
Clara, Maria Paula e Keila, com a treinadora Joseane Coelho, no CBG | Divulgação/Ascom Sudesb
Três baianas que trocaram a rotina em Salvador pelo sonho com barras, fitas e competições em Aracaju
Por Catarina Gramosa
Revisão Lucca Anthony
Clara Beatriz, Maria Paula Caminha e Keila Vitória, três garotas que saíram de Salvador para brilhar na seleção brasileira de ginástica em Aracaju. As adolescentes se dedicam inteiramente na Ginástica com o sonho de arrasarem nas competições e trazer orgulho para o Brasil.
As atletas que vem se destacando no mundo da ginástica rítmica, contaram em entrevista exclusiva para a Agência de Notícias Avera, como tudo começou. Todas elas iniciaram treinando no grupo GORBA, centro de ginástica de Salvador, onde tiveram o apoio de sua treinadora Joseane Coelho.
Segundo a treinadora, “desde pequenas elas sempre foram talentosas e se mostravam muito dedicadas e comprometidas com seus treinos.”. Foi treinando e suando muito que conseguiram se destacar e entrar para a seleção brasileira, onde iniciaram sua história.
Vida de ginasta
Ainda novas, as três tiveram que se mudar para Aracaju, que abriga o centro de treinamento olímpico da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG), para assim entrarem na rotina, de ginastas da seleção brasileira. Muitos desafios foram enfrentados neste novo capítulo da vida dessas garotas, o financeiro foi um deles. “Para Keila e Clara, foi uma mudança de realidade socioeconômica enorme, praticamente uma vida nova devido à renda delas”, observa a treinadora.
As ginastas tiveram a ajuda do “Bolsa Atleta”, programa do Governo Federal que visa garantir a manutenção pessoal aos atletas de alto rendimento que não tem patrocínio. Além do financeiro, a falta da família por perto também veio à tona com a nova vida: “O que mais me faz falta da antiga rotina é minha mãe, o abraço dela”, diz a atleta Clara Beatriz.
Rotinas rigorosas que exigem muito não só do físico como do mental, para lidar com toda a pressão e desafio psicológicos das competições, segundo Clara Beatriz: “Nós, da seleção brasileira, somos muito bem cuidadas. Temos acompanhamento da psicóloga Cláudia Canário, que nos ajuda bastante”.
Para lidar com a pressão, ela diz que apela para o foco no sonho. “Quando estamos treinando a gente aprende a focar no que importa, além de ter o apoio de quem ama por perto, faz total diferença.” No momento todas têm o mesmo objetivo, se sobressair e garantir uma vaga futuramente no time olímpico de Los Angeles em 2028.
“Estamos, calmamente e com muita garra, trabalhando para isso”, explica Joseane. Por enquanto, todas estão treinando também para brilharem em suas respectivas competições, como Maria Paula, que se prepara para encarar o Mundial no Rio de Janeiro. Já Keila treina para copa 2028. E Clara Beatriz está focada no pan-americano, que acontecerá no Paraguai.
Apostas para o futuro
Hoje, Keila e Paula treinam com Camila Ferezin e sua equipe multidisciplinar no conjunto adulto, e Clara treina com Juliana Coradine com o conjunto juvenil, onde vão amadurecendo a cada dia e se esforçando bastante para darem o melhor para todo o seu futuro brilhante na ginástica rítmica que está por vir.
“No futuro da ginástica me vejo sendo medalhista dessas competições, fazendo história para o nosso Brasil”, declara Clara Beatriz. É com essa garra e esse brilho nos olhos que Clara, Keila e Maria Paula seguem firmes em seu propósito: fazer história pela ginástica e pelo Brasil.