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NEGÓCIO DO ALGODÃO VAI ALÉM DA PRODUÇÃO TÊXTIL

Da Redação
14 de outubro de 201914 de outubro de 2019 No Comments
AVERA ESPECIAL ABAPA Jornalismo UNIFACS

Por Jamile Silva, com Maria Alice Souza
Estudantes de Jornalismo da UNIFACS 

Foto: Marcos Dias

O desenvolvimento econômico das cidades do Oeste baiano deve-se ao crescimento do agronegócio na região, elas são conhecidas pela produção dos cultivos de milho, soja, café, como também algodão. Esse que tem crescido e tomado espaço no cenário não só brasileiro, mas também mundial. 

Segundo a ABRAPA (Associação Brasileira de Produtores de Algodão), no Brasil, o oeste da Bahia ocupa o segundo lugar na cultura do algodão, perdendo apenas para Mato Grosso, já no mundo é o 4° maior produtor, ficando atrás da China, Índia e Paquistão.

Na área de exportação, o Brasil pode tornar-se pela primeira vez o segundo maior exportador dessa matéria prima, tendo 40% da safra exportada para países asiáticos como China, Vietnã, Coreia do Sul e Indonésia.

Segundo Júlio Cesar Busato, presidente da Abapa, para que a cotonicultura baiana avance no ambiente internacional de exportações os produtores tem investido em tecnologia e especialização para os trabalhadores de todo os processos envolvidos. A safra de 2018/19 pretende produzir no total 2,8 milhões de toneladas. A área utilizada para o plantio é de 331.028 hectares.

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Esse negócio tornou-se o gerador de renda e principal empregador nas cidades da região por possuir duas safras anuais. Segundo a Abapa (Associação Baiana de Produtores de Algodão), ao total há 10.000 pessoas envolvidas nas etapas de plantio à comercialização, já que envolve produção e transporte, além de órgãos de regulamentação e fiscalização.

O algodão é uma planta que é totalmente utilizada e pouco se desperdiça. Ao passar pela Usina de Beneficiamento, separa-se a pluma do caroço. Nesse processo se tem 50% de caroço, 40% de pluma, 2% de fibrilha e 8% de casca e pó, todas essas partes são utilizáveis e servem de matéria-prima para outros derivados, além da fibra do tecido.

COMMODITIES DO ALGODÃO

Segundo Henrique Zanotto, Gerente da algodoeira Zanotto Cotton “O algodão é uma planta que não se perde nada, e tudo tem valor agregado”, por essa característica de 100% de usabilidade seus produtos derivados ampliam a economia no setor, tendo em vista como esse insumo é aproveitado para outras linhas de produção. A sua versatilidade aponta diversos públicos alvos além das indústrias têxteis que é o seu principal destino da planta.

As empresas de beneficiamento separam a fibra do caroço e depois as algodoeiras vendem o produto para as indústrias que fazem o esmagamento do grão. A Zanotto realiza esse procedimento que consiste na separação da fibra e das sementes por processos mecânicos, a algodoeira é parceira da Abapa, gerando empregos e colaborando diretamente com micro agricultores da região, a unidade realiza todo operacional para os produtores que não possuem usina própria.

Separador de pluma e caroço – (Foto: Marcos Dias) 

A separação adequada dos dois produtos é essencial para evitar a contaminação da pluma pelo óleo existente no caroço do algodão, pois uma possível contaminação prejudica a qualidade das fiações e o produtor pode ter perda na comercialização. 

Fernanda Zanotto, sócia e proprietária da Zanotto Cotton, ressaltou a importância do processo de beneficiamento na prevenção a contaminação, “Fio contaminado não consegue tingir, não dá acabamento e gera um efeito dominó. Se não há um bom manuseio da Lavoura o produto consequentemente terá uma qualidade inferior e na usina não fazemos milagre. Conseguimos limpar, mais produto contaminado a máquina não consegue tirar, quanto mais contaminação, menos valor tem o algodão.”

A atuação da empresa é sazonal, funcionando por um período de cinco meses de junho até novembro, além da separação do grão e pluma, ela também é responsável pelo carregamento dos produtos. 

A usina de beneficiamento é a última etapa produtiva do algodão que começa desde o preparo do solo, o plantio, a colheita. Entretanto é a partir do final do ciclo, que dá-se início a utilização dos recursos do algodão, para fabricação de materiais diversificados.

Muito além da Pluma utilizada nas indústrias têxteis, o caroço do algodão, pouco conhecido, também é uma importante matéria-prima para a manufatura de novos produtos em diversos setores.

Segundo Cleber Desiderio (34), Gerente de produção da Icofort, empresa responsável pelo procedimento de separação do caroço da pluma e transformação dos derivados, tem capacidade de processar mais de 250mil toneladas de caroços por safra e 150mil toneladas de óleo vegetal, fornecendo produtos para grandes redes nacionais e internacionais.

O óleo vegetal de algodão é mais saudável que os óleos tradicionalmente usados nas casas (como o de soja e semente de girassol),fornecem um óleo rico em vitaminas D e E, reduz inflamações por conta do ômega 3, além disso, tem suas propriedades contidas em temperatura de até 180°C. Cleber ressalta que “é possível retirar até 75% do óleo que tem no grão”.

A comercialização do óleo refinado comestível para a indústria alimentícia, resultou em uma carteira de clientes com empresas renomadas de fast-food, tendo como maiores compradores as regiões Sudeste e Sul. 

Produção de torta – (Foto: Marcos Dias) 

O óleo bruto é utilizado para produção de biodiesel. A NASA (Administração Nacional do Espaço e Aeronáutica) usa produtos derivados do algodão para combustíveis de foguete.

O Linter (pequenas fibras localizadas na semente do algodão) tem aplicação na fabricação de diversos produtos como papel moeda, e na indústria hospitalar, como na produção de tecidos cirúrgicos e algodões hidrófilos.

Na agropecuária, a torta, subproduto da retirada do óleo existente no grão do algodão, usada para a área de alimentação dos animais fornecendo alto teor proteico e colaborando diretamente com a qualidade de gordura no leite das vacas.

Já o farelo do algodão, é produzido pela moagem da torta tem sido um aliado na nutrição dos animais ruminantes. É possível encontrar o farelo com casca –em média 30% de proteína bruta – e o sem casca – 43% de proteína bruta -.

A utilização dos derivados do algodão na agropecuária tem se tornado comum pois esse caroço é rico em nutrientes, sendo também uma opção mais econômica, custando menos que o farelo de soja. No Brasil, as regiões Norte e Nordeste são os principais consumidores dos produtos para nutrição animal.

A cotonicultura movimenta a economia no estado gerando cerca 4 milhões como segundo maior produtor do Brasil e a cidade de Luís Eduardo Magalhães avançou de acordo com a demanda do agronegócio. 

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