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Entrevista: “Hoje, é possível tratar o paciente com varizes de todos os níveis”, diz Dr. Itamar Oliveira

Da Redação
9 de junho de 202117 de junho de 2021 No Comments
Cuidados Entrevista Saúde

Especialista explica que quanto mais precocemente acontece a procura por ajuda e tratamento, mais cedo é sentido o alívio dos sintomas e a diminuição de outros danos

Por Tairone Amélio
Revisão: Fernanda Abreu

Muitos se queixam delas, seja pela aparência chamativa ou pelo incômodo que causam em seus portadores, acarretando dores e inchaços nas pernas, prejudicando nas atividades do dia a dia. As varizes são incômodas ao homem e eternas inimigas das mulheres, que buscam por beleza e bem-estar.

Segundo a Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV), 40% da população adulta apresenta a patologia e as mulheres são as mais afetadas, correspondendo a 70% dos casos.

Com o avanço da medicina, vários tratamentos para combater essas companhias indesejáveis têm surgido, e o acompanhamento médico é essencial para conciliar saúde, beleza e bem-estar.

O médico angiologista, Dr. Itamar Rodrigues Brito Oliveira, especialista na prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças relacionadas ao sistema circulatório, mais especificamente, os vasos linfáticos e os vasos sanguíneos (artérias e veias), esclarece um pouco a respeito das varizes.

Avera: O que são e o que causa o aparecimento das varizes?

Dr. Itamar Oliveira: Varizes são dilatações anormais das veias que estão localizadas, principalmente, nos membros inferiores.

As causas principais são 70% a 80% por fatores genéticos, heranças, fazendo herdar uma fragilidade dos tecidos que formam a parede das veias, além de outros fatores que interferem, como os hábitos de vida, uso de salto, trabalhar muito tempo em pé ou sentado, utilização de hormônios. Sendo mais comum em idades mais avançadas e no sexo feminino.

Avera: Além de serem esteticamente feias, quais os efeitos das varizes no corpo?

Dr. Itamar Oliveira: Não é apenas pelo aspecto estético, né? Acaba contando porque mexe com o grande público que é afetado pelas varizes são as mulheres, e isso afeta de certa forma a aparência e a autoestima, um fator levado em conta nessa situação.

Mas, a própria presença das varizes pode levar a inchaço nas pernas mais intensos no final do dia, uma sensação de queimação ou queimor, coceira (que a gente chama de prurido), e as mais avançadas, de graus mais dilatados, podem levar a formação de ferimentos, úlceras nas partes inferior das pernas.

E, também, o surgimento de pequenos coágulos dentro desses cordões varicosas mais grossos, provocando um sintoma agudo de muita dor e inflamação no local, que é descrito como Tromboflebite Aguda.

Em alguns casos, a Tromboflebite Aguda pode até levar a formação da Trombose, não sendo uma causa comum de trombose. Mas as varizes sim, em situações específicas, como uma doença cumulativa. Quanto mais precocemente a procura de ajuda e tratamento com um especialista, mais cedo o alívio dos sintomas e a diminuição de outros danos.

Avera: Varizes podem estourar? Se sim, quais os perigos?

Dr. Itamar Oliveira: Uma das complicações das varizes é a Varicorragia. Em alguns casos, as veias ficam dilatadas e a pele que reveste a veia e a própria parede do vaso sanguíneo pode afinar, provocando um ferimento, uma úlcera, sangramento. O risco de hemorragia existe com o aparecimento de varizes.

Avera: O aparecimento das varizes é genético?

Dr. Itamar Oliveira: Não há muito o que fazer, existe um fator preponderante que é a genética. Na verdade, o papel do médico especialista, o ginecologista, o médico vascular, do cirurgião cardiovascular, é uma luta contínua contra uma tendência genética do corpo a formar varizes.

Então, a pessoa passa, ao longo da vida, sempre formando novas varizes, cabendo ao médico tratar sempre que aquelas veias dilatarem e provocarem sintomas ou doenças.

Avera: Jovens podem apresentar varizes?

Dr. Itamar Oliveira: São mais comuns em pessoas de mais idades, média idade, mas os jovens também, muitos têm uma carga genética muito forte e ainda novos podem desenvolver varizes.

A gente encontra, na prática médica, casos avançados com ferimentos, úlceras venosas decorrentes de varizes. Então, a varize não escolhe idade. Inclusive, como consequência de alguma síndrome genética, às vezes, na infância, podem casos raros até acontecer.

Avera: Partindo para o tratamento médico/estético, quais métodos utilizar para evitar o surgimento das varizes?

Dr. Itamar Oliveira: Como eu já comentei a pouco, o médico angiologista, ele tenta correr a frente da doença, ou seja, a paciente vem ao consultório já com os sintomas com as veias dilatadas. Sendo feito o diagnóstico, o tratamento é feito a depender do nível onde elas estão, da profundidade e do calibre das veias.

Existem uma série de tratamentos previstos para os vasos a depender do seu calibre, desde a escleroterapia até o uso dos lasers, que podem ser usados de uma forma mais profunda ou veias superficiais da pele.

Então, basicamente, existem para aplicação de vasos finos a aplicação simples, a escleroterapia líquida, a escleroterapia com espuma, escleroterapia ampliada. E, para as mais profundas, o uso de laser, escleroterapia com espuma e o tratamento com cateter de laser endovenoso.

Avera: O que é o método de escleroterapia com espuma densa e como ela é utilizada?

Dr. Itamar Oliveira: É uma técnica em que é feito a mistura de ar com líquido irritante para a veia, um detergente químico esclerosante da veia, que produz um produto com a consistência de um creme para barbear, sendo injetado em veias grossas, uma substituição no tratamento cirúrgico hoje em dia.

Na verdade, hoje há uma combinação de técnicas – tem o laser, cateter específicos e a combinação com a aplicação líquida, e todas essas técnicas têm feito tendermos a tirar o paciente do hospital. Hoje, é possível tratar o paciente com varizes de todos os níveis, o que antes era feito apenas com cirurgia, pode ser feito fora do hospital, em âmbito ambulatorial.

O que veio a favorecer com a situação da pandemia. O paciente não quer fazer nenhum procedimento no hospital, preferindo a clínica e indo para casa, é obtido graças à flebologia moderna é a substituição por procedimentos minimamente invasivos que não causam dor e não utilizem anestesia, voltando as atividades laborativas normais em tempo recorde.

Avera: A remoção das varizes pode causar algum risco à saúde ou à vida?

Dr. Itamar Oliveira: Os riscos dos procedimentos com as técnicas não invasivas existem, mas quando bem realizados, eles são muito diminuídos. Inclusive, em comparação com as técnicas convencionais, há uma redução razoavelmente boa.

Só em termos de comparação, existe uma chance na recuperação cirúrgica, através da prática tradicional, do paciente ter um episódio de trombose em cerca de 4% dos casos.

Já, por exemplo, na espuma, esse porcentual cai para menos de 1%. Então, existem as técnicas mais modernas que além de serem mais cômodas para o mundo atual, em relação a Covid, a comodidade, a maioria delas em comparação com a prática convencional, elas têm um risco diminuído, desde que as técnicas sejam bem aplicadas.


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Produção e coordenação de pautas: Márcio Walter Machado

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