A exposição “Tambores do Olodum” acontece de forma gratuita entre os dias 17/04 e 10/05
Por Everton Santos
Revisão: Felipe Lessa
Em celebração aos 44 anos do Bloco Afro Olodum, acontece na Biblioteca Central do Estado da Bahia (BCEB) a exposição ”Tambores do Olodum: 44 de anos de Resistência, Cultura e Educação” iniciada no dia 17/04, estendendo-se até o dia 10/05.
Entre instrumentos, pelourinho, fotografias e as famosas cores da bandeira da Jamaica, a exposição que conta com publicações do acervo da biblioteca e do próprio grupo percussivo detalha as mais de quatro décadas de história na cultura soteropolitana e na luta antirracista através da educação e ações afirmativas.
“Nossa história está na exposição e será um local onde todos poderão ter acesso a grande parte do nosso acervo físico, nossas vestimentas e sua evolução, nossos discos, troféus, imagens, a nossa carreira em vários formatos e cores, toda a nossa pluralidade”, declarou Linda Rosa Rodrigues, coordenadora do centro de Memória e de Mídias do Olodum.
44 anos de trajetória do Grupo Cultural Olodum
Tombado pela ONU como Patrimônio Cultural Imaterial do Estado da Bahia, o grupo que foi fundado em 1979, no Centro Histórico de Salvador por um grupo de moradores do Maciel-Pelourinho, com a finalidade de garantir direito de brincarem o carnaval em um bloco e de forma organizada, tornou-se uma das mais importantes expressões da música mundial.
No dia 25 de abril, o comunicador Rafael Manga mediou um encontro entre Marcelo Gentil, presidente do Bloco Afro Olodum, e Paulo Miguez, Reitor da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, no bate-papo ”44 anos de trajetória do Grupo Cultural Olodum”, no quadrilátero da Biblioteca central.
O encontro promoveu debates que vinculam a trajetória diante da importância da economia, da cultura e da vida de muitas pessoas impactadas pelos projetos sociais, educativos e culturais promovidos pela banda.
Impactado com as várias curiosidades por trás da história do Olodum, o estudante de logística Luís Gabriel contou um pouco sobre o seu aprendizado durante o bate-papo: “Aprendi que o Olodum faz parte da minha cultura e que não é somente uma banda com características de matriz africana”, conta Gabriel.
“A história do Olodum deveria ser ensinada nas escolas, pois faz parte da cultura brasileira e é algo importante que se deve ensinar”, completou Costa.