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Karatê adaptado auxilia na qualidade de vida dos seus praticantes

Da Redação
16 de junho de 2021 No Comments
Artes Marcias Esportes Superação

O projeto foi criado para aprimorar o bem-estar das crianças com necessidades especiais, às inserindo em um universo esportivo

Por João Victor Moreira, Vitória Serravalle e Thaiane Vasconcelos
Revisão: Antônio Netto

O projeto Karatê Adaptado foi fundado na capital baiana no intuito de levar o esporte para a vida de pessoas com deficiências. O fundador, professor José Carlos Lopes, iniciou o projeto por ser pai de uma criança portadora de paralisia cerebral. Desde então, o esporte adaptado começou a fazer parte da vida do professor e seus alunos.

O que parecia ser algo impossível, se mostrou acessível. O treinamento do karatê adaptado é semelhante ao convencional, com toda a estrutura das partes físicas e aeróbicas. 

“A disciplina é muito maior do que em muitas academias com alunos típicos, ou seja, alunos que não possuem deficiência. É incrível termos várias pessoas com diferentes patologias treinando juntas. Autistas sentados, portadores de deficiência vertebral presentes, paralisia cerebral, todos ali sentados esperando a sua vez, realizando as atividades de forma muito natural”, relata José Carlos.

Reprodução | Instagram

Nas aulas não existe um método fixo de treinamento, pois cada indivíduo reage conforme seu grau da patologia e sua própria vivência. Na academia, o professor entrevista os pais no intuito de conhecer o aluno, saber se está tendo os estímulos necessários e se faz terapia ou uso de alguma medicação.

O professor explica que os alunos que possuem a condição cognitiva mais preservada auxiliam nos exercícios com mais cuidado e vigilância, para conter outros alunos que possuam um comportamento mais agressivo, desencadeado por uma crise, por exemplo.

“Tenho um aluno com deficiência intelectual moderada, mas você nunca vai distingui-lo dos alunos típicos, pois ele se comunica muito bem, até um certo grau de captação da realidade, de forma muito tranquila”, relata o professor.

Um olhar sem paralisias

Michelly Pacheco, professora de Educação Física e mãe do Davi, uma criança especial, conta que reconhece a importância do esporte no desenvolvimento infantil, cognitivo e socioafetivo da criança.

“Eu sempre tive interesse em introduzir o meu filho em algum esporte, mas por ele ter paralisia cerebral, déficit motor, junto com a questão da hiperatividade, ficava difícil conduzir ele, porque não conhecia alguém que pudesse ajudar”, explica a professora.

Pacheco conta que quando conheceu o projeto, viu uma oportunidade que poderia ajudar o filho, já que ele sempre demonstrava interesse no esporte, gostava de correr e de interagir.

Michelly Pacheco. Arquivo pessoal.

Com a introdução do filho no karatê, Pacheco relata que Davi “apresentou uma melhora de 80%”. Os primeiros sinais foram na disciplina, e depois outros fatores como um avanço na questão motora.

“Antes do Karatê adaptado eu tinha dificuldades com Davi até mesmo para fazer uma refeição, devido a hiperatividade e agitação dele. Isso dificultava muito na questão de desenvolvimento e na interação com as pessoas, pois ele ficava o tempo todo correndo”, relata.

A professora de Educação Física acredita que toda criança ou adolescente deveria participar de uma atividade esportiva, já que independente da condição que o indivíduo tenha, nota-se que, com a inserção no esporte, eles começam a desenvolver suas limitações.

“É um conjunto, onde um auxilia o outro. Percebo o ser do meu filho aparecendo. Não vejo somente as suas limitações. Vê-lo se expressando, seus desejos e vontades, é extremamente importante, pois conseguimos enxergar a pessoa de Davi”, relata a mãe.

Essa autonomia que o esporte trás, a partir da disciplina, ao desenvolvimento cognitivo e motor, faz com que o indivíduo amadureça, se tornando uma pessoa vista além da sua deficiência. Isso possibilita que o aluno exerça suas potencialidades de uma maneira ativa na sociedade.

Curiosidade

O karatê se originou por volta do século 18, na ilha de Okinawa, Japão. Na região, o uso de armas era proibido. Portanto, para se defender de possíveis saques e assaltos, os habitantes da ilha criaram técnicas de autodefesa em que só se utilizava o corpo.

Com o passar do tempo, diferentes mestres desenvolveram suas próprias técnicas de autodefesa. Com isso, surgiram inúmeros estilos da arte marcial japonesa. Entre os principais estilos de karatê estão Shotokan, Goju-Ryu, Shito-Ryu e Wado-Ryu. 

Apesar das diferentes técnicas, o karatê busca, essencialmente, a disciplina do corpo e da mente, com o aperfeiçoamento do caráter dos seus praticantes.


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