Notícias Avera
  • Home
  • Cidade
  • Cultura
  • Unifacs
    • Destaques da Facs
    • Curto-Circuito
    • Especial ABAPA
    • Jornada Social Media
  • Esportes
  • Saúde
  • Negócios
  • Expediente
  • Home
  • Destaque em slide
  • Ilê Aiyê: A música e a educação pela identidade negra

Ilê Aiyê: A música e a educação pela identidade negra

Da Redação
28 de novembro de 202428 de novembro de 2024 No Comments
AVERA cultura Jornalismo Salvador

Reprodução: Divulgação G1

O Ilê Aiyê, primeiro bloco afro-brasileiro, celebra seus 50 anos de resistência e orgulho negro

Por Catarina Gramosa
Revisão: Juliana Brito

No primeiro dia do mês de novembro, o bloco afro Ilê Aiyê completou 50 anos de existência, sendo um grande expoente da cultura negra baiana. Em um país marcado pela desigualdade racial e o apagamento da cultura negra, o bloco se sobressai como um símbolo de vigor e de admiração da identidade afro-brasileira.

Origem e desafios

Criado em 1974, o primeiro bloco afro do Brasil carrega em sua carreira não apenas a comemoração da cultura negra, mas também a luta pela igualdade e reconhecimento. A frente deste movimento, se ressaltam duas figuras: Antônio Carlos dos Santos (Vovô), fundador e presidente do bloco Ilê, e Mãe Hilda de Jitolú, matriarca que, com sua visão e dedicação, transformou o terreiro em um espaço de educação e formação para novas gerações.

O Ilê nasceu no dia 01 de novembro de 1974, quando Vovô e os moradores da ladeira do Curuzu trouxeram uma proposta de um bloco ser totalmente voltado para cultura, para dança e para música afro. “Este é o primeiro bloco afro do Brasil, um bloco dirigido por pessoas negras e que veio através do Carnaval com a iniciativa de combater o racismo”, afirma Vovô.

Ele relembra os desafios de como foi surgir o Ilê durante um período de intensas tensões sociais e raciais no Brasil. A criação do bloco não foi nada fácil, desde a preparação e a coragem para poder encarar o preconceito e os desafios colocados pela sociedade da época. “Foi meio assustador, empolgante, porque muitos pais recusaram a deixar os filhos participarem, com medo das possíveis consequências devido ao sistema político da época”, conta.

Desde o ínicio, o Ilê não se limitou apenas ao Carnaval. Ele se tornou um movimento que vai muito mais além da festa, representando a identidade e a resistência da cultura afro na Bahia e no Brasil.

O bloco leva para as ruas de Salvador um desfile que não é apenas uma comemoração. Também é uma manifestação que traz a tona questões sociais que incentivam reflexões sobre a história, beleza e força do povo negro. São roupas vibrantes, músicas impactantes e temas que reforçam a conexão com a ancestralidade africana, inspirando as novas gerações.

Celebração dos 50 anos

Ao completar 50 anos, o Ilê Aiyê celebra um legado transformador. Para Vovô, o maior triunfo do bloco é o resgate da autoestima e da identidade. “Conseguimos fazer com que as pessoas assumissem sua negritude, sentissem orgulho de quem são. Esse é o maior legado do Ilê”, destaca.

Mas para falar do Ilê Aiyê, é necessário falar de quem foi sua base: Mãe Hilda de Jitolú matriarca e maior exemplo do grupo. Em 1988, no terreiro do Axé de Tolu, ela transformou seu espaço sagrado em um centro de educação e formação para a comunidade, fundando assim a escola Mãe Hilda.

Visionária, a matriarca oferecia um ambiente onde as crianças não apenas aprendiam os conteúdos escolares, mas também eram ensinadas a valorizar sua história, suas raízes e a ter orgulho de sua identidade afro-brasileira.

Como qualquer escola quando abre, Mãe Hilda também enfrentou desafios imensos. Sustentar uma escola em um ambiente privado, que também era a casa de sua família e o terreiro, exigia muita determinação e força.“Não era fácil pagar professores, manter o espaço. Era basicamente tudo trabalho voluntário, mas a vontade de fazer superava qualquer obstáculo. Tudo isso era uma missão ancestral”, reforça Valéria, neta de Mãe Hilda.

Além da instituição, Mãe Hilda inspirou muitos outros projetos educacionais do Ilê, como a Band’Erê, escola de música e percussão, e o projeto Ascensão Pedagógica, que oferece formação para professores da rede pública. Esses esforços não apenas perpetuavam sua visão, mas também fortaleceram a educação afro-brasileira décadas antes da Lei 10.639, que tornou obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira nas escolas.

Valéria enfatiza a mensagem que Mãe Hilda deixaria. “Olhar para trás para dar passos mais largos, para voar mais alto”, frisa.

Navegação de Post

Combate à violência doméstica: Como a Defensoria Pública age nesse enfrentamento?
Universidade Salvador recebe selo da Diversidade Étnico-Racial

Related Articles

cultura Salvador

Confira os destaques culturais da semana em Salvador

Jornalismo Salvador

De eventos de cosplay a blocos de carnaval, a comunidade nerd e geek se mantém presente nas terras soteropolitanas 

cultura Jornalismo Salvador

Meu Tempo é Agora: Exposição em Salvador celebra o centenário de Mãe Stella de Oxóssi

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Últimas

  • Esportes: Copa FACS 2025 começa com jogos agitados na fase de grupos
  • Confira os destaques culturais da semana em Salvador
  • De Trombadores à maior atlética de comunicação do Nordeste: a trajetória da AtletiCOM na CopaFacs
  • De eventos de cosplay a blocos de carnaval, a comunidade nerd e geek se mantém presente nas terras soteropolitanas 
  • Meu Tempo é Agora: Exposição em Salvador celebra o centenário de Mãe Stella de Oxóssi
  • Semana dos Museus: Conectando Passados, Criando Futuros
  • CopaFacs: de campeonato universitário à Copa do Povo
  • Veja os destaques culturais neste fim de semana em Salvador

ARQUIVO

  • junho 2025
  • maio 2025
  • abril 2025
  • dezembro 2024
  • novembro 2024
  • outubro 2024
  • setembro 2024
  • julho 2024
  • junho 2024
  • maio 2024
  • abril 2024
  • dezembro 2023
  • novembro 2023
  • outubro 2023
  • setembro 2023
  • agosto 2023
  • julho 2023
  • junho 2023
  • maio 2023
  • abril 2023
  • março 2023
  • fevereiro 2023
  • janeiro 2023
  • dezembro 2022
  • novembro 2022
  • outubro 2022
  • setembro 2022
  • agosto 2022
  • julho 2022
  • junho 2022
  • maio 2022
  • abril 2022
  • fevereiro 2022
  • dezembro 2021
  • novembro 2021
  • outubro 2021
  • setembro 2021
  • agosto 2021
  • julho 2021
  • junho 2021
  • maio 2021
  • abril 2021
  • março 2021
  • dezembro 2020
  • novembro 2020
  • outubro 2020
  • junho 2020
  • maio 2020
  • abril 2020
  • março 2020
  • novembro 2019
  • outubro 2019
  • setembro 2019
  • junho 2019
  • maio 2019
  • abril 2019
  • dezembro 2018
© 2022 - AVERA - Agência de Notícias Experimental da UNIFACS - Universidade Salvador (Bahia) | Todos os direitos reservados. | Theme: OMag by LilyTurf Themes