Notícias Avera
  • Home
  • Cidade
  • Cultura
  • Unifacs
    • Destaques da Facs
    • Curto-Circuito
    • Especial ABAPA
    • Jornada Social Media
  • Esportes
  • Saúde
  • Negócios
  • Expediente
  • Home
  • Geral
  • João Marcelo, ídolo do futebol baiano almeja vida política

João Marcelo, ídolo do futebol baiano almeja vida política

Da Redação
17 de junho de 202117 de junho de 2021 1 Comment
Bahia ex-atleta ídolo Política Vitória

Ex-zagueiro do Bahia e do Vitória relembra momentos marcantes no esporte e revela planos na políticos para mudar a realidade do esporte em Salvador

Por Brenda Santos, Bruna Carvalho e Victor Tapioca
Revisão: Antônio Netto

João Marcelo Ferreira de Paula, treinador e ex-futebolista baiano, que atuou pelas duas maiores forças da capital, o Esporte Clube Bahia e o Esporte Clube Vitória, acumulou títulos e conquistas importantes nos dois clubes que passou.

Pelo tricolor, o zagueiro obteve mais títulos, mas representou muito no rubro negro, mesmo tendo menos tempo atuando pelo Leão da Barra.

João que sempre marcou dentro dos gramados, pretende marcar também fora deles também. O “Zagueiro do Povo” agora almeja uma vida política para mudar Salvador através do esporte e da cultura.

Planos políticos

Recentemente, em 2020, o ex-jogador iniciou sua vida política, sendo candidato a vereador pelo Partido Social Democrático (PSD). O ídolo baiano tem como carro chefe em sua campanha a utilização do esporte e da cultura como principais meios transformadores dentro de uma sociedade.

Joseney Caria, amigo pessoal e ex-colega do Bahia, foi responsável pela campanha política de João Marcelo e revelou que o amigo sempre teve muito senso de justiça, muita vontade de ajudar aqueles que precisam e viu essa oportunidade através do meio político.

Como a campanha foi durante a pandemia, João Marcelo não pôde fazê-la como gostaria, visitando escolas, conversando com o povo e conhecendo suas necessidades.

“Sempre foi assim. Sempre lutou por igualdade, contra o racismo, sempre defendeu o esporte. Desde jovem ele era assim”, relata Joseney.

Reprodução – Redes sociais

Por mais que não tenha sido eleito em 2020, João Marcelo revela que o sonho ainda não acabou e que, em 2024, pretende vir com ainda mais força e preparo para conquistar esse objetivo.

Trajetória profissional

João Marcelo conta que “jogava descalço em campo de terra e brita” quando era jovem.

“Já que eu não tinha sapato e nem sandália na época, jogava descalço mesmo. Algumas pessoas achavam que eu jogava muito e assim consegui meu teste no Bahia”, conta João.

Assumido torcedor do Esquadrão, João sonhava em ser jogador e agradece por ter conseguido realizar esse feito que mudou sua vida.

“Antes de me tornar jogador eu passava fome muitas vezes. Ia para escola sem tomar café da manhã”, revela o ex-jogador.

No Bahia, o zagueiro conquistou três campeonatos estaduais: 1987, contra a Catuense; 1988, um ano mágico para o tricolor, final foi contra o Vitória; e 1991, final contra o Fluminense de Feira.

Além dos estaduais, João Marcelo fez parte do elenco magnífico de 1988, time responsável pela conquista do Campeonato Brasileiro daquele ano, tornando o Bahia bicampeão nacional.

“Esse título é muito mais que um simples título. É um título para a Bahia, para o Nordeste. Um título para o povo que era considerado preguiçoso!”, declara o ex-jogador.

O time marcou a história. Comandado por Evaristo de Macêdo, o elenco contava com astros como Bobô, Charles, Zé Carlos e muitos outros fenômenos. Entretanto, a trajetória do ex-atleta não foi tão fácil até a conquista desse título.

Trajetória até o título de 88

Com algumas mudanças de posição dentro de campo, João Marcelo revela que treinou em inúmeras posições nas divisões de base do Bahia. Atuou como atacante, jogou como volante e chegou ao profissional como zagueiro.

Além dessas adaptações, o ídolo conta que teve muitas dificuldades para se manter no clube. “Muitas vezes treinava sem comer porque não tinha tempo para isso. Ia para escola e da escola para o treino, era uma rotina bem cansativa”, conta o jogador.

Seu desenvolvimento como atleta começou a engrenar quando João passou a morar nos alojamentos do clube, em que tinha toda a rotina de alimentação, treino e estudos já estabelecida.

Após conquistar três campeonatos estaduais, atuando pelas divisões de base, João foi integrado ao elenco principal imediatamente, repetindo a quantidade de títulos estaduais no profissional.

Reprodução – Bahia de 1988

O início da temporada 87-88 foi conturbado para o Bahia. O clube mantinha um bom nível de atuação, mas não conseguia vencer os jogos.

“Sofremos duas goleadas no início da competição, perdemos de três a zero para Fluminense e Inter. Teve um jogo contra o Botafogo que era para a gente ter ganhado, mas eu falhei e acabamos perdendo de um a zero. Na época eu assumi a culpa pelo resultado”, relembra João Marcelo.

“A torcida cobrava muito, pegava muito no pé da gente e de Seu Evaristo, mas tudo isso foi parte de um processo de amadurecimento do time. Com o tempo nós fomos nos encaixando”, completa.

Naquela temporada, a grande virada de chave foi a partida contra o São Paulo, de Raí. Foi ali que o time viu que poderia ser campeão de fato. Com isso, os jogadores entravam cada vez mais empenhados para conseguir vencer as partidas.

“A partida mais difícil para mim foi contra o Fluminense nas semis, foi a mais difícil pois não pude jogar. Fiquei muito nervoso fora de campo, me senti inútil”, conta João sobre a trajetória de 88.

Reprodução – Bahia x Fluminense 1988

O ex-jogador se emociona ao falar desse jogo, “quando eu estava fora de campo e vi o Bahia tomar o gol, pensei que eu não conseguiria dar uma casa pra minha mãe”.

O tricolor baiano vence o tricolor do Rio de Janeiro e avança para a final contra o Internacional, de Taffarel.

“Na semifinal e final enfrentamos quem tinha dado três na gente, e, por coincidência, vencemos por dois a um, os dois”, brinca João.

Reprodução – Bahia x Internacional 1988

Após a conquista de 1988, João Marcelo se transferiu para o Grêmio, retornando ao futebol baiano em 1993, dessa vez defendendo as cores do Vitória.

Xerife Rubro Negro

Apelidado carinhosamente como Xerife Rubro Negro, João Marcelo não conquistou nenhum título oficial pelo Vitória, mas fez parte de um elenco que protagonizou uma das melhores campanhas da história do Leão em competições nacionais.

Em 1993, o Vitória tinha um grande elenco. Grandes estrelas como Dida, Alex Alves e outros grandes jogadores.

João lamenta não ter conseguido o título, mas celebra ter conquistado a torcida do Leão da Barra, mesmo já tendo atuado com seu rival.

“Quando me reconhecem na rua, seja torcedor do Bahia ou do Vitória, sinto o carinho deles comigo. Admiro os dois clubes e quero sempre ver eles no topo do futebol nacional”, revela o ex-jogador.

O vice-campeonato pelo Vitória foi um grande marco na carreira do atleta, marco este que mudou a vida de muitos torcedores do rubro negro baiano.

Reprodução – final de 1993

Na memória dos torcedores

João Marcelo, junto com o elenco do Bahia de 1988, foi um herói para toda uma geração de torcedores.

Jorge de Souza Bahia, 75 anos, carrega o Bahia até no nome, conta como foi emocionante vivenciar essa conquista: “Sempre me emociono quando lembro. Foi lindo ver toda a torcida comemorando, meus filhos, meus vizinhos, todos estavam muito felizes”.

“Ele era muito seguro. Graças a ele tivemos uma excelente defesa no campeonato. Era bom no jogo aéreo, com a bola rolando, era muito bom”, fala o torcedor sobre João Marcelo.


Visite o Instagram da AVERA e conheça nossos conteúdos exclusivos.

Navegação de Post

Conheça Humberto Falcão, campeão Norte-Nordeste de Kickboxing
Basquete: atletas nordestinas relatam desafios para atuar no esporte

Related Articles

Dia das Mães: Como estudantes enfrentam rotina intensa para conciliar a família e a graduação

Velocidade, emoção e inclusão: As mulheres na Fórmula 1

Liverpool e o “Scouse” – O orgulho e a Identidade de um povo.

One thought on “João Marcelo, ídolo do futebol baiano almeja vida política”

  1. Talita disse:
    18 de junho de 2021 às 10:39

    Muito interessante! Parabéns pelo conteúdo!

    Responder

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Últimas

  • Cultura/Opinião: O Brasil pós-abolição: crítica, memória e resistência
  • Cultura: O Último Azul: filme brasileiro premiado em Berlim ganha teaser inédito com Rodrigo Santoro e Denise Weinberg
  • Dia das Mães: Como estudantes enfrentam rotina intensa para conciliar a família e a graduação
  • Confira os destaques culturais da semana em Salvador
  • Velocidade, emoção e inclusão: As mulheres na Fórmula 1
  • Liverpool e o “Scouse” – O orgulho e a Identidade de um povo.
  • Tecnologia/Opinião: “Você não foi selecionado”: como a inteligência artificial está moldando — e excluindo — trabalhadores no Brasil
  • Educação: Quando a esperança se faz presente

ARQUIVO

  • maio 2025
  • abril 2025
  • dezembro 2024
  • novembro 2024
  • outubro 2024
  • setembro 2024
  • julho 2024
  • junho 2024
  • maio 2024
  • abril 2024
  • dezembro 2023
  • novembro 2023
  • outubro 2023
  • setembro 2023
  • agosto 2023
  • julho 2023
  • junho 2023
  • maio 2023
  • abril 2023
  • março 2023
  • fevereiro 2023
  • janeiro 2023
  • dezembro 2022
  • novembro 2022
  • outubro 2022
  • setembro 2022
  • agosto 2022
  • julho 2022
  • junho 2022
  • maio 2022
  • abril 2022
  • fevereiro 2022
  • dezembro 2021
  • novembro 2021
  • outubro 2021
  • setembro 2021
  • agosto 2021
  • julho 2021
  • junho 2021
  • maio 2021
  • abril 2021
  • março 2021
  • dezembro 2020
  • novembro 2020
  • outubro 2020
  • junho 2020
  • maio 2020
  • abril 2020
  • março 2020
  • novembro 2019
  • outubro 2019
  • setembro 2019
  • junho 2019
  • maio 2019
  • abril 2019
  • dezembro 2018
© 2022 - AVERA - Agência de Notícias Experimental da UNIFACS - Universidade Salvador (Bahia) | Todos os direitos reservados. | Theme: OMag by LilyTurf Themes