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Em meio a pandemia, 19ª parada LGBTQIA+ ocorre pela primeira vez de maneira virtual

Da Redação
7 de dezembro de 20207 de dezembro de 2020 No Comments
Bahia Debate Pandemia Parada do Orgulho LGBTQIA+

Por Fernanda Bruno
Edição: Daniel Genonadio

Devido a pandemia, a 19ª edição da Parada do Orgulho LGBTQIA+ da Bahia, geralmente realizada em meios as ruas de Salvador, aconteceu de maneira virtual no último sábado (05) e teve como tema o “racismo na comunidade LGBTQIA+”. O evento realizado nas plataformas digitais do Correio 24h e Me Salte contou com debates e performances de artistas durante as duas horas de transmissão.

O tema foi proposto no encontro após a consideração de tristes estatísticas de violência contra pessoas LGBTQIA+. Segundo dados do Grupo Gay da Bahia, a cada 26 horas uma pessoa LGBTQIA+ é morta no Brasil e, se essa pessoa for negra, o risco é 74% maior comparada a uma pessoa branca. Os números evidenciam a situação do racismo e homofobia no Brasil.

Ao longo do encontro, houve performances da atriz transgênero e preta, Matheuzza Xavier, da apresentadora, transformista e realizadora de concursos de beleza Bagageryer Spilberg, além de Malayka SN, artista visual e drag queen, Hiran, rapper, e as cantoras Doralyce e Josyara. Além disso, outras pessoas  do movimento LGBTQIA+  participaram do evento, como Luiz Mott, Daniela Mercury, Leo Kret, Milena Passos, Seu Vérciah e Marcelo Cerqueira.

Conversa entre Alan e Ismal foi medida pelo jornalista Jorge Gauthier, curador da Parada de 2020 e editor do Me Salte (Foto: Reprodução)

A parada durante a pandemia

A realização da parada de forma virtual demonstrou a importância da realização do evento mesmo com a impossibilidade da ocorrência presencial devido a pandemia de Covid-19. “É uma forma de nos mantermos atuantes em um cenário cada vez mais difícil para nossa comunidade em todo o mundo. Nós precisamos, mesmo que não nas ruas, dizer que estamos vivas, vivos e, nesse caso, ao vivo”, disse o jornalista Jorge Gauthier, criador do Me Salte, portal de notícias LGBTQIA+ do Jornal Correio.

“A gente não está nas ruas, mas nós estamos reivindicando o nosso direito”, afirmou Jandira Mawusí, pedagoga e idealizadora do instituto Merê, que participou da segunda mesa de debates.

Mesas de debates

A parada contou com três mesas de debates que se enquadram dentro do tema de racismo na comunidade LGBTQIA+. A primeira mesa foi sobre “Bichas Pretas”, com Alan Costa, formado em letras vernáculas pela UNEB e que atua como produtor cultural e artístico, e com Ismael Carvalho, criador de conteúdo digital, cofundador e diretor de criação da Preta Agência de Comunicação.

O debate levou à tona questões como a desumanização dos corpos negros e como a masculinidade é uma das expectativas para esse corpo, a violência tanto física, como psicológica contra gays negros, que também acontecem dentro da própria comunidade LGBTQIA+, e o classicismo. “A comunidade não está tão aliad as pessoas pretas, enquanto o movimento negro não lida muito com as questões de sermos bichas pretas dentro do movimento”, relatou Ismael Carvalho ao explicar a importância da discussão do tema.

Hiran gravou sua participação no evento direto de Camaçari (Foto: Reprodução)

A segunda mesa teve como tema “Negras, Lésbicas e Masculinizadas” e contou com a participação de Jandira Mawusí e Bruna Bastos, integrante do grupo de pesquisas Rasuras UFBA, pesquisadora e idealizadora da página @sapatonaaentedida.

No debate foram abordados os estereótipos atrelados à estética, misoginia, lesbofobia e a invisibilização de lésbicas negras na sociedade, pontuando a importância do lugar de fala, discussão e representação. “Não somos invisíveis, somos invisibilizadas. Estamos sempre à frente do movimento, mas, infelizmente, o sistema é capitalista, é patriarcal, nega e invisibiliza, principalmente, corpos de mulheres negras, lésbicas e periféricas”, afirmou Bruna Bastos.

A terceira e última mesa de debate teve o tema “Transexuais e travestis negras não trabalham apenas em salão”, e contou com a participação de Inaê Leono, mulher trans, negra licenciada em teatro pela UFBA e 1ª professora trans da cidade de São Francisco do Conde, na Bahia e com Érika Hilton, primeira vereadora trans e negra eleita de São Paulo

Malayka SN interpretou canção de Nina Simone (Foto: Reprodução)

“Essa conquista é sobre várias pautas. É sobre várias vozes, sobre o movimento que se organiza a décadas para conseguir driblar a fome, a morte, o desemprego e a subrepresentatividade”, disse Érika Hilton sobre sua vitória na eleição e o que ela representa.

Alguns dos temas abordados na mesa foram o racismo atrelado à transfobia dentro da comunidade LGBTQIA+, a dificuldade que pessoas trans passam devido a transfobia existente em todos os aspectos da sociedade, o que, de acordo com o debate limita suas escolhas e as fazem seguir caminhos que não são de suas vontades para poderem sobreviver e necessidade de mudança de visão do sociedade acerca dessas pessoas.

Inaê Leoni e Érika Hilton discutiram o mercado de trabalho para as mulheres trans (Foto: Reprodução)

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