Mesa girou em torno da construção e potência artística dos presentes, com destaque para Majur e Debbie Harry
Por Gabriel Dourado
Para a segunda mesa da sexta-feira, o Festival Liberatum conta com a presença da artista baiana Majur, da ex-vocalista da banda Blondie Debbie Harry para um bate papo sobre importância da música.
A mesa abriu com exibição do documentário Blondie: Vivir En La Habana que conta sobre os shows realizados pela Blondie em Havana, capital de Cuba, no ano de 2019. O filme tem direção do Rob Roth que integra a mesa junto com as cantoras.
Em uma conversa que passeou pela carreira e trajetória artísticas das cantoras, tanto Debbie e Majur se abriram sobre como a música é uma importante linguagem para elas. Para a baiana a música a ajuda ser quem ela é, e fortalece outras pessoas, a cantora de 28 anos afirmou ainda que “a música é um registro histórico que eu posso usar para contar a história de uma travestir”.
Sendo referência para todos os presentes na mesa, a ex-vocalista da banda Blondie, Debbie Harry também comentou sobre suas referências. Agradecida por ser de Nova Iorque,a americana contou ao público sobre a recorrência de conhecer novos artistas através do rádio da sua casa.
Participação do público
Uma iniciativa do mediador, Robb Roth, tornou a palestra mais interessante ao convidar algumas pessoas do público para realizar perguntas à mesa presente. Além do também cantor Hiran que foi até o encontro de Debbie para realizar sua pergunta, um outro fã teve destaque ao elencar o prefixo “trans” como chave daquela mesa.
Para ele, Majur, uma mulher trans e Debbie uma transgressora estão unidas através do tempo pelas mudanças que realizaram na sociedade.
Após essa fala o Robb Roth ainda completou apontando a música como “grande equalizadora das diferenças”.