A infectologista Raquel Viana responde em live as principais dúvidas sobre HIV e outras DSTs
Por Ian Peterson
Revisão: Felipe Correia
Na noite desta quinta-feira (22), em sua já tradicional “quinta@nline” no Instagram, a professora Dinsjane Pereira, da Unifacs, conversa com a Dra. Raquel Viana.
A Infectologista formada pela Unicamp, trabalha na área de assistência com experiência em pacientes com HIV, decorrendo ao longo da transmissão sobre o tema mulheres com HIV. A live na íntegra está disponível através link: https://www.instagram.com/tv/CGqtOZpnucD/ ou no perfil @dinsjani.
No mês dedicado às mulheres, muitas questões foram respondidas e debatidas, como a diferença entre HIV e Aids. Enquanto a infecção por HIV, quando transmitida, passa por vários estágios e possui uma evolução bem longa se não tratada, a Aids é a síndrome da imunodeficiência adquirida, “por consequência da infecção pelo HIV”, diz Viana.
Ou seja, pode-se dizer então, que nem todos aqueles que foram infectados pelo vírus da HIV tem Aids. Existem diversos processos para a chegada neste estágio.
Se referindo às possíveis formas de transmissão, Viana confirma que as mulheres, além de terem os maiores números de casos de HIV com 52%, ainda tem maior probabilidade de serem infectadas, ao ter relação com homem com soro positivo.
Sem os devidos cuidados, as chances de infecção são duas vezes maiores do que a mesma situação com os papéis invertidos. A transfusão de sangue está no topo do risco de transmissão, afirma infectologista, seguido pelo contágio através do ato sexual.
O contágio pelo sexo leva muito em conta a quantidade de carga viral apresentada pela pessoa com HIV em sua corrente sanguínea. Pessoas com a carga mais elevada têm maiores chances de transmitir a doença do que alguém com carga viral baixa ou indetectável.
“Uma das grandes reviravoltas em relação a tratamento e transmissão, é que pessoas com carga viral indetectável não transmitem o HIV através da via sexual”. Explica Viana sobre a carga viral indetectável.
Ao longo da conversa, a doutoral chama atenção para o crescimento das DSTs, que são facilitadores da transmissão de doenças inclusive o vírus HIV. Em outro momento, apresentadoras abordam ainda, a volta da sífilis nas capitais brasileiras e os seus principais tratamentos.
Quanto aos sintomas, a Dra. alerta para o aparecimento de candidíase, o popular “sapinho”, prolongamento de sintomas comuns como febre, além de suores noturnos, queda e fragilidade no cabelo. Esses sintomas podem indicar a multiplicação do vírus no sangue.
De maneira geral, Viana reforça a importância da educação sexual, no sentido da informação, na prevenção do HIV, e no caso da detecção do HIV o teste é a melhor forma de detectar o vírus, os testes são gratuitos na rede pública e o resultado sai em torno de 30 minutos.
Global Days of Service 2020
A live faz parte do projeto do Global Days of Service 2020 da Unifacs, que realiza diversas ações sociais para a comunidade.
Através dos projetos de extensão, professores, alunos e todo o corpo docente se engaja em ações que melhoram a realidade das comunidades em que a instituição está localizada.