Foto: Reprodução/Governo da Bahia
Projeto que visa ampliar o conhecimento dos alunos da rede estadual
Por Isabella Guerra
Revisão Monique Sousa
O Programa Estudantes nos Museus teve início no dia 14 de julho deste ano e terá 3 anos de duração. Realizado pela Secretaria de Cultura do Governo do Estado da Bahia (Secult), através do Patrimônio Artístico e Cultural do Estado da Bahia (IPAC) e da Secretaria da Educação do Estado da Bahia (SEC). O projeto visa incentivar os jovens que estudam na rede pública estadual a conhecerem e utilizarem o rico patrimônio cultural e histórico da Bahia.
Roque Teixeira, mediador do programa no MAB, conta que o projeto foi feito para os alunos da rede pública de ensino, pois estes não têm o costume de visitar museus. “É de se esperar que, no futuro, alunos da rede estadual passem a ser visitantes”, além disso, ele fala que o projeto espera trazer as pessoas da comunidade para dentro destes espaços culturais.
Nos museus de Salvador e Recôncavo Baiano, sendo eles: o Museu de Arte Moderna da Bahia; Museu de Arte Contemporânea da Bahia; Museu de Arte da Bahia; Centro Cultural Solar Ferrão e o Parque Histórico Castro Alves, apresentam atividades voltadas a ações socioculturais e educativas, seus espaços são transformados numa extensão da sala de aula, trazendo ao aluno uma educação mais completa e integrada.
Museu como sala de aula
Baiano, com foco em ações socioculturais e educativas, contemplando a transversalidade da cultura e a realização de atividades multidisciplinares, o projeto é uma extensão da sala de aula, onde torna o museu um espaço importante para a educação, sendo um local que permite os estudantes a exploração das histórias do espaços obras e objetos, além de possibilitar que se tornem futuros pesquisadores.
Durante as aulas nos museus, os alunos têm a oportunidade de interagir com diversas obras, exposições e atividades de arte-educação, bem como assistir a documentários como: O Museu de Dona Lina, que é exibido no Museu de Arte Moderna.
Ketlynn Souza, estudante de escola pública, que esteve presente em uma das visitas ao Museu de Arte Contemporânea da Bahia, conta que os ensinamentos aprendidos no museu foram transmitidos de uma forma dinâmica e foram importantes para o seu aprendizado.
“Já vim aqui antes uma vez com meus pais, porém era muito pequena e não aproveitei tanto quanto hoje”, finaliza a estudante.
Roteiros oferecidos
O programa conta com quatro circuitos, sendo estes: MUNCAB – que está recebendo temporariamente os estudantes enquanto o Solar Ferrão passa por requalificações estruturais – e MAM, com programação para o dia inteiro, e os museus MAC e MAB que fazem revezamento entre os turnos. O Parque Histórico Castro Alves tem como foco atender a região do interior baiano.
“Quando as visitas ocorrem no turno matutino, assim que chegam no museu são disponibilizados lanches, seguido da visita guiada, depois disso ocorrem as oficinas e almoço. Já quando o turno é vespertino, assim que chegam ocorre a visita guiada, posteriormente a oficina, depois é distribuído o lanche e para finalizar é disponibilizado transporte de volta para o local de origem”, conta Roque Teixeira.
O mediador do programa ainda salienta que as oficinas nos dois museus são distintas, sendo no MAC atividades voltadas para tecnologias e no MAB oficinas voltadas para o lado artístico. As oficinas disponibilizadas no MAB englobam várias formas de se fazer arte, os alunos têm acesso ao grafismo até as obras de estilo armorial com telas de Ariano Suassuna.