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Comunicarte: escritoras e influenciadora baianas dialogam em palestra sobre literatura digital

Da Redação
1 de novembro de 20241 de novembro de 2024 No Comments
AVERA cultura Jornalismo UNIFACS

Ganhadoras do sorteio feito ao final da palestra | Foto Juliana Brito

Bate-papo proporcionou valiosos insights sobre as tendências atuais no consumo de literatura e forneceu diversas dicas sobre escrita e criação de conteúdo literário

Por Juliana Brito
Revisão: Kátia Borges

Nesta quinta-feira (31), dentro da programação do Comunicarte, evento de Comunicação e Artes do Ecossistema Ânima, a mesa “Literatura Contemporânea Digital” mobilizou a atenção dos estudantes. Primeira palestra do dia, no auditório do Campus Tancredo Neves, teve mediação de Erika Reis, estudante do sexto semestre de Jornalismo e autora do livro “Fora dos Holofotes: The Hidden Castle”. Erika mediou a conversa que contou com as presenças da escritora Clary Avelino e da influenciadora digital Gab Carvalho, também alunas da Unifacs.

Da esquerda para a direita: Gab Carvalho, Clary Avelino e Erika Reis | Foto: Juliana Brito

Erika conta que o objetivo da palestra foi debater a literatura digital, principalmente após a pandemia de covid-19. Na pandemia, as pessoas mudaram bastante seus hábitos de leitura e a venda de e-books (livros digitais) cresceu. Ela diz que, com essa mudança no consumo de literatura, há mais oportunidades para escritores iniciantes promoverem seus livros, com a utilização das redes sociais.

Uma das convidadas, Gab Carvalho, concorda. “Antigamente, para promover um livro sem as redes sociais era muito mais difícil. Então, se você não fosse conhecido na comunidade literária ou não tivesse os contatos certos… ainda hoje é uma questão de contatos, mas as redes sociais facilitaram”, explica. Gab é influenciadora digital e publica seus conteúdos sobre livros, filmes e séries no Instagram. “As redes sociais encurtaram o trajeto do leitor até o autor e facilitaram a interação entre eles”.

Clary Avelino é escritora independente e publicou livros como “Avalanche”, “O Resgate da Raposa” e “Flamingos”, começando sua carreira em 2020 em sites como o Wattpad e depois publicando seus títulos no serviço da Amazon Kindle Direct Publishing. “Quando eu descobri que dava para ganhar dinheiro com livros pela Amazon, na época, gastei R$70 com a diagramação do livro, com a capa e foi sensacional”.

Clary conta que as redes sociais foram essenciais nesse processo: “Óbvio que você ainda tem que investir e que há muita coisa a ser feita, porque com a facilidade vem muita demanda. Não é algo tão barato de se fazer quanto era antes e não é tão fácil, mas ainda sim se torna mais fácil”. E ela dá dicas sobre o processo. “Você pode abrir um perfil no Instagram até brincando. Pode fazer uns posts ‘bonitinhos’ e depois você faz algo mais profissional, bonito – como uma capa que você não vai precisar pagar. […] Você tem principalmente o TikTok, que é um grande aliado”.

Aliados para ganhar leitores.

Clary explica que, para muitas pessoas, o desejo de ler mais livros e de escrever começou na pandemia, pois foi uma época de muita solidão devido às quarentenas. Ela reafirma que, como escritora, seus maiores aliados são o TikTok e o Instagram. Utilizando essas plataformas, é possível tornar seus livros mais conhecidos e, com a visualização de conteúdos que apresentam a história, há a possibilidade de gerar mais interessados pela obra.

A escritora também fala sobre a interação entre autor e leitor. “É incrível essa facilidade de você conversar com o autor. E as possibilidades de interagir com o leitor é magnífica, porque é um contato muito limitado que a gente tem em evento literário, bienal, e quando você consegue fazer em eventos privados em livrarias. As redes sociais são os melhores amigos do autor no momento, porque sabendo investir, sabendo buscar o público, é possível ir longe. O céu é o limite”.

Livro “Avalanche” de Clary Avelino e “Fora dos Holofotes: The Hidden Castle” de Erika Reis | Foto: Juliana Brito

Literatura Digital

Um dado compartilhado por Erika Reis foi o da pesquisa “Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro” sobre o ano de 2020, feita pela Nielsen Book, pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) e pela Câmara Brasileira do Livro (CBL). Na pesquisa, afirma-se que o crescimento das livrarias exclusivamente virtuais contribuiu para o crescimento de 84% na participação no faturamento das editoras, sendo essas editoras virtuais responsáveis por movimentar R$ 923,4 milhões no ano de 2020.

Clary Avelino diz que o uso do Kindle facilitou a leitura de livros em ambientes diversos: “Hoje em dia, se alguém abrir minha bolsa, vai encontrar meu Kindle comigo que tem uns 400 livros. Então, é muito mais fácil – você quer o livro, não é preciso esperar. Você compra na Amazon, paga e é um valor muito menor”.

“Você lê no escuro, lê deitado e não precisa ficar segurando e temendo que caia na sua cara. É magnífico”, exemplifica. Ainda sim, Clary conta que há muitos leitores que leem o livro digital, mas que não dispensam a compra da versão física. Essa ação é motivada pelo apego à história que foi lida no ambiente digital.

Processo Criativo

Sobre seu processo criativo por trás da escrita de um livro, Erika Reis releva: “É caótico (risos). Primeiramente, eu estruturo toda a história que eu quero contar na minha cabeça. Depois, escrevo o que vou contar em cada capítulo e, afinal, só assim começo o processo da escrita. Essa estruturação prévia serve somente para me guiar. Eu deixo a escrita fluindo normalmente”.

Erika revela que às vezes se conecta com seus personagens e que os deixa “falarem por si mesmos”: “Tem personagem que acaba criando vida e a história começa a ir para outros rumos de uma maneira positiva”.

A escritora revela que costuma dizer que a escrita a salvou. Desde a infância, Erika já escrevia, porém foi no ensino-médio que seu apreço aumentou pois sofreu muito bullying na escola: “Eu me isolei. Com 13 anos, eu já sabia que queria cursar algo na área de Comunicação. Com 15, decidi pelo Jornalismo e estamos aí até hoje”.

A Importância da Literatura Digital

Clary Avelino reflete que, quando se é leitor, há o desejo de dar opinião sobre o que se é lido. “Queremos dar opinião sobre os livros, sobre o que achamos que o autor deveria ter feito diferente… Então, quando escrevemos os nossos próprios livros, nós efetivamente podemos fazer essas mudanças. Ou, às vezes, temos muita coisa na cabeça… qualquer coisa que acontece eu penso ‘Isso poderia dar um livro muito legal’. É automático”, pondera.

A escritora pensa que a importância de escrever e ter a oportunidade de publicar suas obras (tanto digital quanto física), reside na ideia que há algo que o autor deseja transmitir para as pessoas. “Foi dessa forma que eu comecei a escrever. Eu faço as pessoas darem risada, às vezes chorar e até me xingar”, reflete entre risos.

Clary Avelino | Foto: Juliana Brito

“É um contato que você tem com outras pessoas que, em outras profissões, não acontece. É algo muito único: alguém leu seus pensamentos, gostou e falou ‘Você é um gênio!’ ou até se odiou e fez um comentário negativo. É uma experiência muito estranha, mas é maravilhoso. É gratificante”, diz.

Conheça mais sobre as palestrantes (Instagram):
Clary Avelino: @claryavelino
Erika Reis: @erika.reis__
Gab Carvalho: @livroseriesbrigadeiro

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