Profissionais celebram o dia e abrem o jogo sobre a profissão
Por Vinicius Pereira
Revisão: Luísa Mendes
Nesta quinta-feira, 7, é comemorado o Dia Nacional do Jornalista. Profissão que se transforma a cada instante e exige uma busca dos profissionais pela adaptação para as mudanças e modernização.
A data comemorativa é uma homenagem ao político, médico e jornalista italiano radicado no Brasil, João Batista Líbero Badaró (1798-1830).
Badaró se destacou por publicações de denúncias, estando sempre a serviço da notícia e da informação, buscando a liberdade e a valorização da profissão dos jornalistas.
Jornalista da TV Bahia, Camila Marinho, mineira condecorada cidadã baiana, conta que um dos pilares para a comunicação no jornalismo é sempre buscar se reinventar, tentando fazer a diferença na vida das pessoas através da informação.
A jornalista destaca também a necessidade de manter a liberdade dos profissionais no exercício da profissão.
No final do ano passado, jornalistas foram agredidos por seguranças e apoiadores do presidente em Itamaraju, no sul da Bahia. Camila Marinho estava presente e relata o ocorrido como uma tentativa de silenciar o trabalho dos profissionais de comunicação. بطاقة امريكان اكسبرس
“É uma forma de calar o nosso trabalho ou frear, mas acho que o mais importante, independente do que tenha acontecido, é a gente seguir na nossa missão e não deixar de priorizar a informação. Por mais que tentem nos calar, não vão conseguir”, ressalta Marinho. لعب الطاولة
“É uma carreira que exige da gente muita dedicação, muito conhecimento, leitura, estar sempre antenado no que está acontecendo e entendendo as prioridades do mercado. Saber como o telespectador nos enxerga e o que espera da gente, isso cria uma relação mais próxima e faz com que a gente entre com mais leveza na casa das pessoas, mesmo que a informação seja pesada”, finaliza a jornalista.
Início da carreira
Marinho ressalta a importância da experiência prática para iniciar a carreira.
“O começo da profissão é na faculdade. Não só na dedicação aos estudos, mas você buscar um estágio no setor de jornalismo é fundamental para ter contato com a área, mesmo que não receba nada. Comecei trabalhando no telemarketing, não tinha nada a ver, mas me inscrevi na rádio comunitária da faculdade e todos os sábados eu estava batendo ponto na rádio sem ganhar nada, porém adquirindo aprendizado”, relembra Marinho.
Tiago Lemos, editor do Jornal Massa, conta que o início da profissão é um grande desafio e destaca a necessidade de sempre está buscando um novo aprendizado.
“Vejo como algo desafiador, traz uma adrenalina extra e para se destacar, o jornalista precisa ser proativo, está disposto a aprender e entender os processos. É um contínuo aprendizado, eu vejo dessa forma e o estagiário tem que está com esse gás”, declara Lemos. ملاعب كاس العالم 2023
Doris Pinheiro, editora de cultura e projetos especiais do site leiamaisba.com.br e dos podcasts “Curta!” e “Bom pra saúde”, acredita que o início da carreira ;e o momento de buscar o máximo de qualificação profissional.
“Quanto ao que fazer no começo, é ralar, aprender o máximo que der, perguntar o que não souber, pesquisar, ser responsável, saber o que está botando de informação. Pode até ter muita gente no mercado, mas a qualificação faz toda diferença”, explica Pinheiro.
“O que eu aconselho é que teste, tenha o máximo de experiência possível na área. Experimente impresso, online, rádio, TV, veja o que gosta e se empenhe”, recomenda a jornalista.
Constante modernização da profissão
De acordo com pesquisa realizada pela plataforma Deezer, o consumo de conteúdo do tipo podcast cresceu em 67% no Brasil durante a pandemia. Na Bahia não foi diferente. Camila Marinho faz parte do podcast “Eu te explico” explica a diferenças em relação a outras plataformas.
“O podcast é um meio mais informal, que a gente experimenta aquela comunicação como o rádio faz. O diferencial do podcast está especialmente no que vai trazer de avanço. A gente traz um assunto do momento, mas busca ir a fundo e explorar bastante, algo que a televisão não tenha dado. Então a gente tem que avançar em cima daquele tema que já foi tratado na TV e nos jornais”, conta Marinho.
Doris Pinheiro põe em evidência a familiaridade do podcast e do rádio e afirma que os dois têm uma relação bem próxima:
“O podcast é total e completamente um filho do rádio. É uma versão mais solta e mais moderna do rádio que é feito desde o começo do século XX. A linguagem utilizada no podcast tem a base da linguagem do rádio”.
O jornal impresso e a internet
Com o avanço tecnológico, o jornalista Tiago Lemos analisa a atual situação do jornal impresso e como mantem seus leitores.
“Vivemos outros tempos hoje, cada vez mais difícil a manutenção desse serviço, mas o leitor do jornal impresso é aquele que tem uma cultura de comprar e lê jornal de outros momentos, normalmente pessoas com mais experiências que compravam jornal para se informar antes da internet. Porém também tem novos leitores, aí depende muito do interesse na edição daquele jornal. Então é um desafio está sempre trazendo novos leitores e no Massa temos esse foco”, revela Lemos.
Além disso, Lemos chama atenção dos leitores para uma verificação maior da notícia, a fim de evitar informações falsas.
“O leitor, sendo de sites ou jornais impressos, deve buscar sempre a informação de forma precisa, que ele beba de várias fontes para poder ter aquela notícia da melhor forma possível”, alerta Lemos.
Doris Pinheiro aconselha os jovens jornalistas a sempre fazerem apurações sérias e com responsabilidades.
“Se imponham pela postura, pela seriedade do que estão fazendo e não se deixem levar por pressão, por exemplo: tem que postar primeiro no site e aí não apura. Isso traz problemas grandes e é irresponsável. Então pensem que estão comunicando coisas importantes para quem está de fora”, aconselha Pinheiro.