Passa um mês da liberação do uso das máscaras nos espaços abertos e maioria dos espaços fechados, como anda o comportamento dos jovens?
Por Maria Eduarda
Revisão: Cristiano Sales
Sair de casa nos últimos dois anos incorporou um novo hábito na rotina dos brasileiros: colocar a máscara. A mudança no cotidiano foi sentida por cerca de 95% da população nacional, que durante o pico da pandemia (2021), utilizaram o equipamento de proteção individual (EPI) para resguardo em ambientes abertos, segundo o estudo do PoderData.
A flexibilização do uso das máscaras, entretanto, não demorou a se consolidar nas principais capitais do país. No Rio de Janeiro, por exemplo, o uso facultativo está em sanção desde outubro do ano passado.
Na Bahia, entretanto, o uso facultativo do EPI em ambientes abertos completa o primeiro mês da sanção na segunda-feira (2), dividindo a opinião de moradores da capital e demais municípios.
Estudante universitário, Humberto Souza (22) está entre o conglomerado de soteropolitanos que ainda não se sentem seguros após a flexibilização do EPI. “Ainda uso máscara ao sair de casa. Não me sinto 100% seguro, porque o vírus é controlado através da vacinação, e muitas pessoas ainda não estão vacinadas”, afirma o aluno.
Para verificar a percepção do público sobre esse assunto, a equipe da AVERA realizou um levantamento com aproximadamente 50 residentes de Salvador e região metropolitana. O levantamento traz a perspectiva da flexibilização sob o olhar de jovens entre 18 à 25 anos.
Segundo dados da pesquisa, aproximadamente 42% dos entrevistados afirmam continuar usando a máscara independentemente do local. O percentual também é o mesmo entre os entrevistados que aderem ao uso da máscara somente em ambientes fechados (42%). Após o decreto, efetivamente apenas 14% dos entrevistados deixaram de utilizar o EPI.
Ana Clara Nunes (18), faz o uso do equipamento apenas em ambientes que são restritos, e não se sente insegura com o decreto mesmo sendo em todo o estado.
“Acho que tudo é questão de costume, assim como foi difícil nos acostumarmos com o uso das máscaras, também temos a dificuldade de deixar de lado, pois foi uma grande aliada da população durante 2 anos”, pontua a graduanda em enfermagem.
De acordo com a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), mais de 80% da população adulta já se encontra vacinada com a 1° dose ou dose única. Para os profissionais da área de saúde, como a técnica em enfermagem na Unidade Clínica Adulto, Samanta Soares (38), a vacinação em massa vem sendo uma estratégia para refrear a disseminação do coronavírus e inibir o uso das máscaras.
“Algumas pessoas ainda estão com medo de contrair o vírus, mas acredito que a chance de haver uma nova onda de casos é baixa devido ao avanço da vacinação”, relata Soares.
O receio de contrair o vírus, no entanto, não se aplica apenas à Bahia. Diante da nova variante como a Ômicron, a também graduada em enfermagem Tatiane Do Amor Divino (30), que esteve na linha de frente da pandemia, confessa temer o coronavírus.
“Segundo estudos, algumas variantes são decorrentes das sub linhagens BA.4 e BA.5 da variante Ômicron do novo coronavírus, derivadas da África do Sul”, teme a profissional.
O sentimento de Tatiane é que após concluído as festividades de Carnaval e das festas juninas, os profissionais de saúde terão um cenário melhor para analisar possíveis novos casos da doença.
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