Notícias Avera
  • Home
  • Cidade
  • Cultura
  • Unifacs
    • Destaques da Facs
    • Curto-Circuito
    • Especial ABAPA
    • Jornada Social Media
  • Esportes
  • Saúde
  • Negócios
  • Expediente
  • Home
  • Matérias
  • Hip-Hop: estilo musical ganha mais representatividade na Bahia

Hip-Hop: estilo musical ganha mais representatividade na Bahia

Da Redação
14 de dezembro de 202114 de dezembro de 2021 No Comments
Bahia cultura estilo musical Hip-Hop Representatividade

O gênero artístico conhecido pelos impactos socioculturais ganhará espaço de incentivo e representação para artistas das periferias de Salvador

Criado na década de 70, o hip-hop merecia um espaço para finalmente chamar de seu na capital baiana. A Casa do Hip-Hop Bahia nasce com o intuito de se tornar  um ponto de referência sociocultural e de desenvolvimento para jovens negros e da periferia.

No espaço serão realizadas ações de arte e educação, incentivo empreendedorismo e inovação, à produção e promoção cultural, tudo isso como suporte para vencer desigualdades.

Para isso, a casa contará com diversos ambientes, como sala para cursos, palestras, oficinas e um estúdio multimídia. Além, de um memorial do hip-hop baiano, exposição de livros, um espaço de coworking, loja colaborativa e área para eventos menores.

O projeto vinha sendo desenhado desde 2004, pelo coletivo Rede Aiyê Hip-Hop, mas apenas em 2018, o Governo da Bahia fechou a parceria com o coletivo Comunicação Militância e Atitude Hip-Hop (CMA Hip-Hop), que será o encarregado em coordenar e administrar o local.

Equipe administrativa da Casa do Hip hop Bahia – Foto: CMA Hip Hop

O imóvel está localizado no Largo Quincas Berro D’Água, no bairro do Pelourinho. O uso do espaço é fruto de uma concessão pública, cedida pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac), que está associada à Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBa).

A abertura do espaço estava programada para o dia 12 de novembro, no dia mundial do hip-hop, entretanto, foi adiada por tempo indeterminado, devido ao luto oficial pela morte do deputado estadual João Isidório, no dia anterior à inauguração.

Ainda não foi divulgada uma nova data para a inauguração do espaço.

Cenário do Hip-Hop em Salvador

O hip-hop em Salvador passou a ganhar forças com o movimento organizado em 1996, articulado em grupos de hip-hop, break, grafite.

O movimento oferece oficinas para jovens nas comunidades periféricas e subúrbio de Salvador. Os assuntos tratados variam de acordo com a realidade de cada localidade.

“O hip-hop tem um poder de transformação muito grande, tanto em termos do modo de pensar, como no modo de me enxergar também. As questões tratadas nas músicas, que envolvem desde a formação do ser-humano, até questões sociais, são, de certa forma, muito esclarecedoras para o seu público”, explica Marcos Mahatman, 30 anos, artista de hip-hop.

A batida em Salvador tem como costume misturar elementos da cultura negra. É chamado hip-hop afro, como faz o grupo Quilombo Vivo, de Amaralina, que mistura capoeira e candomblé.

Integrantes Quilombo Vivo – foto: Arquivo Pessoal

Nessas regiões, essa arte é usada como agente de transformação cultural e resgate dos jovens. A cultura do hip-hop nas comunidades de Salvador mostra um outro lado da comunidade, um lado mais humanizado.

Em muitos casos, as pessoas que querem entender mais sobre essa cultura, vivem em uma realidade de opressão e marginalização no seu dia-a-dia. Com isso, essa expressão artística é utilizada como um porta de entrada para aceitação do seu corpo, cabelo e história.

Dificuldades dos novos artistas independentes do hip-hop baiano

A trajetória de profissionalização de artistas independentes de hip-hop é repleta de obstáculos. O custo de materiais e equipamentos, a grande concorrência, preconceito e, principalmente, a insegurança financeira, são fatores que impactam diretamente nas produções artísticas do gênero.

Segundo o artista Marcos Mahatman, “a maior parte dos artistas relacionados ao hip-hop em Salvador, são autônomos”.

“Não temos produtores ou produtoras que acompanham de fato a carreira de artistas hip-hop como tem nem outros gêneros como axé e pagode”, explica.

Um dos grandes desafios para quem está iniciando no mundo do hip-hop é o networking. Há muitos artistas do gênero em Salvador, contudo, nem todos estão sob o holofote. Possuir boas indicações e contatos é essencial para que um profissional do campo tenha reconhecimento.

Apresentação de artistas do Hip-Hop – Foto: Thiago Caldas

Custear estúdio, equipamentos e pós-produção, não sai barato. A realidade, entretanto, é que a maioria acaba por sobreviver através de editais do governo e trabalhos de meio período.

Mahatman explica que a pandemia da Covid-19 abalou fortemente a categoria com a suspensão das apresentações ao vivo. “Faltou capital para apresentações, equipamentos, shows e, até mesmo produtos que são vendidos, como camisas, CDs e adesivos”, relata.

A falta de editais de incentivo artístico agravam a situação, o que desestimula os artistas de hip-hop, fazendo com que tenham que abandonar o mercado.

A expectativa é que com a volta dos shows e do público nos estabelecimentos, mais artistas possam performar e continuar suas produções.

Repórteres: Camila Alessandrini Soeiro, João Victor Moreira, Marcos Vinicius Carneiro, Vitória Serravalle

Revisão: Antônio Netto

Navegação de Post

Oficinas de arte da Escola Parque continuam transformando vidas à distância
Impactos da Síndrome de Haff afetam saúde e cultura de pesca na Bahia

Related Articles

AVERA cultura Jornalismo

Cultura/Opinião: O Brasil pós-abolição: crítica, memória e resistência

AVERA cultura Jornalismo

Cultura: O Último Azul: filme brasileiro premiado em Berlim ganha teaser inédito com Rodrigo Santoro e Denise Weinberg

AVERA cultura Jornalismo

Confira os destaques culturais da semana em Salvador

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Últimas

  • Felipe Fraga brilha em Interlagos e vence a etapa inaugural da nova era SUV na Stock Car
  • PPGA: Programa de Pós-Graduação em Administração da Unifacs promove a 13ª edição do Seminário Anual
  • Piastri conquista Miami, e abandono de Bortoleto adia sonho brasileiro
  • Cultura/Opinião: O Brasil pós-abolição: crítica, memória e resistência
  • Cultura: O Último Azul: filme brasileiro premiado em Berlim ganha teaser inédito com Rodrigo Santoro e Denise Weinberg
  • Dia das Mães: Como estudantes enfrentam rotina intensa para conciliar a família e a graduação
  • Confira os destaques culturais da semana em Salvador
  • Velocidade, emoção e inclusão: As mulheres na Fórmula 1

ARQUIVO

  • maio 2025
  • abril 2025
  • dezembro 2024
  • novembro 2024
  • outubro 2024
  • setembro 2024
  • julho 2024
  • junho 2024
  • maio 2024
  • abril 2024
  • dezembro 2023
  • novembro 2023
  • outubro 2023
  • setembro 2023
  • agosto 2023
  • julho 2023
  • junho 2023
  • maio 2023
  • abril 2023
  • março 2023
  • fevereiro 2023
  • janeiro 2023
  • dezembro 2022
  • novembro 2022
  • outubro 2022
  • setembro 2022
  • agosto 2022
  • julho 2022
  • junho 2022
  • maio 2022
  • abril 2022
  • fevereiro 2022
  • dezembro 2021
  • novembro 2021
  • outubro 2021
  • setembro 2021
  • agosto 2021
  • julho 2021
  • junho 2021
  • maio 2021
  • abril 2021
  • março 2021
  • dezembro 2020
  • novembro 2020
  • outubro 2020
  • junho 2020
  • maio 2020
  • abril 2020
  • março 2020
  • novembro 2019
  • outubro 2019
  • setembro 2019
  • junho 2019
  • maio 2019
  • abril 2019
  • dezembro 2018
© 2022 - AVERA - Agência de Notícias Experimental da UNIFACS - Universidade Salvador (Bahia) | Todos os direitos reservados. | Theme: OMag by LilyTurf Themes