O projeto visa promover a temática “Consumo Consciente: dá para sustentar?” como mote do projeto de extensão
Por Ana Luísa Gomes Miranda
Imagens: Manuela Lopo
Em 2023.1, o projeto de extensão FUSCA traz como pauta o consumo consciente, visando promover o acesso ao conhecimento e à informação, bem como debates acerca da sustentabilidade e dos impactos que as práticas do homem podem exercer no meio ambiente.
Com esses objetivos em mente, os membros do projeto FUSCA, no dia 29 de março de 2023, realizaram uma visita técnica ao Armazém do Campo, localizado no Pelourinho. De acordo com a coordenadora Hemilly Silva Marques, o Armazém do Campo apresenta intensa ligação com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Atualmente, no Brasil, existem vinte e cinco lojas do armazém, estando duas situadas na Bahia, em Porto Seguro e Salvador, e este conjunto de unidades visa estabelecer o diálogo entre a sociedade e o papel do MST, bem como fortalecer o cooperativismo e agricultura familiar, no que tange às comunidades tradicionais.
Um dos desafios do Armazém do Campo, em Salvador, é trazer maior notoriedade para o MST e comunidades tradicionais. Uma das maneiras encontradas pelo armazém para se destacar de outros estabelecimentos do Pelourinho, foi oferecer uma culinária típica da roça, com um cardápio onde os clientes encontram feijoada, rabada, vaca atolada, galinha caipira, bode e que traz à tona para os consumidores as vivências e experiências que fazem parte do cotidiano do trabalhador do campo.
O armazém traz como uma de suas principais programações o “Sábado da Diversidade”, que toma forma no Largo de Tieta, a fim de promover debates acerca da diversidade dos alimentos e da sexualidade, estando voltada, assim, para o público LGBTQIA+.
Dentre os produtos que os alunos conheceram durante a visita, destaca-se o café “Terra Justa”, recentemente lançado pelo MST, proveniente da região do extremo sul da Bahia, mais especificamente do Assentamento Jacy Rocha, no município do Prado.
De acordo com Hemily Marques, o café é plantado juntamente com alimentos de ciclo curto, como feijão, abóbora, aipim, maxixe e milho, até o momento da colheita, e consorciado com outras culturas, se diferenciando do agronegócio.
Esse café agroecológico se compromete com a manutenção da qualidade do grão sem a necessidade de devastação e minimização da biodiversidade florestal.
A coordenadora, aponta que dois anos atrás mais de duzentas famílias conseguiram permanecer em suas zonas de cultivo, mesmo após a realização de uma ofensiva da Força Nacional para expulsá-las de lá.
Para mais informações a respeito das atividades e eventos promovidos pelo Armazém do Campo localizado em Salvador, bem como dos produtos lá comercializados, acompanhe a sua página no Instagram: @armazemdocampoba.