O evento contou com a presença da professora Sara Santiago, que desenvolveu alternativas para lidar com o cenário pandêmico
Por Tainara Neves
Revisão: Ismael Encarnação
Com a atual situação pandêmica, as instituições de ensino também foram impactadas com o novo modo de viver e, com isso, métodos mais tecnológicos foram adotados e mudaram a didática tradicional. Para falar sobre o assunto, a professora Sara Santiago foi a convidada da live realizada nesta terça-feira (4), feita através da plataforma BlackBoard da Unifacs.
Segundo o professor Edson Silva, a ideia de realizar um evento capaz de discutir e compreender a didática do momento atípico tem como principal objetivo proporcionar um diálogo necessário entre os estudantes e os professores.
Além de contribuir para o público mais geral, a conversa revela a necessidade de repensar processos avaliativos e atividades, itens essenciais para qualquer professor e estudantes de pedagogia.
A live
Durante o evento, a professora Sara Santiago faz uma reflexão sobre problemas enfrentados nas escolas públicas, como a dificuldade de acesso à Internet, situação comum de muitos estudantes.
“Eu fiz uma enquete e 60% a 70% dos meus alunos não tem acesso à rede WiFi em casa; acabam usando dados móveis em celulares que não tem qualidade para suportar a demanda das atividades”, conta Santiago.
Segundo a professora, neste cenário, os docentes precisam de criatividade na escolha dos materiais que serão utilizados, para conseguirem prender a atenção dos alunos e não permitir a dispersão nas aulas realizadas remotamente.
Santiago relata ainda que suas atividades são feitas de maneira a oferecer alternativas para aqueles alunos que não tem internet em casa. Assim, as suas aulas contam com exercícios manuscritos e o estímulo de leituras que solicitam a busca de informações sobre determinado cientista, dentre outras atividades.
Uma das preocupações da professora é a de que os alunos acabem esquecendo como escrever de forma manuscrita, justamente pelo intermédio que os dispositivos eletrônicos fazem na comunicação.
Mas, ainda assim, a professora acredita que programas interativos como o Kahoot podem ser educacionaise têm ajudado nas aulas remotas. Além disso, Santiago diz ainda que os docentes não deixarão de usá-los quando o ensino presencial for retomado.
“O conhecimento precisa ser muito bem pensado diante do que vai ser proporcionado para os alunos. Isso permite aos estudantes do curso de pedagogia uma formação que esteja diretamente relacionada ao contexto atual, oferecendo mais uma preparação”, conclui o mediador Edson Silva.
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Produção e coordenação de pautas: Márcio Walter Machado