A importância de conscientizar e de realizar mudanças para a inclusão de pessoas deficientes nas universidades

Imagem: Pexels / Mart Production
Por Isabel Barreto e Pedro Paulo Guimarães
Revisão Alana Bitencourt
As manifestações pela inclusão de pessoas com deficiência surgiram através de movimentos que buscavam lutar pela igualdade de direitos para todos na sociedade. Desde o século XX, esse tema vem sendo abordado de forma extensa para trazer uma conscientização entre as pessoas e, desse modo, contribuir para o combate ao preconceito. Diversos grupos sociais empenham-se em transformar todos os espaços públicos em lugares acessíveis e acolhedores.
Com o passar dos anos, o processo de incluir pessoas deficientes socialmente permanece como um desafio em todos os âmbitos pelo preconceito e pela discriminação. Atualmente, ainda há um estigma de que PCDs (Pessoas com Deficiência) não conseguem ter uma vida independente ou o acesso ao Ensino Superior. No ambiente universitário, onde acontece o capacitismo por parte todos aqueles que estão no mesmo local, há muitos obstáculos que são enfrentados no dia a dia, como a falta de recursos adequados tanto físicos quanto tecnológicos.
Antoni Cauã de Novaes Cerqueira, estudante que possui uma deficiência física e cursa medicina na UNEX, em Itabuna-BA, conta que na instituição que está inserido existe acessibilidade necessária, como as rampas, as salas grandes o suficientes para a locomoção e o piso tátil. Além disso, ele cita que a existência do NAP é fundamental para a construção desses recursos.
De acordo com o universitário, as pessoas, atualmente, têm dificuldade em normalizar PCDs praticando atividades do cotidiano e presenciar a inclusão em ambientes que antes não era possível. Para ele, na deficiência física, os desafios em frequentar certos espaços públicos por falta de acessibilidade, são os principais motivos de revolta.
No ambiente universitário, embora eles adicionem diversos recursos que auxiliam na locomoção e comunicação, ainda há as políticas públicas que ajudam a promover ainda mais direitos na universidade. “A existência de políticas públicas com um olhar para PCDs são importantes, pois promovem a inserção dessa parcela populacional em ambientes acadêmicos e profissionais, através das cotas, por exemplo. O problema, no entanto, é na aplicação eficaz dessas políticas públicas.”, explica Antoni.