“Eu sou de um tempo que eu não sabia nem que existia universidade”, diz Preto Zezé, presidente global da Central Única das Favelas (CUFA) | Foto Isac Elisson/ AVERA Notícias
O evento, que termina hoje (28), contou com a presença de Preto Zezé, presidente global da CUFA, que falou sobre a importância da educação na promoção da igualdade e da justiça
Por Luísa Cardozo
Revisão Kátia Borges
A equipe da AVERA Notícias bateu um papo exclusivo com o ativista Preto Zezé sobre a importância que as universidades têm na vida de estudantes pretos, durante a Expo Favela, que se encerra hoje (28) no Shopping Parque em Lauro de Freitas. “Uma coisa é quando um aluno chega num curso de arquitetura da UFBA e outra é quando um aluno morador de favela chega ao mesmo curso”, compara.
Para o presidente global da CUFA, o conhecimento pode ser um traço de união e não de diferença. “Com certeza, eles vão ter a mesma vivência, mas o conhecimento que vai ser produzido, e a visão de mundo de cada estudante, com certeza, será mais próximo da realidade, e será um pensamento produzido para gerar justiça e igualdade. Esse é o papel da universidade, criar um país para as pessoas que mais precisam”. Durante a conversa, Zezé destacou, ainda, a luta das mães de jovens periféricos. “Muitas vezes, a mãe do aluno de favela trabalhou na casa dos pais desse outro aluno que chegou lá”, observa.
Central Única das Favelas – CUFA
A CUFA é uma ONG brasileira, presente há mais de 20 anos nas favelas em todo o Brasil, promovendo integração e inclusão social por meio de diversas atividades e projetos. Está presente em todo o país e em diversos países, com uma sede global em Nova York, nos Estados Unidos. A Favela Holding, um grupo com mais de 20 empresas voltadas para a favela, é a mantenedora da organização.