Curador regional, Daniel Rangel, ressalta importância do acesso à ambientes culturais
Por Maria Eduarda
Revisão: Cristiano Sales
Localizado no Solar do Unhão – Av. Contorno, 2 de julho – o “Museu de Arte Moderna” (MAM) promete agitar a programação cultural da capital baiana entre os meses de maio à agosto, com exposições de artistas visuais de todo o Brasil, shows ao vivo, galerias ao ar livre e até sala de cinema.
Hospedando eventos artísticos, educativos e culturais de diferentes linguagens, o MAM vem intensificando as atividades locais após a celebração do Dia Internacional do Museu (18), no mês de maio.
O tão aguardado retorno dos shows ao vivo como o “JAM no MAM” – projeto que mescla jazz e música brasileira -, cursos gratuitos em oficinas, além do vernissage “ENCRUZILHADA” por Claudio Masella, farão parte da agenda cultural de Salvador até o dia 14 de agosto.
De acordo com o Instituto de Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC), o Museu de Arte Moderna da Bahia se destaca por conectar o universo da arte moderna com a contemporaneidade no seu acervo. Não se limitando a espelhar as influências estilísticas de vanguardas europeias e americanas, o MAM desfruta da contribuição de artistas que fixaram residência na Bahia nas décadas que se seguiram à fundação do museu.
A data de celebração (18), embora estendida durante os meses subsequentes devido a retomada pós-pandemia, contempla a importância dos museus e ressalta a posição estratégica no circuito artístico e cultural, sobretudo para o MAM – considerado principal equipamento cultural da cidade.
O Museu de Arte Moderna, atualmente, trabalha com a modernidade e o clássico de forma simultânea no acervo, abarcando mais de 400 artistas renomados como Tarsila do Amaral; Emiliano Portinari; Di Cavalcanti; Antônio Bandera e Burle Marx, sob a diversidade de esculturas, pinturas, gravuras e fotografias.
Segundo o curador do MAM e gestor cultural, Daniel Rangel (46), a mudança moderna e tecnológica ocorre em diferentes campos do conhecimento, porém os avanços contribuem de forma ainda mais eficaz nos museus, principalmente nas áreas de pesquisa e difusão. “Favorece também uma possível ampliação de público, sobretudo jovens”, destaca Rangel.
A localização se tornou um atributo a se levar em consideração para os visitantes do espaço. Com vista para a praia, o evento musical “JAM no MAM” atrai turistas e soteropolitanos a contemplar o pôr do sol acompanhado de cultura e música.
“O museu é um local de salvaguarda de saberes e fazeres por essência e isto significa, sobretudo, preservar e difundir. Por isso é fundamental que os museus tenham equipamentos vivos e ativos, que se relacionem com artistas, pensadores, educadores e com o entorno onde está instalado. O diálogo com esse entorno é o motivo de existência dos museus”, conclui Rangel.
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