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Dia do Orgulho Nerd ou Dia da Toalha? Conheça a história da data e o orgulho por trás dela!

Da Redação
25 de maio de 202425 de maio de 2024 No Comments
AVERA cultura Jornalismo

O dia 25 de Maio celebra a valorização da cultura nerd e geek em todo o mundo

Por Íssala Queiroz
Revisão por Monique Sousa

Com o objetivo de ser reconhecido e celebrado, o dia 25 de maio foi escolhido para ser o Dia do Orgulho Nerd, para representar as pessoas que se identificam com a cultura geek que por muito tempo foi vista como algo pejorativo diante da sociedade. A identidade nerd se fortaleceu junto ao movimento de popularização do consumo de itens culturais como em “Star Wars”, “Senhor dos Anéis”, “Harry Potter”, entre outros, essas franquias despertaram o interesse das pessoas e criaram conexões reais com o público. 

O Dia do Orgulho Nerd também é conhecido como Dia da Toalha, nomenclatura mais antiga e que serviu de base para o que, futuramente, se convencionaria como uma data “Nerd”. Mas, qual a relação entre as duas nomenclaturas?

O Dia da Toalha é uma homenagem ao escritor Douglas Adams, criador do ‘Guia do Mochileiro das Galáxias’, obra que misturava ficção científica com elementos humorísticos. Adams descreve em seu livro a toalha como um elemento fundamental de qualquer mochileiro espacial, podendo ser usado de diferentes formas em vários locais do espaço, o que a tornava um item básico de sobrevivência. O escritor faleceu no dia 11 de maio de 2001 e no mesmo ano, dias depois, em 25 de maio, foi feita uma homenagem a ele.

E, coincidentemente, no 25 de maio de 1977, o filme “Star Wars: Episódio IV — Uma Nova Esperança” foi lançado, sendo um marco para a cultura geek. O Dia do Orgulho Nerd começou a ser comemorado em 2006 na Espanha, sendo o escritor Germán Martínez o responsável por criar a data na intenção de celebrar a comunidade nerd.


Orgulho em ser Nerd


No passado, ser nerd era considerado estranho e ofensivo, mas com o tempo o termo foi se ressignificando e, hoje, é sinônimo de orgulho. Este título representa uma comunidade que frequenta os mesmos eventos, consome o mesmo conteúdo e compartilha suas impressões, gostos e ideias.
Nossa entrevistada, Marília Carvalho, produtora cultural, publicitária e atriz, afirma com orgulho ser parte desse universo Nerd e que foi influenciada pelos próprios pais.

“Desde muito nova eu fui introduzida, inicialmente assistindo muita ficção científica e assistindo a desenhos dos X-Men, desenhos do Homem-Aranha. Sem contar que eu sou a única mulher de quatro primos mais velhos. Então, eu convivia com esses garotos assistindo Power Rangers e brincando de super-herói enquanto eu era a menina mais nova. Então, isso me fez gostar muito do universo geek”, revela. 

Foto: Acervo Pessoal/Marília Carvalho

“Quando eu cresci, isso só se intensificou mais ainda. Comecei a ler HQ, a assistir aos filmes, live-action. Eu acho que o que eu mais gosto do universo geek é esse mundo imaginário, de um mundo em que existem pessoas dispostas a salvar o mundo, a batalhar, e que obviamente tem repercussões sociais”, completou Carvalho.

O ponto é que, na verdade, essa comemoração é tão recente quanto a própria ideia de que ser nerd é algo “legal”, ou seja, possuir uma conotação positiva. É claro que este tipo de comportamento sempre existiu, mas foi ao longo desta última década que eles assumiram um ponto de destaque dentro do cenário pop e do próprio mercado cultural.

Atualmente, existem grandes eventos que são promovidos para essa comunidade, como: a CCXP, o Bon Odori, Brasil Game Show, entre outros. Tais produções ajudaram na popularização e normalização, cada vez mais, da cultura nerd. Os cosplayers também ganharam força com esses eventos e criam fortes conexões com quem participa, sendo um item de grande desejo e muito atrativo para quem gosta, porém é necessário um certo investimento para conseguir realizar.

A produtora cultural conta que faz cosplay desde 2016, sendo o primeiro da princesa Bela e depois fez da Mulher Gato. “O universo cosplay tem muito do que você consegue se transformar nesse personagem que você gosta tanto. É personificar em corpo aquele ídolo que às vezes só está nos quadrinhos, nos filmes. E aí, quando a gente veste o cosplay, a gente vira esse personagem que a gente ama tanto”, afirmou. 

Foto: Acervo Pessoal/Marília Carvalho

Hoje vemos muitos veículos voltados para temáticas nerds e para o universo cinematográfico, ainda que em sua maioria homens, vemos mulheres cada vez mais ganhando espaço para ter a liberdade de falar sobre, e ser respeitada dentro desse meio. Carvalho é muito presente nas redes sociais e usa desse artifício para se impor nesses temas e influenciar outras meninas que queiram fazer o mesmo.

“Um dos principais motivos de postar tanta coisa é que o meu espaço de prazer, como bacharel em artes e crítica em cinema e segundo porque eu acho que tem certas produções que elas precisam ir além da visão rasa. Eu acho que precisa ter uma observação além e dar um caráter de obra cinematográfica, de obra artística. Então, eu me vejo como veículo disso, sem contar que, às vezes, é mais difícil você ver uma mulher falando sobre o universo geek, então quanto mais a visão feminina através desses universos, melhor”, conta.

A mulher no mundo Geek

A Pesquisa Game Brasil (PGB), realizada em abril de 2021, revela que 51,5% do público gamer no país é composto por mulheres. Indo contra o que já se esperava e quebrando paradigmas, mas apesar deste resultado, as mulheres ainda são vítimas de discriminação em relação aos homens. e até mesmo de outras mulheres que ainda enxergam isso como jogos, brinquedos e filmes “de menino”. Como se o fato de gostar de ser nerd, diminuísse a feminilidade, e ressoasse na sua capacidade intelectual e aparência.

As mulheres ainda são subjugadas por exporem seus gostos geeks, precisando “provar” ao homem que você entende do assunto, e muitas vezes vendo sendo esnobadas se der um deslize sobre algum conteúdo ou crítica.

Durante a conversa, Marília Carvalho relembrou um caso em que estava saindo com um menino que também era geek e ao ser chamado para encontrar suas amigas, ele estava receoso por não compartilhar dos mesmos interesses sobre os assuntos ditos como femininos, como moda e maquiagem.

E ao chegar no encontro, ela relata que suas amigas estavam falando sobre os multiversos do Doutor Estranho, sobre as derivações, e o quanto a DC e a Marvel tinham suas qualidades e desvantagens, e ele ficou sem acreditar nos assuntos que estavam sendo ditos.

Na situação, ela conta como se posicionou, afirmando: “você precisa abrir um pouco mais sua mente e entender. Ver que nós mulheres sabemos mais ou tanto quanto vocês desse universo”. Carvalho diz que já sofreu com os preconceitos por ser mulher e por gostar de brinquedos, filmes, animes e desenhos ditos “para meninos”. 

Inclusive, revela que seus pais não a deixavam assistir Dragon Ball porque era violento e coisa violenta não é “coisa de menina”, revelou que seu momento de fuga, era quando estava com seus primos e brincava com eles. A produtora cultural revela ainda que apenas quando cresceu teve uma abertura maior para ter liberdade de escolha e aos poucos se entender como uma mulher geek.

Ser geek é algo tão presente na vida de Marília Carvalho que sua tese de mestrado é justamente sobre a relação de Star Trek e a religião. “Minha tese mestrada tem absolutamente tudo a ver com ser geek, e como eu disse, meus pais me introduziram a ficção científica desde muito nova, em particular, Jornada nas Estrelas ou Star Trek, e a gente sempre olhava isso com um olhar mais de análise, e a gente fazia comparativos com aquilo que tinha uma vertente muito além do entretenimento”, detalha.

Foto: Acervo Pessoal/Marília Carvalho

“Para mim, isso tinha que ser analisado de forma acadêmica. Com teorias que falassem sobre a história das religiões, teorias ligadas à semiótica, ligadas à comunicação, ao próprio design. Então, essa é a minha base, eu juntei o meu amor pela ficção científica e o universo geek para falar sobre isso no crer. O quanto este universo pode mexer com as nossas crenças”, completa a publicitária.


Aos poucos, as mulheres vem conseguindo estabelecer seu local dentro de um universo ainda visto como para homens e enfrentando o machismo com todas as suas armas, seja usando blusas temáticas, fazendo cosplay, assistindo filmes, estudando sobre o tema ou não abaixando a cabeça. Como disse a princesa Diana, no filme Mulher Maravilha (2017): “Eu vou lutar, por aqueles que não podem lutar por si mesmos.”

A união feminina é essencial nessa causa, mas as grandes indústrias precisam dar maiores oportunidades para temáticas femininas e abrir espaço para as mulheres, sejam elas diretoras, escritoras, produtoras, afinal, se metade do público da Marvel é formado por mulheres, por que a presença de temas que envolvem o universo feminino ainda é tão irrelevante?

No final das contas, ser nerd ou geek neste Dia 25 de Maio, é um motivo de orgulho, já que por tanto tempo foi marginalizado e hoje podemos ver a ascensão da cultura nerd em todo lugar. E, caso você se identifique com tudo isso, hoje é seu dia de comemorar: Feliz Dia do Orgulho Nerd e que a força esteja com você!

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