Com o fim do “Abril Marrom”, profissionais da saúde ressaltam as mudanças e os novos cuidados que devem vir com a pandemia e o uso dos dispositivos eletrônicos
Por Eduardo Bastos
Revisão: Ismael Encarnação
No último mês, a Universidade Salvador – Unifacs assumiu uma nova cor com a campanha do “Abril Marrom”, abraçando uma posição de prevenção à cegueira e alertando sobre os cuidados com a saúde ocular. Na situação pandêmica do novo coronavírus, o isolamento social requer maior utilização de computadores, tablets, celulares e outros meios eletrônicos para seguir a rotina de forma remota.
Desde 2016, o mês de abril tem sido utilizado como uma plataforma de conscientização para os perigos e os cuidados que devem ser dados aos olhos. Em um período tão atípico, surge o desgaste causado pelas uso excessivo das telas e a campanha toma uma forma ainda mais relevante. Quanto mais cedo o cuidado é tomado, menor o risco de maiores problemas de visão.
Segundo a oftalmologista chefe do Serviço de Oftalmologia do Hospital Santa Izabel, Dra. Eneida Machado Alves, a utilização em excesso de tais aparelhos está diretamente associada ao ressecamento ocular, dores de cabeça, cansaço visual e vermelhidão ocular. Quando essas telas se tornam costumeiras, os olhos se esforçam para receber a luz e a rotina de piscar se torna diferente do habitual.
“O fenômeno tem a ver com o esforço de se acomodar para enxergar bem de perto. Se não houver a mudança de hábitos, a forma como os olhos interpretam a imagem pode mudar por causa do novo hábito de sempre ler daquele jeito, naquela luz, em seus aparelhos”, ressalta Alves.
E a prevenção?
Os olhos são como qualquer outro músculo do corpo, que precisam de alongamento e de pausas quando são exercitados. A Dra. Lusinete Varjão, especialista em oftalmologia clínica e cirúrgica, esclarece que a melhor forma de prevenir seria realmente evitar o uso dos aparelhos, mas quando inevitável, o ideal só tomar certos cuidados.
“Gera uma dificuldade muito comum de enxergar de perto. O uso de celulares, tablets, TV, ainda fica pior com home office, trabalhando muito com computador. Recomendo que pare de tempos em tempos, olhe para a janela, veja outras coisas, descanse os olhos e não deixe de ir ao médico quando sentir algo diferente do normal”, esclarece Varjão.
Alguns cuidados que podem ser tomados envolvem se distanciar do monitor do computador, pelo menos, a mesma distância de uma régua; reduzir o brilho da tela do celular quando anoitecer; garantir que os olhos pisquem de forma adequada para não ressecar; e, claro, em casos de problemas, buscar atendimento profissional.
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