Palestra da CEE-BA sobre diversidade, com parceria das escolas privadas / Foto: André Fofano
O debate contou com planejamentos de inclusão e ações ligadas a tecnologia para melhorar a diversidade nesse setor
Por Gabriele Sá
Revisão por Júlia Ma
O Conselho Estadual de Educação da Bahia (CEE-BA) realizou o evento CEE & Escolas Privadas, que este ano traz como tema central: “Diversidade no processo de ensinar e aprender”. O encontro consolidou-se como um dos mais importantes espaços de diálogo democrático entre o poder público e as instituições privadas de ensino do Estado. A proposta do evento é criar espaços de diálogo democrático entre o poder público e as instituições privadas de ensino do Estado.
“É importante a gente chamar a rede privada para esta conversa, saber quais são as dificuldades que estão encontrando. A nossa tarefa é fazer uma escola que consiga incluir os estudantes no mundo do trabalho, mas que respeite as diferenças, porque não faz sentido uma educação que não seja capaz de sentir as dores da sociedade brasileira. Acreditamos no poder da educação como única ferramenta possível de transformar a vida das pessoas”, destacou Rowenna Brito, secretária da Educação do Estado (SEC), em sua participação na conversa.
A palestra prometeu uma discussão que vai muito além das normativas – é um espaço para reflexão e inovação, atendendo às expectativas da comunidade escolar. Em um momento em que o setor educacional se encontra em constante transformação, as escolas particulares, muitas vezes pioneiras em práticas pedagógicas e gestão, desempenham um papel essencial na implementação de novas abordagens para inclusão e participação democrática.
Já Railda Neves, professora da rede pública, reforçou a importância de promover a diversidade no ambiente escolar. “Diversidade é o compromisso de reconhecer a existência de diferenças, na prática somos todos diferentes, e essa é a única coisa que nos une. Então, uma educação que contempla essa existência, vai agir de modo a dar a todos a oportunidade de aprendizado a partir de seus próprios repertórios, de suas próprias itinerâncias. Respeitar a diversidade e respeitar a vida”, disse a divulgação da entidade.
Assim, evidencia uma tentativa de aproximação entre o setor público e a rede privada, em um contexto em que a regulação da educação enfrenta desafios crescentes, como a integração de novas tecnologias, a valorização da diversidade e a busca por equidade no acesso ao ensino. Contudo, permanece a questão sobre como essas deliberações vão se traduzir em ações concretas de fiscalização e melhoria da qualidade educacional, sem restringir a autonomia das escolas privadas e nem sobrecarregar o sistema público com exigências difíceis de se aplicar.
