mostra em homenagem a Ariano Suassuna. Além da exposição, o MAB programou uma série de atividades educativas, incluindo palestras, workshops e excursões escolares, que visam estabelecer discussões sobre a relevância da arte armorial e sua ligação com a cultura nordestina.
Na sua página do Instagram, o MAB conta um pouco do processo de produção e curadoria da exposição. “Acho incrível que a exposição tenha tido essa abertura da sociedade”, conta Júlia, neta do artista plástico Gilvan Samico.
“Muitas pessoas não tinham o entendimento de fato do que foi esse movimento, e a importância desse movimento pro Brasil, pro Nordeste pra nossa cultura”, comenta.