Casimiro Miguel transmitiu diversas modalidades olímpicas ao vivo no YouTube e alcançou recordes na plataforma | Foto: Divulgação
Como as plataformas de streaming têm aumentado a acessibilidade para o consumo de esportes
Por Alana Bitencourt
Revisão: Laís Cruz
Nas Olimpíadas de Paris 2024, a audiência ficou dividida entre as grandes redes de TV, como o grupo Globo, e as plataformas de streaming. A pandemia de covid-19 acelerou ainda mais a modernização da comunicação.
Assim, os meios virtuais ganharam destaque, ressaltando o trabalho feito pela Cazé TV, de Casimiro Miguel, que transmitiu diversas modalidades olímpicas ao vivo no YouTube e alcançou recordes na plataforma, com até 71 milhões de visualizações em um dia.
O fenômeno de alto engajamento se deve à praticidade de consumo, visto que o canal pode ser acessado em qualquer dispositivo digital e de forma gratuita. A Cazé TV já vem se solidificando há alguns anos na cobertura de eventos esportivos, como na Copa do Mundo de 2022, na qual muitos elogios foram feitos pelos brasileiros.
Após esse reconhecimento, o trabalho de Casimiro passou a ser mais voltado para os fãs de esporte, e a equipe foi crescendo, passando a contar com rostos já conhecidos na área. Apesar da forte crescente da internet na entrega desses conteúdos, a televisão segue sendo rentável e, principalmente para a divulgação de grandes empresas, é o que mais dispõe de credibilidade e investimento no mercado tradicional.
A migração de profissionais, antes vistos apenas na televisão, para o ambiente digital é uma das evidências de que a comunicação está se ampliando. Jornalistas como Isabela Pagliari e Fernanda Gentil desempenharam papéis impecáveis nas coberturas, de forma mais autêntica e flexível, como a internet proporciona.
Liberdade e amplitude
Gabriel Bacelar, criador da página esportiva Campo Neutro, que conta com mais de 40 mil seguidores no Instagram, optou pelo ambiente digital justamente por ter observado a liberdade e a amplitude de alcance que ele proporciona, além de atingir de maneira mais prática o público que deseja alcançar.
Ele acredita que a progressão do modelo online se deve a mais esse fator. Segundo o estudante de jornalismo, as plataformas também oferecem ao torcedor a oportunidade de ter um contato mais próximo com os esportistas, possibilitando, por meio das coberturas virtuais, uma maior proximidade do admirador em relação ao que ele quer ver.
Tratando da disputa de espaço com os canais e plataformas tradicionais, principalmente a televisão, Gabriel acredita que a WebTV, apesar de ser online, continuará a diminuir o monopólio das redes televisivas, assim como a CazeTV tem feito, mas não perderá sua força no mercado.
“Vão continuar comunicando, trazendo informação, porque é algo que depende muito também do nicho, da idade. As pessoas mais idosas costumam acompanhar uma mídia que já está pronta, que já está no mercado há muito tempo, então a tendência é que essas mídias percam um pouco de visibilidade e espaço, mas não deixem de funcionar”, declarou.