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II Carnaval de Ideias: diversidade e conscientização

Da Redação
2 de abril de 20193 de abril de 2019 No Comments

Por: Fernanda Brandão

Evento reuniu alunos do curso de Serviço Social da UNIFACS para uma aula inaugural diferenciada

O II Carnaval de Ideias, evento realizado na Arena Fonte Nova, inaugurou início do semestre do curso de Serviço Social da UNIFACS. Mulheres de diferentes profissões contribuíram para a roda de conversa, além da presença dos alunos do curso. O objetivo do debate, que ocorreu na manhã de sábado, 16, foi discutir a representação da mulher no carnaval da Bahia. Foram abordados temas recorrentes como feminicídio, gênero, orientação sexual e LGBT+, além do foco na violência contra a mulher. Juntos, os assuntos debatidos convergiram para o tema central da discussão: a mulher no carnaval baiano (e as adversidades enfrentadas por elas na festa).

Organizado pela coordenadora do curso, Suzana Coelho, o encontro foi mediado por Emanuele Pereira, repórter da TV Educadora da Bahia (TVE-BA). A discussão contou com figuras importantes no cenário da luta pela causa feminina. Entre elas, estavam a Vereadora Aladilce Souza, integrante da Comissão em Defesa dos Direitos da Mulher, e a Secretária de Políticas para as Mulheres, Julieta Palmeira.

As integrantes da mesa possuíam não somente em comum a luta pela causa feminina, mas também a relação, em diferentes aspectos, ao carnaval. Iniciando a discussão, Aladilce Souza ressaltou as parcerias entre a Câmara de Vereadores e os órgãos públicos, e afirmou que o esforço para conscientização da importância da luta contra os problemas enfrentados pelas mulheres no carnaval está garantido em seu trabalho como vereadora.

A mediadora do debate, Emanuele Pereira, ressaltou, em meio à intermediação das convidadas, a urgência em tratar do tema com a diversidade de vozes presentes no evento. Ao focar sua fala no aspecto da masculinidade tóxica, a Secretária Julieta Palmeira, explicou como é lidar com os casos de violência contra a mulher e detalhou o trabalho por trás da luta pela justiça. Citou, também, um dado da pesquisa realizada pelo Instituto Data Popular em 2016, ressaltando que o dado afirmando que “61% dos homens afirmam que mulheres solteiras não podem reclamar quando recebem cantadas” demonstra a urgência em afirmar que “não é não”.

Em sequência à fala da Secretária, a Promotora de Justiça Márcia Teixeira destacou os momentos em que a ação das leis, criadas em 2012 e conhecidas como Leis “Antibaixaria”, podem ser aplicadas nos circuitos da festa, proibindo e multando, através de fiscalização intensa, os blocos e artistas que utilizarem músicas que explicitem e incentivem a violência, em geral, contra a mulher, e, também, a hipersexualização.

Para instruir como as mulheres podem procurar ajuda, não somente durante o período do carnaval, a Capitã Ana Paula Queirós explicou seu papel como integrante da Operação Ronda Maria da Penha, que procura dar assistência e combater a cultura da violência contra a mulher. Relatando suas experiências com o carnaval e casos de assédio, estupro e outros tipos de violência contra a mulher, a Capitã frisou a importância do acompanhamento e observação constante nos casos registrados através de denúncias à Polícia Militar, além do trabalho de conscientização em contato direto com a população, e, também, os foliões.

Em conclusão à roda de conversa, a Deusa do Ébano do Ilê Aiyê e professora do curso de Educação Física da UNIFACS, Alexandra Amorim, contou sua história e mencionou como construiu uma consciência de pertencimento e comando do seu próprio corpo, exemplificando com uma dinâmica com as alunas e convidados presentes no evento, aconselhando uma consciência de si mesma perante seus corpos e sua representação como mulher na sociedade. Acrescentou como os significados das roupas utilizadas pelo mais antigo bloco de carnaval de Salvador é associado ao empoderamento feminino. Alegou que, ao mesmo tempo, as mulheres do Ilê sofrem assédio no carnaval baiano. A professora, coordenadora do curso de Serviço Social e organizadora do evento, Suzana Coelho explicou sobre a importância da discussão. “Quem é essa mulher no carnaval? Como ela é tratada? E o assédio? A importância desse evento, principalmente para o curso de Serviço Social, é que mais espaços de discussão sejam criados. E isso é, inclusive, uma das demandas de trabalho presentes no nosso curso”, constatou Suzana. Ao reunir figuras importantes para o combate à violência praticada contra a mulher, a roda de conversa que marcou o início do semestre do curso explicitou a necessidade do trabalho do poder público juntamente com a conscientização das mulheres em relação a si mesmas no carnaval e, também, o ano todo.


Dinâmica realizada pela convidada Alexandra Amorim.
(Foto: Fernanda Brandão – Fotógrafa da AVERA)

Alunos e equipe docente do curso de Serviço Social, e convidadas do evento.
(Foto: Fernanda Brandão – Fotógrafa da AVERA)

Deusa do Ébano do Ilê Aiyê e professora do curso de Educação Física da UNIFACS, Alexandra Amorim.
(Foto: Fernanda Brandão – Fotógrafa da AVERA)
 

Julieta Palmeira relata o trabalho por trás da Justiça que luta pela causa feminina.
(Foto: Fernanda Brandão – Fotógrafa da AVERA)

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